Mar calmo, Mar revolto

Ela foi chegando
Sua existência se juntou a nossa
Tomou conta dos espaços, das frestas,
De todos os momentos
E se estabeleceu. Plena. Ela mesma.O tempo passou,
A cada dia acompanhávamos
O seu crescimento e desenvolvimento.
Ela logo tomou forma de menina,
De moça, de mulher.Sorrisos, lágrimas,
Alegrias, tristezas,
Viagens … as viagens são um marco a parte
Nas nossas vidas.
Ela descobre, explora, se encanta,
E se entedia…

Hoje, vivenciando a adolescência
Não poderia ser diferente:
Mar calmo, mar revolto,
Turbilhão de emoções em um só instante
Quero, não quero,
Gosto, não gosto,
Tô linda, tô feia!!!

Nos provoca dúvidas.
Como agir? O que falar?
Fato é que, como ela,
Nós também estamos adolescendo
Na arte de sermos seus pais

Sim, somos adultos
Mas também crianças e adolescentes
Somos toda a nossa própria história
Em um só ser…

Vivemos a descoberta de que ela
Não é cópia nossa.
Não tem os nossos sonhos como seus.
Não existe para nos satisfazer.
Ela age em seu próprio nome.

A nossa filha é um ser humano
Que nos foi confiada
Para que, durante um tempo,
Nós possamos cuidar, proteger, orientar, acompanhar, disciplinar
Não viver por ela, sofrer por ela, agir por ela.

As bases da educação lhe foram dadas
Muitas serão cultivadas e darão bons frutos.
Outras, porém, vez ou outra, perecerão.
Assim é a vida. Assim nós somos.

Acreditamos que ela é dotada
De todo o potencial divino para ser feliz
E colaborar com a felicidade dos outros.
Agindo com ética, respeito,
Vivendo valores do bem, se amando e se deixando amar.

Que Deus nos conceda a graça
De vê-la desabrochar com todo o esplendor e beleza.