Psicologia das Emergências e Desastres: (En)Cena entrevista o profissional atuante na área Bernardo Dolabella

Maria Laura Maximo Martins

 

O (En)Cena convida o profissional Bernardo Dolabella para uma entrevista acerca da área da Psicologia das Emergências e Desastres, por vezes, pouco difundida no decorrer da graduação e até mesmo moderadamente conhecida por profissionais já formados.

Bernardo possui um vasto currículo profissional que comprova sua expertise neste contexto de atuação. Sua história e vivências transbordam por cada resposta, de maneira que amplia nossa visão sobre a temática e desperta um  genuíno interesse para conhecer mais sobre este campo. É uma leitura que nos convida a ir além, nos impulsionando a desbravar um novo ramo extremamente valioso.

Bernardo Dolabella é doutorando em Saúde Coletiva pela Fiocruz-MG. Possui graduação e mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e especialização em Saúde Mental pela PUC-MG. Psicólogo clínico, pesquisador de Saúde Mental e Atenção Psicossocial em Desastres e Emergências em Saúde Pública e membro do Observatório Mineração, Desastres & Saúde, da Fiocruz. Ele é Conselheiro estadual e coordenador do setor Psicossocial da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Minas Gerais, membro da Comissão de Psicologia Orientativa de Emergências e Desastres do CRP-MG e do Instituto CAVAS. Possui experiência em saúde mental, abuso de substâncias e emergências e desastres.

(En)Cena: Como se deu o seu percurso acadêmico até a Psicologia?

Bernardo Dolabella: Meu percurso na graduação em psicologia teve um foco específico, mas sem muita ideia de como chegar até lá. Eu entro na psicologia com a vontade de atuar com psicologia jurídica e forense. Desde minha adolescência eu tinha curiosidade sobre o funcionamento psíquico de pessoas que cometem crimes, queria entender o que era diferente. Durante a graduação me interessei pelo trabalho com populações que apresentavam grande vulnerabilidade. Meus colegas frequentemente me consideram um profissional com aptidão para atuar com públicos sobre os quais outros psicólogos geralmente estão apreensivos. Trabalhei com extrema pobreza, em instituições de saúde mental e com pacientes judiciários. Sempre busquei atuar com casos mais complicados, para que pudesse aprender de outras maneiras ou que não era visto no curso. As matérias que estavam disponíveis durante a minha graduação em sua maioria não me interessavam, por focarem em outras áreas da atuação da psicologia, então tentava conseguir o conhecimento de outra maneira. Somente no final do curso encontrei uma professora que possuía um interesse similar ao meu, o que me auxiliou a direcionar melhor minhas buscas. Acabei realizando meu mestrado com essa professora, estudando assassinas seriais. Esse meu interesse seguiu firme até 2019, quando mudei de área.

(En)Cena: Como foi o seu primeiro contato com a Psicologia das Emergências e dos Desastres?

No final de 2018 e início de 2019 eu estava esperando o resultado de algumas seleções que tinha feito, e por causa disso estava atuando somente no consultório, com um número limitado de pacientes. Era dessa maneira que me encontrava quando, em 25 de janeiro, ocorreu o rompimento da barragem B1, em Córrego do Feijão, na cidade de Brumadinho. Nesse momento fui tomado por um senso de urgência para auxiliar de alguma maneira.  Em contato com uma psicóloga do município, ela pediu para que os psicólogos esperassem para ir, já que o cenário ainda era caótico e eles precisavam entender o ocorrido. Entrei em contato com várias instituições, me inscrevendo como voluntário, e no dia 28 eu fui para Brumadinho, para uma reunião pública com os moradores. Lá eu tive contato com uma representante do CRP, que me informou do trabalho que eles iriam realizar na cidade, e me voluntariei para auxiliar nesse trabalho. O CRP iria reunir voluntários para atuar em Parque da Cachoeira e Córrego do Feijão, dois bairros afetados pelo rompimento, a pedido da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE-MG). O trabalho consistia em fazer o acolhimento psicossocial e o levantamento das demandas urgentes da população. Montamos então equipes para irmos para Brumadinho diariamente, até que toda a população dos dois bairros fosse escutada. Esse trabalho durou até o dia 22 de fevereiro, mas continuei indo em Brumadinho semanalmente até o meio do ano, para reuniões do coletivo “Eu Luto, Brumadinho Vive”. A partir da experiência em Brumadinho eu me vinculei à Cruz Vermelha, e a Comissão Orientativa de Psicologia das Emergências e Desastres do CRP/MG, e no início da pandemia me vinculei também à Fiocruz. Mantenho os três vínculos até hoje, atuando nas mais diversas situações.

