Quanto você pagaria pelo amanhã?
Não há duvidas que todos nós estamos preocupados com o tempo. Tentamos a cada dia esconder o efeito do tempo em nosso corpo e mente e queremos acima de tudo aumentar o tempo de vida que temos, abdicamos de vícios para viver mais e corremos freneticamente em busca da juventude. Mas e se o tempo fosse para nós uma moeda de troca?
O filme O Preço do Amanhã estrelado por Justin Timberlake e Amanda Seyfried, dirigido por Andrew Niccol se passa em um futuro não muito distante. A sociedade conseguiu bloquear o gene do envelhecimento. Todos crescem até os 25 anos de idade, quando o relógio em seus pulsos começa a contar. É possível permanecer jovem para sempre, contato que se pague por isso. Os ricos vivem séculos enquanto os pobres passam a conviver com uma contagem regressiva diariamente. Em meio ao desespero de ter poucos segundos de vida a melhor formar de conseguir tempo é roubando tempo, que pode ser passado de pessoa para pessoa através de contato nos braços.
Will Salas (Justin Timberlake) mora no gueto, assim é chamado o local “excluído” da sociedade, onde os pobres lutam para sobreviver. Desde que o relógio em seu pulso começou a contar, Salas tem que enfrentar a morte diariamente, lutando para conseguir horas, minutos e até segundos. Certo dia o operário salva a vida de um homem que tem muito tempo para gastar, mais de um século. Apesar de ter todo esse tempo disponível o rico não é feliz, está cansado de viver e discorda do sistema, segundo ele “a verdade é que há tempo mais do que suficiente para todos, há pessoas com milhões de anos enquanto a maioria conta os dias”. Os dois dormem e quando Will acorda, olha para seu pulso e percebe que o homem que ele salvou na noite passada lhe transferiu todo o tempo que tinha. Salas ainda tenta salvá-lo da morte, mas chega tarde demais. Com o acontecido o protagonista passa a ser acusado de ter assassinado o homem.
Will, agora com muito tempo, muda-se para a elite. Ele passa a levar uma vida diferente da que estava acostumado, gastando o tempo em hotéis, carros de luxo e cassinos. Quando os “guardiões do tempo” o capturam ele seqüestra Sylvia Weis (Amanda Seyfried) a filha do homem mais rico do mundo. Na fuga os dois acabam sofrendo um acidente e são roubados, ficando quase sem tempo. Então precisam se virar para continuarem vivos.
Salas convence Sylvia a ajudá-lo a mudar o sistema, fazer os ricos pagarem pelo egoísmo e apatia em relação aos pobres. Os dois então passam a acreditar que ninguém deveria ser imortal se uma única pessoa precisa morrer. Em busca de tentar destruir o sistema o operário e a patricinha passam a roubar bancos e distribuir o tempo para os necessitados. Afinal não é roubo roubar o que já foi roubado!
O casal então embarca em uma jornada cheia de perigos e ação, até o momento em que descobrem que a única forma de destruir de fato o sistema é roubando um milhão de anos. O único ser humano que possui essa quantidade de tempo é o banqueiro milionário pai de Sylvia, que não hesita em cumprir a missão.
O desfecho do filme não é surpreendente, Will e Sylvia conseguem destruir o sistema. Os dois provaram a sociedade que o grande problema é que todos querem viver para sempre, mas ninguém foi feito para viver para sempre.
No fim, O Preço do Amanhã é uma ficção científica que nos faz refletir sobre a vida, sobre o futuro. E a pergunta que fica é: qual o preço que teremos que pagar pelo amanhã?
FICHA TÉCNICA DO FILME
O PREÇO DO AMANHÃ
Título Original: In Time
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Ficção científica
Tempo de Duração: 112 minutos
Estúdio/Distrib.: Fox Film
Direção: Andrew Niccol
Ano: 2011