O projeto 10Envolver Akwê Xerente foi idealizado pela estudante da UFT, Sikupti
Formada por mais de 3 mil indígenas, a etnia Xerente se caracteriza pela pintura corporal, que identifica os clãs, e pelo artesanato produzido principalmente com a palha de babaçu, seda de buriti, sementes e capim dourado. Com o objetivo de estimular a produção e preservação do Siknō-Côfo, será realizada entre os dias 9 e 11 de junho a oficina 10Envolver Akwê Xerente.
A oficina, que dará direito a certificação, será aplicada por Noemi Waktadi Xerente a 15 participantes, na aldeia Suprawahâ, na Terra Indígena localizada em Tocantínia. Segundo a idealizadora do projeto, Sikupti Xerente, que é estudante de Engenharia Ambiental na Universidade Federal do Tocantins (UFT), a produção dos cofos está se perdendo. “Estamos tentando fortalecer a cultura novamente, disponibilizando essa oficina”, explica.
“A arte indígena é uma das principais características do povo Xerente e projetos como esta oficina são fundamentais para a perpetuação cultural”, afirma o presidente da Adetuc, Jairo Mariano, que ressalta o apoio da gestão Mauro Carlesse a iniciativas como esta.
O projeto conta com recursos da Lei Aldir Blanc, disponibilizados por meio do edital específico aos Povos Indígenas, que premiou sete iniciativas. A coordenação estadual é realizada pela Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc).
Povo Akwê
O povo que se denomina Akwê, “gente importante”, “indivíduo”, está distribuído em mais de 80 aldeias na margem direita do rio Tocantins, perto da cidade de Tocantínia, na Terra Indígena Xerente, com um total de 183.542 hectares de área demarcada. Os Xerente também pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê e sobrevivem da “roça de toco”, onde plantam milho, arroz e mandioca, e têm no artesanato uma fonte de renda.