O SUS de portas abertas

Aos 14 anos contraí dengue pela segunda vez. Alguns sintomas ao qual me lembro de ter sentido foram febres, dor de cabeça intensa, moleza e dor no corpo e um extremo cansaço. Tendo se manifestado esses sintomas, meus familiares já suspeitaram que poderia ser o vírus da dengue se instalando em meu organismo e com isso me levaram ao UPA/NORTE. Tendo o diagnóstico comprovado e por perceberem que minhas plaquetas estavam abaixo do padrão de normalidade, fiquei internada por alguns dias no hospital, sendo medicada e com um acompanhamento contínuo.

Foram dias bem exaustivos, pois o ambiente hospitalar não é agradável. Porém, a equipe médica que me assistiu foi bem acolhedora, demonstrando afeto e preocupação. Essa foi uma das experiências em que tive contato com o SUS, na qual foi experenciada de forma positiva, sendo acompanhada por uma equipe médica apta a atender o paciente na situação em que se encontra de forma humanizada.

Confesso que há algum tempo em que apresento dificuldades para comparecer em algum serviço ofertado pelo SUS, seja em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades Básicas de Saúde (UBS), seja para realizar consultas, marcar agendamentos ou mesmo em situações em que meu estado de saúde não está satisfatório, na qual apresento sintomas em meu organismo, porém, vou adiando e evitando o contato com esse ambiente.

Mesmo tendo aversão ao ambiente hospitalar, quando preciso esse sistema está de portas abertas a me atender. Percebo a importância e a contribuição do SUS para com a sociedade. Esse sistema garante que todos possam ter acesso aos serviços de saúde (Universalidade), articulando aspectos curativos e preventivos (Integralidade) e tratando os indivíduos de maneira justa, de acordo com sua necessidade (Equidade).

Sendo assim, esse serviço prestará assistência a todo brasileiro. Como cidadãos temos acesso aos variados níveis de atenção oferecidos pelo SUS, de acordo com cada necessidade. Somos seres únicos, compostos por subjetividades e particularidades, inseridos em contextos diferentes, com hábitos distintos, porém, todos temos um bem precioso em comum: nossa SAÚDE, e dela devemos zelar. Nos tornarmos frágeis a partir do momento em que uma doença nos acomete, por isso precisamos cuidar do nosso corpo.