Esse foi o meu primeiro contato, mas me recordo que já tentei atuar nessa área outras vezes. Tentei ser voluntário para atuar no terremoto do Haiti, mas não tinha os requisitos necessários, e quando ocorreu o rompimento da barragem de Fundão, eu estava realizando a escrita da minha dissertação, e meus prazos não permitiam que eu parasse tudo para me voluntariar. Então o desejo já existia, faltava a oportunidade para atuar.

(En)Cena: Você acha que as matrizes curriculares dos cursos de Psicologia possuem uma lacuna referente à essa área?

Falar em lacunas é na verdade ter uma visão até muito otimista dos cursos. A realidade é que o assunto, quando abordado no curso, se resume, na melhor das hipóteses, em uma única disciplina optativa. E ao não tratarmos do tema na graduação, geramos um grande problema, que é de profissionais despreparados tendo que lidar com o desastre. Entendo perfeitamente que não são muitas as pessoas que querem atuar com desastres, mas às vezes não temos opção. Dou muitos treinamentos para profissionais de municípios que de uma hora pra outra tem que lidar com um desastre em sua porta. Então um psicólogo que atua em uma UBS de uma região que foi atingida por uma inundação, um psicólogo que trabalha no CRAS em um território onde ocorreu deslizamentos de terra e soterramentos de casa, ou mais recentemente, um psicólogo que trabalha em uma escola que sofreu um ataque, essas pessoas não têm o luxo de falar que não trabalham com desastres. Além disso, ao não abordar o tema, temos pessoas que, por não entender a complexidade de um desastre, acham que são capazes de atuar. Em Brumadinho eu me deparei com dezenas de psicólogos recém-formados, que estavam lá como voluntários ou contratados por alguma empresa ou ONG. E não só encontrei esses psicólogos, como fiz o acolhimento deles, da mesma maneira que estava acolhendo os moradores. O trabalho em desastres já é muito difícil, ainda mais quando não se tem nem conhecimento nem experiência prática. Esses psicólogos foram para atender e acabaram sendo atendidos.

Felizmente existe uma percepção crescente de que o cuidado em saúde mental e atenção psicossocial em situações de emergências e desastres é fundamental não só para os atingidos de um desastre, como também para as equipes que atuam na linha de frente. Os desastres da última década, e principalmente a pandemia, escancararam essa necessidade. Tentamos conscientizar alunos, professores e coordenadores para a importância do conteúdo ser oferecido na graduação, mas para ser efetivo, teria que entrar na grade obrigatória dos cursos. Ainda temos muito que fazer, mas é possível perceber os avanços.

(En)Cena: Levando em consideração que essa área da Psicologia envolve lidar com o momento mais difícil e inesperado na vida de uma pessoa, de que maneira é possível acolher a dor do outro de forma respeitosa, sem absorvê-la?

A lógica do distanciamento emocional, que escutamos durante a graduação, também existe ao lidar em uma situação de desastres, mas os desafios são muito maiores para colocar isso em prática. Precisamos nos conectar com o sofrimento do outro, mas não podemos nos misturar com esse sofrimento. O primeiro passo para conseguir fazer isso é entender qual o seu papel dentro do fluxo de atendimentos, e do cuidado com aquela população. Para acolher a dor do outro de maneira respeitosa e eficiente, primeiro eu preciso encontrar esse lugar. Falo isso porque em todo desastre aparecem psicólogos avulsos, que querem ajudar, mas por desconhecimento acabam causando mais danos. Então se eu quero atuar em um desastre, primeiro eu preciso saber o que eu vou fazer, para quem eu vou fazer, porque eu vou fazer, como eu vou fazer e o que isso vai gerar. E essas perguntas não podem ter respostas genéricas, como “estou ali para atender as pessoas porque elas sofrem”, tem que ser algo mais estruturado. Se o profissional não está dentro do fluxo de atendimentos, ou da rede de resposta, as informações recebidas se perdem, e em vez de ajudar o risco é de retraumatização. Quando estava em Brumadinho via várias pessoas que estavam lá querendo atender a população, mas sem respostas reais para as perguntas que falei. E sem estarem em um fluxo, em vez de a pessoa receber um atendimento, com sequência e encaminhamento quando for o caso, várias pessoas vão abordar aquela mesma pessoa, e cada vez vão fazer ela falar sobre o desastre, o que ela viveu e o que ela sentiu. Obrigar a pessoa a reviver a situação sem que exista um planejamento e um fluxo já definido é cruel. Em Brumadinho tiveram relatos de no mesmo dia 10 pessoas se apresentando em uma mesma casa falando que eram psicólogos e que estavam ali para escutar a pessoa. Então a primeira parte da questão, de como acolher a dor de uma forma respeitosa depende muito disso. Outro ponto que é importante, é entender que a pessoa tem o direito de recusar o atendimento, e ela tem o direito de tomar suas próprias decisões.

