” é a simplicidade dignificando o divino.”

 Por Paulo Henrique de Lima

De Paraiso.

Água e Deus. Se alguém me perguntasse de quê é composto o ser humano, eu diria que é de água e Deus. Assim, se somos compostos de algo, necessitamos sempre repô-lo, prestar manutenção. É necessidade! Tentemos ficar um dia sem consumir água, assim como tentemos sobreviver sem Deus – o corpo agirá de forma débil, a alma (definida por mim como uma caixa que cuida da paz) sentirá também seus efeitos. É uma necessidade humana.

As tribos e comunidades espalhadas pelo o mundo consomem água e Deus. Tem seus espíritos, deuses e entidades. Ou seja, é algo da composição, da programação, da genética humana. A água é a nutrição para o corpo, Deus, para a alma.

Tem pouca ciência àquele que afirma que Deus não existe. Darwin e o Big-Bang nos sugerem provas excepcionais a mais.

Tenho uma crença – e me apaixono pela diversidade dela. Dos ritos mais formais até as ações populares mais simples. É o que Deus deseja: não quer regras morais, quer um coração sensível.

A devoção popular, definida pela cultura local, dá um ar de uma variedade encantadora – é a simplicidade dignificando o divino. E a experiência vivida em uma das maiores festas religiosas populares no Brasil, em Trindade, Goiás, é revitalizadora – assim como um copo de água quando rega um corpo sedento de refresco. O corpo respira.