Reflexão sobre Psicologia e Direitos Humanos

A história da psicologia com os direitos humanos é bastante íntima e entrelaçada, pois a psicologia sempre se manteve atrelada aos princípios norteadores dos direitos humanos. Levando em consideração o contexto histórico em que foi lançada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi em 1948, três anos após a segunda guerra mundial que foi palco onde muitas vidas foram ceifadas, e apesar de tudo isso, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é considerada a gênese de todas as outras declarações de direitos que foram feitas após esse período.

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De acordo com Sawaia (2000), no Brasil, a psicologia social começou a ganhar força a partir de 1980 com Silvia Lane e a partir daí, os psicólogos começaram a sair de seus consultórios e adentrar nas comunidades de fato por meio da psicologia comunitária também. A psicologia saiu da bolha do elitismo e passou a dedicar-se ao empoderamento do sujeito e a autogestão, contribuindo para torna-lo cada vez mais ativo na sociedade e sabendo sobre os seus direitos e deveres, além de possuir mecanismos para articulação de movimentos sociais e sindicais que possam ajuda-los a potencializar sua força e conseguir a garantia dos seus direitos básicos.

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Dessa forma, o profissional da psicologia anda lado a lado com os direitos humanos e faz com que a sua atuação seja voltada para que tais direitos sejam exercidos e garantidos, e inclusive o Código de Ética do psicólogo traz em seus princípios fundamentais, no primeiro artigo: “O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos” CFP (2005).

Não há possibilidade de exercer a psicologia sem respeitar os direitos humanos, pois os dois são extremamente necessários e devem ser trabalhados juntos. Cabe ao psicólogo exercer com ética e profissionalismo a prática da profissão, respeitando e promovendo a inclusão de toda a sociedade, o respeito e a aceitação de diferenças, pois independente de características físicas, psicológicas, sociais, étnicas, religiosas e diversidade social, todos têm direitos e tais direitos devem ser zelados e cumpridos.

Referências

SWAIA, B. B. Comunidade: a apropriação cientifica de um conceito tão antigo quanto a humanidade. In: CAMPOS, R. H. F. (org). Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia. 2000.A