Quando ao segundo ponto, de não absorver a dor, confesso que não é uma tarefa fácil. Nos primeiros dias que estava em Brumadinho, eu era tomado por uma sensação de que o desastre era grande demais, e que eu, como indivíduo, não fazia diferença no cenário. Essa foi uma sensação muito pesada, que me acompanhou até aproximadamente o meio da segunda semana. Nesse dia específico, eu fiz o atendimento de uma senhora, que tinha perdido seis pessoas próximas com o rompimento da barragem. Foi um atendimento longo e pesado, mas ao final do atendimento, que durou cerca de 3h ou 3h30, essa senhora ao se preparar para levantar, olha para mim, faz uma piada e ri, o que me pegou completamente de surpresa. Com um acolhimento essa senhora saiu de um momento de sofrimento intenso para a leveza de uma brincadeira. Esse foi um momento mágico pra mim. Naquele momento entendi que o nosso papel, como psicólogos, em um cenário de desastre, não é consolar as pessoas, ou fazer com que elas parem de sofrer. Nosso papel é de fornecer um espaço onde esse sofrimento possa ser acolhido e trabalhado. Em um cenário macro, isso pode até não parecer muita coisa, mas para a pessoa que é atendida e acolhida, faz muita diferença. Essa percepção mudou a forma como eu estava atuando, e foi o que permitiu que eu continuasse nesse campo até os dias de hoje. Outro ponto que é importante é fazer parte de uma equipe que cuida de seus membros. Durante a ação, eu e mais outras duas psicólogas assumimos a função de coordenar o grupo, tanto na organização da ação como no campo. Todos os dias fazíamos briefing com os voluntários no trajeto até Córrego do Feijão (era uma viagem que demorava cerca de 40 minutos), fazíamos o acolhimento dos próprios voluntários caso algum atendimento tivesse sido pesado demais, e no final do dia fazíamos o debriefing, para que cada um pudesse falar sobre o dia, sobre momentos bons e momentos ruins, caso desejasse. Também tínhamos uma preocupação com o descanso dos voluntários. Então a equipe do dia era organizada tentando evitar ao máximo que uma pessoa fosse pra campo 2 ou 3 dias seguidos. E por último é fundamental entender nossos próprios limites. Não somos heróis, não somos invencíveis, somos humanos, e é a nossa humanidade que nos permite ajudar o outro.

(En)Cena: Considerando que, após certo período, pode-se surgir um trauma, como ocorre o acompanhamento de cada sujeito envolvido em uma situação de emergência?

Esse é o grande motivo para que qualquer atendimento realizado durante uma situação de desastre esteja dentro de um fluxo, de uma rede de cuidado. É comum em uma situação de desastre que equipes externas sejam necessárias para auxiliar na absorção da enorme demanda de atendimentos, assim como para auxiliar na organização de redes de cuidado. Uma equipe externa pode assumir três trabalhos distintos, sendo eles a absorção da demanda gerada pelo evento, com atendimento à população, atendimento dos profissionais que estão atuando na linha de frente, e capacitação e reorganização das equipes locais. O terceiro ponto é fundamental, porque os acompanhamentos a médio e longo prazo serão justamente absorvidos pela rede local. As equipes externas estão presentes na fase da resposta, que ocorre durante ou imediatamente após o desastre. Após a estabilização do cenário, geralmente essas equipes externas vão embora, e o cuidado volta a ser responsabilidade integral das equipes locais. Em um desastre, as equipes externas, quando atendem a população, têm a responsabilidade de avaliar os quadros apresentados pelas pessoas atendidas, e qualquer quadro que apresenta um sofrimento persistente deve ser encaminhado para o cuidado pela rede local.

