(En)Cena – A Saúde Mental em Movimento

Bullying e imagem corporal na infância: um relato de experiência

Fonte: https://goo.gl/EscUh5

No último dia 22 de agosto participei de um debate em meio ao CAOS, Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia, sobre o tema Violência. O debate foi um dos grandes eventos e possuía tamanha importância, sendo apresentado pela Psicóloga egressa do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP), Michelle Sales Zukowski. A psicóloga apresentou o seu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), orientada pelo Dr. Pierre Brandão com o seguinte tema: “Bullying e imagem corporal na infância”.

Zukowski apresentou uma breve definição para a palavra Bullying, segundo Tognetta, sendo indisciplina, incivilidade. Complementa com Olweus dizendo: todo comportamento agressivo que se repita e que tenha provocação, é Bullying. Ela expõe que essa prática é dividida em duas partes: Bullying direto e Bullying indireto. O bullying direto é a agressão física, verbal, moral, psicológica e danos materiais. Dentro de sua pesquisa, Zukowski concluiu que essa prática é mais frequente entre meninos. Existe também o bullying indireto, fofocas ou rumores desagradáveis. Está ligado à parte relacional e social. Concluiu que essa prática é mais frequente entre as meninas.

Fonte: https://goo.gl/1tkAvS

No decorrer da apresentação, Zukowski mostrou que os meninos agridem tanto os outros meninos, quanto as meninas, e as meninas agridem apenas as outras meninas. Complementou que a prática do Bullying começa aos 3 anos de idade, estágio pré-operatório segundo Piaget. A falta de compreensão faz com que nessa fase o bullying seja direto, ou seja, agressões físicas, verbais, etc. A violência aumenta conforme o aumento das relações.

Sales mostrou características que as crianças agressoras e vítimas podem apresentar. Os agressores apresentaram problemas de satisfação pessoal, autoestima baixa e problemas com a autoimagem; são influenciados socialmente a anular sua empatia com as vítimas, buscam vítimas vulneráveis, nas quais identificam os seus pontos fracos. Já as vítimas experimentam sensação de extrema angústia ao ir para a escola; podendo levar ao comportamento autolesivo e tentativas de suicídio, ansiedade e insegurança. A egressa foi a fundo, dando dicas para identificação de crianças agressoras e vítimas. As agressoras apresentam ganho de objetos e falam muito de si. Já com as vítimas acontece o oposto, há perda de objetos e marcas no corpo.

Zukowski fala sobre a Imagem Corporal, e afirma que desde bebê começamos a percepção da nossa própria imagem corporal. Baseado em Schilder (1980), diz que o processo da nossa própria imagem é figurativo, como exemplo: identificação de gorduras onde não há. Para a interação fisiológica ela cita três aspectos: os Aspectos Neurais, os Aspectos Emocionais e os Fatores Sociais. Por fim, Michelle citou que usou metodologia de natureza quantitativa em seu estudo e apresentou em números os resultados de sua pesquisa desenvolvida em uma escola de rede privada de Palmas.

Sair da versão mobile