Para começarmos, é importante trazer a definição de alguns conceitos chaves para esse artigo, sendo um deles a mídia, que refere-se à disseminação de informações e conteúdo a toda uma sociedade, desempenhando um papel vital na formação de opiniões e na própria cultura, facilitando assim a troca de informações e a interação social. Outro termo, bastante importante para construção deste, é a comunicação, que tem como objetivo compartilhar conhecimento, sentimentos, ideias, entre outros.
Desse modo, torna-se evidente como as mídias, sejam elas jornais, revistas, rádios e principalmente aquelas mediadas pelos meios de comunicação têm adentrado não só em meio a sociedade, como também na mente das pessoas. Segundo os sociólogos e filósofos alemães Adorno e Horkheimer (2006), os meios de comunicação em larga escala moldam e direcionam as opiniões de seus receptores. Ou seja, o bombardeio de informações tem a capacidade de influência nas mais diversas áreas da vida de um ser humano, podendo ser esses aspectos positivos, como a conexão social, ou negativos, como a influência exagerada no comportamento de quem as recebe.
De fato, essa comunicação em massa mediada pelas mídias facilita o acesso a informações diversas de todos os lugares do mundo, além de contribuir para a interação e conhecimento de novos saberes em diferentes culturas. Todavia, como citado no livro “Psicologia social contemporânea”, McLuhan (1962) traz o termo “mundo retribalizado”, tecendo a ideia de um espaço acústico baseado nessa comunicação em massa que tem o poder de construir e moldar os seres humanos como bem entende. Com isso, a preocupação está não somente sobre o que é comunicado para a sociedade, mas também em qual o significado desta comunicação na vida de cada ser humano.
Em conclusão, precisamos estar atentos na forma em que essas informações chegam até nós e na maneira que as recebemos. De acordo com o escritor George Orwell (1984), “a massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa’’. Desse modo, é
importante desenvolvermos um olhar mais crítico diante dessa problemática e, assim, compreender os seus desafios, promovendo contribuições para um consumo consciente e saudável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Tradução de Guido de Antônio Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
JACQUES, Maria da Graça Corrêa et al. Psicologia social contemporânea: livro-texto. Editora Vozes Limitada, 2014.
McLuhan, Marshall. The Gutenberg Galaxy: The Making of Typographic Man. Toronto: University of Toronto Press, 1962.
Orwell, George. 1984. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1984.