De acordo com o IBGE, discussões no campo socio jurídico refletiram no aumento do numero de guarda compartilhada, que passou de 2,7 % para 5,4% em 10 anos, no entanto não exclui a alienação parental. Mini curso sobre o assunto pretende trabalhar conceituação, resolver estudos de caso, aproximar e preparar profissionais para prevenir alienação.
A alienação parental é o ato de a mãe e/ou pai afastar o outro da vida da criança e/ou adolescente como meio de vingança. Tema que será tratado no Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS), que acontecerá de 21 a 25 de agosto, no Ceulp/Ulbra, em um minicurso ministrado pela Profª. Me. Márcia Mesquita Vieira nos dia 21 e 22 de agosto.
Segundo Márcia, o curso visa trabalhar o conceito de alienação parental, o marco legal e os rebatimentos no sistema da justiça; As intervenções profissionais no âmbito do judiciário, a interdisciplinaridade e a intersetorialidade; e, aind, um pouco da prática profissional cotidiana no atendimento, com apresentação de casos e situações envolvendo alienação parental.
A alienação é resultado da falta de maturidade para separar conjugalidade de parentalidade, que reflete de forma conflituosa nos filhos. Há uma retirada da alegria e Liberdade da criança e/ou adolescente. O danos emocionais podem ser devastadores, como consequência, os filhos podem apresentar: depressão crônica, doenças psicossomáticas, ansiedade, transtorno de identidade e/ou imagem, isolamento, envolvimento com drogas, sentimento de rejeição, dentre outros. Logo, “é demasiadamente importante a atuação de profissionais especializados para mediar tais conflitos”, afirma Vieira. A palestrante esclarece que com a oficina o público poderá aproximar-se mais do assunto e suas manifestações na vida das pessoas.
Segundo Gilcerene Sandoval, advogada e acadêmica de psicologia, declara que “aparentemente parece ser apenas uma questão legal, mas o tema envolve o ponto de vista da subjetividade da criança e/ou adolescente refém da alienação parental”. Como advogada e futura psicóloga, ela percebe o assunto como tão impactante que cogita a possibilidade de, possivelmente, ser seu tema de TCC. Já para acadêmica de Psicologia, Josiane Ribeiro, é “um assunto extremamente importante no qual sempre tive curiosidade de aprender”. Seu objetivo é conhecer, entender e aprender técnicas para intervir como futura profissional de psicologia.
Sobre a ministrante:
Márcia possui graduação em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1995) e mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos pela Universidade Federal do Tocantins (2016). Atualmente é Professora, Coordenadora do curso de Serviço Social e Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Luterano de Palmas, CEULP/ULBRA, também atuando como Analista Técnica – Assistente Social do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.
Por que CAOS?
A subversão de conceitos aparentemente fechados é uma das marcas das mentes mais invejáveis de todos os tempos. E pensar de forma subversiva é também quebrar com a linearidade das considerações pré-concebidas. Assim, resignificar e despir as “verdades” são a tônica de toda a produção científica, de toda a produção de saberes. Caso contrário, não se estaria produzindo ciência, mas, antes, dogmas.
A palavra CAOS, neste contexto, ganha especial sentido, já que remete à possibilidade do princípio da impermanência e da criatividade. A Física diz que é do princípio do CAOS que surge parte dos fenômenos imprevisíveis, cuja beleza se materializa na vida que se desnuda a todo instante.
É neste sentido que, também, para a Psicologia, o CAOS possibilita pensar sobre uma maneira de enxergar o Ser para além de rótulos ou de concepções a priori. Este microcosmo humano que é objeto de escrutínio do profissional de Psicologia guarda uma gama de imprevisibilidade e de originalidade que representam a própria riqueza da existência. Afinal, pelo CAOS pode-se iniciar intensos processos de mudanças, autossuperações e singularidades. É pelo princípio do imprevisível e do radicalmente distinto que se vislumbra a beleza da diferença. Estas são, em súmula, as bandeiras da Psicologia, área da ciência calcada essencialmente no Humanismo, que busca elevar a condição humana em toda a sua excentricidade, sem amarras, sem julgamentos. Esse é o princípio do CAOS, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia do Ceulp/Ulbra.
Mais informações:
Coordenação de Psicologia: Irenides Teixeira (63) 99994.3446
Assessoria do Ceulp/Ulbra: 3219 8029/ 3219 8100
Inscrições: http://ulbra-to.br/caos/