A edição do CAOS de 2022 contará de diversas apresentações, sendo que o prelúdio deste evento será realizado nesta edição pelo psicólogo egresso do Curso de Psicologia do CEULP/ULBRA, Caio Cesar Brum, que dosará o clima e a sintonia entre os palestrantes e os participantes.
Em entrevista concedida ao portal (En)Cena, Caio respondeu algumas perguntas sobre sua participação no evento.
En(Cena) – O esquenta cultural, por ser um evento preliminar, possui um papel importante para todo o Congresso. Como se sente sendo responsável por influir nos participantes a conexão com os temas que serão debatidos ao longo das apresentações?
CAIO: Sinto grande felicidade no fato da arte ser colocada em pauta no congresso, e acredito que, assim, se pode promover uma preparação do ambiente, de forma que possamos ser atravessados pelos temas não apenas no nível da intelectualidade, como também no nível do afeto. Me sinto extremamente honrado por poder fazer parte.
En(Cena) – A música esta presente na humanidade há muitos anos, qual sua leitura sobre a importância desta para a psicologia?
CAIO: Sendo uma ciência do fenômeno humano e da humanidade, a psicologia se debruça sobre a cultura a fim de se aproximar do seu objeto de pesquisa. Sendo a música aquilo que está em todo os lugares onde agrupamentos de pessoas surgem, é possível discutir as funções evolutivas dela, bem como onde ela pode ajudar no processo de saúde mental.
En(Cena) – A melodia lírica pode ser considerada como uma forma de reflexão social para instigar os ouvintes a uma auto compreensão ou conscientização sobre assuntos delicados que normalmente são tratados como tabu?
CAIO: Com toda certeza. Muitas músicas são um tapa na cara que expõe críticas que, de outras formas, não teriam tanto acesso aos ouvidos do ouvinte. Além disso, com ela é possível simular um contexto que é imprescindível para tocar da forma necessária para provocar a reflexão que se pretende.
En(Cena) – Aproveitando a oportunidade sobre o esquenta cultural e melodia lírica. Como psicólogo, o que acha da musicoterapia nos tratamentos psicológicos?
CAIO: Dito tudo isso, fica evidente a capacidade da música de provocar o afeto no sujeito. Em contexto psicoterapêutico, isso pode ser importante em casos de bloqueio afetivo. Além disso, usado como lugar de criação, a música pode ser uma verdadeira escola de criatividade, fortalecendo a personalidade daquele que a cria.