Dois mil e vinte ficará conhecido mundialmente, como o ano em que a humanidade vivenciou a maior crise sanitária da história, a pandemia da Covid-19. As consequências ainda são visíveis, e para combater a disseminação do vírus, foi preciso adotar medidas de distanciamento social, e uso da máscara, recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) até a produção da vacina, que até então não tinha previsão de quando seria elaborada, e apta para distribuição em escala global.
Para enfrentar à situação em tempo recorde, várias indústrias farmacêuticas, com suas equipes de pesquisadores, conseguiram produzir a vacina contra a Covid-19, que levou milhares de vidas pelos quatros cantos do mundo. No entanto, alguns países têm criado verdadeiros movimentos contra a vacinação. Sobre esse assunto, as pesquisadoras Luiza Saraiva e Joana de Faria (2019) apontam que as fakes News, notícias falsas, têm sido um agravante para que as pessoas não queriam vacinar-se. É o que tem acontecido atualmente, muitos indivíduos optam por não receberem as duas doses das vacinas contra o coronavírus por consumirem notícias falsas via web.
Conforme a Sociedade Brasileira de Imunização (Sbim) os discursos antivacinas tiveram um aumento considerável nas redes sociais, após a Covid-19. Afirmação confirmada pelo artigo “As fakes News nos estão deixando doentes” (2019) o qual informa que quase sete em cada 10 brasileiros acreditam em pelo menos uma informação falsa sobre as vacinas. Segundo o documento, o que equivale a 67% da população do país. “Uma pandemia da desinformação”, concluiu o artigo.
Diante disso, é imprescindível informar que a vacina é demasiadamente importante para a saúde pública, e pela continuidade da humanidade, já que muitas doenças foram erradicadas devida as campanhas de vacinação, é o caso da tuberculose. Chamada também de tísica pulmonar ou peste branca, a tuberculose fez inúmeras vítimas do decorrer de séculos, até a produção de sua vacina, Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), em 1921, na França.
Sobre a Covid 19, a primeira vacina a ser desenvolvida e aplicada foi a americana Pfizer, no dia 8 de dezembro de 2020, no Reino Unido. O imunizante foi produzido em menos de um ano de pandemia, a qual começou em meados de janeiro do ano anterior. No Brasil, a vacinação em escala, começou mais tarde, fator que contribuiu para o aumento da doença, que agora sofre uma queda, já que quase metade da população está vacinada, o que equivale a 44,2% dos brasileiros imunizados com as duas doses.
Para por fim a pandemia da Covid-19 é preciso incentivar a vacinação em massa da população, por isso é importante combater toda e qualquer tipo de fakes news, que prejudica a saúde pública. Nesse sentido, o cidadão precisa entrar em sites oficiais de notícias para realmente buscar informação oficial, ao invés de grupos de WhatsApp. Uma prática que colocou em risco a vida de muitas pessoas, que começaram a usar o kit covid, sem nenhuma comprovação científica, como anunciou a OMS. Não deixa de consultar o calendário de imunização de sua cidade. A vacina salva vidas.
Referências
Ministério da Saúde (MS) / Centro Cultural do Ministério da Saúde. Imagens da Peste Branca: Memória da Tuberculose. Disponível em < http://www.ccs.saude.gov.br/peste-branca/tb-historia.php<. Acesso em 04,de out.2021.
Saraiva Luiza e Faria Joana 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação / Inter com Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. A Ciência e a Mídia: A propagação de Fake News e sua relação com o movimento antivacina no Brasil. Disponível em < https://portalintercom.org.br/anais/nacional2019/resumos/R14-1653-1.pdf > Acesso 04, de out. 2021.
Sociedade Brasileira de Imunização. Artigo “ As fakes News nos estão deixando doentes” (2019) . Disponível em < https://sbim.org.br/images/files/po-avaaz-relatorio-antivacina.pdf> Acesso 04, de out. 2021.