(En)Cena: Primeiros Socorros Psicológicos se constituem como uma ferramenta que está associada às emergências e desastres… Qual a importância que você dá para os PSP e quais as principais diferenças entre a mesma e uma prática clínica padrão?

Para a atuação em desastres, os Primeiros Cuidados Psicológicos (outro nome para os Primeiros Socorros Psicológicos, que eu particularmente prefiro) é uma das grandes ferramentas que temos para tratarmos de saúde mental e atenção psicossocial. Utilizamos os PCP em todos os contatos que fazemos, entendendo que é somente a partir da escuta que vamos conseguir traçar uma estratégia eficiente. Se eu não escuto as pessoas atingidas, eu não consigo construir um cuidado eficiente. Nem todas as pessoas vão precisar de uma escuta longa, mas todas as pessoas precisam ser escutadas. Utilizamos os PCP dentro de uma estratégia maior, desenvolvida pelo IASC, onde vamos traçar estratégias para cuidar das necessidades básicas das pessoas, incluindo acesso aos serviços básicos e segurança, fortalecimento de vínculos comunitários e familiares, acolhimento dirigido e não especializado e acesso aos serviços especializados. Cabe ressaltar que existem técnicas diferentes de PCP, em geral elas são semelhantes. Eu particularmente gosto de usar a técnica da OMS junto com a da Johns Hopkins. Acho que elas se complementam.

Quanto a diferença dos PCP para uma prática clínica padrão, a única coisa que elas têm em comum é a escuta. Enquanto na prática clínica nós vamos escutando queixas e construindo vínculos com calma, seguindo o ritmo do paciente para que eles possam gradativamente nos apresentar seus sofrimentos e vivências traumáticas, em uma situação de desastre essa técnica não só não traz benefícios, como pode dificultar o processo de elaboração das pessoas atingidas. A técnica de PCP surge exatamente para ser utilizada nesses momentos. Nós já sabemos qual é a vivência que causa sofrimento, ela não precisa ser descoberta gradativamente, e a nossa função ali é de estabilização do estresse agudo que está presente. Com os PCP nós temos uma abordagem muito mais prática e com objetivo definido, que inclui questões práticas. A primeira coisa que tentamos descobrir é se a pessoa possui alguma necessidade naquele momento, incluindo necessidades básicas, como água, alimento, abrigo, informações sobre parentes e mesmo necessidade de um atendimento médico. Esse tipo de demanda praticamente não aparece em um consultório. O atendimento de PCP só termina quando percebemos uma estabilização, então não temos tempo definido para o atendimento, nem ele ocorre em um consultório, ou algum lugar com setting terapêutico. Já fiz atendimentos com PCP em garagens, em praças, no meio da rua. O atendimento é onde a crise se manifestou.  Outra diferença é que um acolhimento utilizando os PCP precisa ser fechado. Em um processo terapêutico, muitas vezes deixamos assuntos para serem discutidos em outro atendimento, nos PCP isso não é possível. Como não sabemos se teremos oportunidade de encontrar novamente a pessoa, todo tópico abordado precisa ter um encaminhamento, um fechamento. Pode ocorrer mais de um atendimento, mas cada atendimento tem seu fechamento independente da possibilidade de novos atendimentos.

De maneira geral, essas são as diferenças mais marcantes entre os dois processos.

(En)Cena: Referente à ferramenta de Primeiros Socorros Psicológicos, você acredita que existe um despreparo generalizado entre os Psicólogos?

