Concorre ao Oscar de Melhor Filme de Animação
“O objetivo da individuação é nada menos que despir o self
dos falsos invólucros da persona, por um lado,
e do poder sugestivo de imagens primordiais, pelo outro.”
Carl Gustav Jung
Após o sucesso do primeiro filme da trilogia, Solução e Banguela estão juntos novamente em “Como Treinar seu Dragão 2” que acontece cinco anos após o primeiro. Nesta fase da história os personagens principais são jovens entrando na idade adulta.
A história atual nos apresenta um panorama diferente do anterior. No segundo filme, os personagens convivem de forma harmoniosa com os dragões, diferente do filme anterior onde estes eram seres odiados e temidos. As guerras intermináveis entre Vikings e Dragões cederam espaço à um cenário onde impera a paz e a harmonia. Homens e dragões aprenderam a conviver coletivamente.
Como herói ao avesso, a função de Soluço sempre foi a de trazer à consciência grupal o medo inconsciente que toda a ilha tinha dos monstros alados que assombravam a aldeia. A relação do menino com seu Dragão, o Banguela, mostrou que era possível interagir de forma harmoniosa com os temíveis monstros, chegando a considerá-lo seu melhor amigo.
Um fator interessante a ser analisado é que no final do último filme soluço perde o pé direito em um acidente com Banguela que não tem parte da plantadeira em sua calda. Com essa limitação ambos estão ligados de forma interdependente para poderem voar. Esse laço que une o jovem ao seu ser mítico pode ser analisado como uma ligação que nossa psique tem com os aspectos que consideramos positivos e negativos. Assim, a jornada de Soluço parece ser uma jornada para aprender a conviver com seus medos e temores mais primitivos.
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