Na luta contra o câncer infantil, o diagnóstico precoce salva-vidas

Considerado uma questão de saúde pública, em todos os quatros cantos do mundo, o câncer recebe um novo olhar quando crianças e adolescentes são acometidos da doença. Conforme, o Ministério da Saúde (MS), o câncer é a primeira causa de morte entre crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, totalizando 8% das mortes. Diante disso, foi sancionado pela Lei, de número 11.650, em 2008, o Dia Nacional do Câncer Infantil. 

 Celebrado no dia 23 de novembro, a data é uma forma de divulgar a sociedade sobre a importância de levar a criança com regularidade ao médico de sua especialidade, bem como possibilitar um diagnóstico precoce, com o intuito de salvar vidas.   Além disso, apoiar a criança e seus familiares, promover debates e outros eventos sobre o assunto, difundir avanços técnicos científicos relacionados ao câncer infantil estão entre os objetivos da instituição da data, que esse ano completa sete anos, de sua promulgação.

 

Fonte: Freepick

 

Conforme cartilha do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a imprecisão dos sinais e sintomas do câncer na infância e na adolescência pode ser confundida com outras doenças comuns entre os jovens, o que leva à demora no diagnóstico. De acordo com a instituição, o câncer infantil tem 80% de chance de cura se o diagnóstico for feito de forma precoce, bem como tratamento adequando. Segundo o instituto, a leucemia é o tipo mais comum de câncer em crianças, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas.

Dávila (2006) alerta que quando uma criança é diagnosticada com câncer, os pais são os primeiros a necessitarem de ajuda, já que a criança desconhece a doença. “São eles quem vão transmitir ao filho todos os sentimentos provocados pela descoberta do diagnóstico, e quando a família está bem orientada, os efeitos da doença são menos prejudiciais, pois os pais saberão manejar a situação da melhor maneira possível para que ela não seja tão sofrida para a criança.” (Davilla,2006) Ou seja, nesse momento delicado, os pais precisam de uma rede de suporte familiar para lidar com a situação, no intuito de gerar um ambiente saudável, na medida do possível, para a realização do tratamento do filho.

Nesse contexto é preciso ficar atento aos demais filhos.  Sobre isso, Cavicchioli (2005), aponta que a instabilidade emocional provocada pelo câncer infantil nos irmão saudáveis, além de afetar seu comportamento dentro do contexto familiar, também repercute no ambiente escolar. “Provocando uma diminuição do rendimento devido à falta de atenção, indisciplina, agressividade, e em outros casos, introspecção”. (Cavicchioli, 2005). Diante do cenário, é recomendável procurar um psicólogo para atender toda a família.

Fonte: Freepick

 

Em Palmas, Capital do Tocantins, um grupo de pessoas que se colocam a serviço do combate ao câncer, ofertam seu tempo para apoiar, dar esperança e alegria aos pacientes oncológicos, da cidade. Atualmente, o grupo está captando recursos para a construção do Hospital do Amor, para tratamento dos pacientes com a doença, o que inclui os pequeninos. A iniciativa é sem fins lucrativos, e detém como único objetivo o tratamento. Para mais informações o interessado pode ligar no (63) 32129400.

Referências

Cavicchioli, A.C. (2005). Câncer infantil: As vivências dos irmãos saudáveis. Acesso em 05, de nov, de 2021.

Dávila, L. F. C. (2006). El duelo del paciente infantil con cáncer. Acesso: 05, de nov, de 2021.

Hospital do Amor- Disponível em< https://hospitaldeamor.com.br/?fbclid=IwAR1lRYQl1if155_uzK_FYpcx1kbGIoSiRD2AX8Q0lAzh25kBihsfBle78U> Acesso: 05, de nov, de 2021.

 Instituto Nacional do Câncer(Inca). Pelo controle do câncer infantil. Disponível em < https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media_root/rrc-24-rede-pelo-controle-do-cancer-infantojuvenil.pdf> Acesso, 05 de nov, de 2021. 

Planalto, Lei 11.650. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007  >. Acesso 05, de out, de 2011