Assim como a pergunta das lacunas, falar em despreparo é até ter uma visão otimista. Uma parcela bastante significativa dos psicólogos não sabe nem que existem ferramentas diferentes para o trabalho com desastres, e acreditam que o conhecimento que tem sobre a psicologia clínica basta para realizar o cuidado. Então temos um despreparo, um desconhecimento completo da atuação e não raro um sentimento arrogante de imunidade frente ao sofrimento. Vi isso em outros cenários, mas nenhum foi tão forte como Brumadinho. Essa atitude me chocou tanto que se tornou até parte das minhas palestras. Listei as seguintes características quando montei minha primeira apresentação sobre o tema, em março de 2019:

  • Equipes completamente despreparadas
  • Inexistência de diretrizes ou protocolos
  • Invasão das comunidades
  • Atuações solitárias
  • Atendimentos fora do fluxo
  • Ações feitas no improviso
  • Vaidade e autopromoção

(En)Cena: Para os PSP serem aplicados, é preciso que haja uma situação emergente de grande magnitude ou abrange de fato a intensidade da dor vivenciada por um indivíduo em específico?

Os PCP podem ser aplicados em qualquer situação que exista um sofrimento disfuncional para a pessoa. Não importa o tamanho do evento específico, o que importa é o tamanho que ele tem pra pessoa. Já usei PCP no consultório para lidar com crise de ansiedade, por exemplo. Ele não substitui a terapia tradicional, mas elas podem se complementar, justamente por atuarem em momentos diferentes.

(En)Cena: O que você diria para os estudantes que não conhecem muito sobre o contexto da Psicologia das Emergências e dos Desastres ou os PSP? De que forma é possível se aprofundar no assunto?

São duas as mensagens que sempre deixo para os estudantes. A primeira é que é necessário algum conhecimento sobre a PED, justamente porque em determinadas situações, nós não escolhemos atuar, o desastre chega até nós. A segunda é que tão importante quanto o conhecimento teórico é o conhecimento de seus próprios limites, e de práticas de autocuidado. O profissional de psicologia é tão humano quanto qualquer um. Nós temos limites e eles variam diariamente, então temos que ter essa consciência, de saber quando atuar e quando se recolher. Mesmo tendo experiência e conhecimento, em determinadas situações eu não estou apto a atuar, seja porque estou doente, porque tenho alguma questão pessoal me afetando significativamente ou aquele público ou situação me gera sofrimento ao ponto que não consigo atuar. Esses limites precisam ser conhecidos.

Quanto à forma de se aprofundar no assunto, existem milhares de palestras, vídeos e materiais que auxiliam, assim como existem milhares que confundem, então vou deixar aqui alguns materiais.

O CRP possui uma Referência Técnica para atuação de psicólogas (os) na Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres que é o primeiro passo para se conhecer o assunto https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2021/10/Crepop-RT-Emerge%CC%82ncias-e-Desastres-web_v2.pdf

O IASC possui um material rico, que inclusive é referência para a construção de estratégias de cuidado no mundo todo https://interagencystandingcommittee.org/system/files/iasc_mhpss_guidelines_portuguese.pdf

A OMS possui um ótimo material sobre PCP https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/7676/9788579670947_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y

A Fiocruz possui uma quantidade considerável de materiais sobre Saúde Mental e Atenção Psicossocial, que foi produzido na pandemia. Vou enviar a página do NUSMAPS que lá tem muita coisa, inclusive um drive com vários artigos, manuais e protocolos de atendimento https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/programas-projetos/nusmaps/

Temos também uma infinidade de vídeos, que estão na página do YouTube da Fiocruz Brasília. Alguns deles estão listados na página do NUSMAPS, mas tem todas as aulas dos dois cursos que produzimos que estão disponíveis, assim como os vídeos curtos que produzimos para as chuvas da Bahia e Petrópolis, em 2022.

Também temos uma série de palestras e lives da Débora Noal e Ionara Rabelo, duas grandes referências na área.

E por último temos as plataformas de cursos da Cruz Vermelha e OMS

https://ifrc.csod.com/client/ifrc/default.aspx?ReturnUrl=https%3a%2f%2fifrc.csod.com%2fphnx%2fdriver.aspx%3froutename%3dSocial%2fUniversalProfile%2fTranscript%26TargetUser%3d438759

https://openwho.org/

Também é possível procurar as instituições que atuam com crises humanitárias e começar um trabalho voluntário, ou mesmo se candidatar para uma vaga de emprego, ou pelo menos seguir nas redes sociais para saber mais sobre o trabalho e ser informado de cursos e eventos. Acho que com esse conteúdo já dá pra começar a entender melhor a área.