Muitos centros de convivência para idosos no Brasil, criados para oferecer um ambiente acolhedor e repleto de atividades para a terceira idade, enfrentam atualmente um estado de abandono e precariedade. Essa realidade reflete uma negligência alarmante, especialmente por parte dos órgãos públicos, que deveriam garantir a manutenção e o pleno funcionamento desses espaços essenciais para o bem-estar dos idosos.
Esses centros, que já foram locais vibrantes e ativos, sofrem com a falta de apoio financeiro e estrutural. Em muitos casos, a escassez de recursos resulta na redução significativa dos serviços oferecidos, limitando as atividades a um número muito reduzido, como o uso de uma piscina ou uma simples área de convivência. Essa redução impacta diretamente a qualidade de vida dos frequentadores, que muitas vezes dependem desses espaços para manter sua saúde física e mental. Estudos indicam que a participação dos idosos em atividades de convivência social é fundamental para a sua saúde e qualidade de vida, destacando a importância desses centros como espaços de acolhimento e interação social (Silva, Souza & Pereira, 2019).
A responsabilidade pela manutenção desses centros é complexa e não recai exclusivamente sobre os órgãos públicos. Existem centros mantidos por doações privadas ou por iniciativas da sociedade civil. No entanto, é fundamental que haja um compromisso de todos os setores para garantir que esses espaços funcionem de forma digna. A sociedade deve cobrar ações efetivas dos gestores públicos e apoiar iniciativas privadas que busquem revitalizar esses locais.
Além disso, o abandono dos centros de convivência afeta não apenas os idosos, mas também a comunidade em geral, que perde espaços de interação social e apoio à saúde mental e física. É essencial que a sociedade civil e o poder público atuem de forma conjunta para reverter essa situação, assegurando que os direitos dos idosos sejam respeitados e que eles possam usufruir de espaços seguros, confortáveis e enriquecedores.
