Roda de conversa aborda ações de redução de danos em contexto do uso de drogas no Brasil

Na tarde dessa quarta-feira (17) foi realizado um encontro no anfiteatro da UFT (Universidade Federal do Tocantins), promovido pelos integrantes do Redução de Danos(RD), projeto que nasceu e funciona principalmente na cidade de São Paulo.

Fonte: Arquivo Pessoal

O tema da discussão foi “Do baque ao Crack: 30 anos de Redução de Danos no Brasil). A roda de conversa foi regida por dois membros do projeto, Maria Angélica Comis e Marcelo Ryngelblum. Eles contaram que essa ação começou devido à uma grande epidemia de HIV na cidade de São Paulo, a partir disso eles criaram o Centro de Convivência “É de Lei” que atua há mais de 19 anos com pessoas que usam substâncias psicoativas na perspectiva da Redução de Danos.

“Temos a missão de cocriar e disseminar referências, práticas de cuidado e estratégias de redução de danos baseados em intervenções junto a pessoas que usam drogas, trabalhadores da rede intersetorial, membros da academia e gestores públicos, buscando incidência política que mude a lógica de Guerra às Pessoas, também chamada de Guerra às Drogas”, afirmou uma das autoras do projeto, Maria Angélica.

Fonte: Arquivo Pessoal

Para efetivar esse projeto eles montaram um estande na cidade de São Paulo perto de uma famosa galeria onde muitas pessoas se encontram para o uso de drogas e preparação para ir às festas da cidade. Dessa forma eles distribuíam insumos (preservativos, lubrificantes, piteiras de silicone e protetores labial) criados pelo próprio RD e o É de Lei tentando conscientizar esses usuários da importância de usar esses psicoativos sem contrair uma doença e outros problemas de saúde.

O objetivo desse evento foi mostrar os resultados eficazes trazidos de São Paulo como inspiração para alimentar projetos que já existem no Tocantins, como a Casa 8 de Março, instituição essa que tem como finalidade mobilizar a sociedade em prol das mulheres de todo o estado. Dessa forma, evidenciou-se a importância de um trabalho como esse, e principalmente a visibilidade sobre pessoas que costumam ser tão marginalizadas.