A estressante rotina no trânsito

Foto: Antônio Gonçalves

O trânsito faz parte da rotina de todo cidadão, seja ele pedestre, ciclista, motociclista ou condutor de veículo. Normalmente, ao sair de casa, as pessoas se deparam com dois fatores que normalmente são conflitantes: o tempo e o trânsito. Enquanto um cobra agilidade, o outro compromete a mesma, onde, o resultado disso é: ansiedade, angústia e, consequentemente, stress.

Há também a insegurança de diariamente ter que enfrentar o trânsito de uma grande cidade, onde, considerando o alto nível de desrespeito às leis de trânsito e principalmente, de desrespeito ao próximo e com a mobilidade ainda em construção, a população é testemunha de uma quantidade assustadora de pessoas vitimadas em acidentes de trânsito e pelo fato da preocupação constante com o que pode vir a acontecer em qualquer momento, as pessoas acumulam um estresse diário pensando nos acidentes que desestruturam famílias, causam uma série de problemas pessoais, físicos e até transtornos que podem trazer sequelas pro resto da vida.

Segundo a arquiteta e urbanista e Diretora de Planejamentos e Projetos da Secretaria de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transportes, Joseísa Furtado, a corrida contra o tempo, o medo de não voltar pra casa, o desrespeito, dentre tantos outros fatores somados ao significativo crescimento da frota de veículos, mostram o quanto o trânsito pode chegar a ser visto como um grave problema de saúde pública. “Os hospitais estão com grande parte dos seus leitos ocupados por pacientes vitimas de acidentes de trânsito, onde uns se recuperam, outros se tornam deficientes físicos e, tantos outros, falecem”, destaca Joseísa.

A diretora ressaltou ainda que infelizmente, foi preciso chegar ao caos urbano para que algo começasse a ser feito. “Felizmente, nunca se falou tanto em mobilidade urbana e, o que é melhor, nunca se falou tanto em mobilidade urbana sustentável, onde as cidades visam priorizar os transportes de massa e os não motorizados”, conclui.

Ações firmes, permanentes e eficazes em prol de um trânsito com maior fluidez e segurança são fundamentais no tratamento do que podemos chamar sim de doente e, sem dúvida, na cura de seus usuários, até então, estressados, portanto, tão doentes quanto.