A importância de falarmos sobre saúde mental no ambiente de trabalho

A rotina em um ambiente de trabalho pode ser estressante com o acúmulo de atividades a ser cumprida, mesmo para aqueles considerados workaholics, definidos como pessoas viciadas em trabalho.  Por isso, existe a necessidade de não negligenciar a saúde mental, no ambiente profissional.  Nesse contexto, saberia responder o que é saúde mental? E o que ela representa no ambiente de trabalho? A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que a saúde mental refere-se ao bem-estar em que o indivíduo é capaz de desenvolver suas habilidades pessoais, mesmo com o estresse do cotidiano, sem perder a produtividade.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) (2020), a Saúde Mental é a capacidade que cada um tem de decidir e trilhar sua vida, mesmo em frente aos acontecimentos negativos e positivos.  Nesse momento de pandemia da Covid 19, em que o mundo ainda está passando, houve um momento de um elevado pico de estresse, em especial, com os profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate à doença, informou a cartilha elaborada pela Fiocruz (2020). 

Irritabilidade, insônia, falta de apetite, baixa concentração são alguns dos sintomas que precisam ser observados, em especial quando afeta o desempenho do profissional, seja em qualquer área de atuação, pontuou o MS.  (LIMA; ASSUNÇÃO, 2011) observam que o suporte social e estratégias coletivas de enfrentamento podem ser considerados como fator de proteção para os trabalhadores expostos à intensa sobrecarga de trabalho.  A exposição ocupacional constante a eventos adversos pode influenciar negativamente a saúde mental. (LIMA; ASSUNÇÃO, 2011)

 

Fonte: Freepick

Um ambiente de trabalho que não é saudável pode afetar consideravelmente a saúde mental dos seus colaboradores, por meio de jornadas intensivas, redução do tempo de descanso para alcance de meta. Nesse contexto, muitos trabalhadores desenvolvem a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional.  Segundo o Ministério da Saúde, a doença é um distúrbio emocional que tem a exaustão como sintoma extremo, ocasionada pelo estresse e esgotamento físico resultante de um trabalho desgastante que incita a competividade.

Dor de barriga; sentimentos de derrota e desesperança; sofrimentos psicológicos e negatividade constante são alguns dos sintomas da síndrome, enquanto o estresse e a vontade de não sair da cama podem indicar o início da doença informou órgão de saúde.  Para o diagnóstico do distúrbio é preciso procurar um especialista na área.  O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente todo tratamento, de forma integral.

 Com a pandemia, a rotina de diversos profissionais mudou consideravelmente, muitos passaram a trabalhar em casa, home office.  O que fez deixar o lar, tido como um local de descanso e desestresse, uma extensão do ambiente profissional, espécie de filial da empresa.  Nesse sentindo, é preciso encontrar um tempo para conectar consigo, mesmo. Ler um livro, praticar atividades físicas são algumas ações que podem estar sendo inseridas na rotina. Por último, como já foi mencionado, procure um profissional da área, para auxiliar no tratamento caso tenha desenvolvido algum tipo de transtorno mental.

Fonte: Freepick

 

Referência

Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz. Orientação aos Trabalhadores dos Serviços de Saúde. Disponível < https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp content/uploads/2020/06/cartilha_trabalhadores_saude.pdf >. Acesso: 15 de out, de 2021.

Brasil. Ministério da Saúde. Recomendações de proteção aos trabalhadores dos serviços de saúde no atendimento de COVID-19 e outras síndromes gripais.  

Brasil. Ministério da Saúde.  Síndrome de Burnout: o que é, quais os sintomas e como tratar.

Organização Mundial da Saúde (OMS). https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/ 

LIMA, E. de P.; ASSUNCAO, A. Á. Prevalência e fatores associados ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) em profissionais de emergência: uma revisão sistemática da literatura. Rev. bras. epidemiol. São Paulo (2011). Disponível em < https://www.scielo.br/j/rbepid/a/FHmHGmZBKxpkHbqZKvXFGyJ/?lang=pt&format=pdf > Acesso: 15 de out. de 2021.