“São olhares urbanos que congelam as andanças e os movimentos do cenário mariliense.”

Por Marcelo Sampaio

Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília, SP (1997), e técnico em fotografia pelo SENAC. Atua como fotógrafo e professor de História em Marília, SP.

 

O espaço urbano, em seu caráter desinstitucionalizado, apresenta-se como campo passível de intervenções diversas, ditas urbanas. Tais intervenções acontecem de inúmeras maneiras com as funções de produzir subjetividade ou interagir no processo produtivo da mesma. Além disso, elas propõem extrapolar a união entre a arte e a vida, o que as caracterizam como movimentos artísticos. A postura do interventor urbano condiz a uma postura aberta, sensível, relacional e contextual, que o permite penetrar, observar, participar e entender como a vida acontece em um dado espaço, num determinado tempo.

O ensaio fotográfico apresentado a seguir configura-se como uma intervenção urbana a partir de olhares que captam fragmentos das vidas que pulsam, dia após dia, incessantemente, pelas ruas. São olhares urbanos que congelam as andanças e os movimentos do cenário mariliense.

Olhares que registram detalhes dos passos ritmados ou descompassados, das rodas que rolam velozes ou que, paradas, esperam num sinal fechado. Registros do que não mais será visto, mas sempre acontecerá.

Ângela Marques Batista

bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília, SP (1997), e técnico em fotografia pelo SENAC. Atua como fotógrafo e professor de História em Marília, SP.