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Medusas

“Este ensaio é uma espécie de elegia à morte, à angústia e à solidão…”

Fotografar estátuas é minimamente curioso.  Afinal, qualquer objeto capturado pela objetiva de uma câmera vira estátua de si mesmo, transformando-se em um vestígio triste do que um dia chegou a ser. Aqui vêem-se estátuas de estátuas.

Este ensaio é uma espécie de elegia à morte, à angústia e à solidão, pois são angústia, solidão e morte que nos fazem ir em direção  à alegria, ao encontro e à vida.

As estátuas aqui capturadas estão espalhadas por aí, adornando cemitérios pelo mundo. Mas não é por isso que a morte é objeto deste ensaio, mas porque qualquer ato fotográfico é – acima de tudo – um assassinato e o fotógrafo, qual triste Medusa, está eternamente condenado a transformar em estátua tudo aquilo que mira.

Mardônio Parente

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