Relato de experiência prática no campo hospitalar

Este relato de experiência tem como objetivo descrever a vivência do estágio curricular em Psicologia da ULBRA/PALMAS no campo hospitalar durante o ano de 2022. O estágio foi realizado durante um semestre na ala de oncologia e outro no Pronto Socorro Pediátrico do Hospital Geral de Palmas – TO (HGP), supervisionado pelas Psicólogas Izabela Almeida Querido, Muriel Corrêa Neves Rodrigues e Glauciene Elias Silveira Chaves.  

Com o objetivo de promover a atenção total ao paciente e à sua história de vida, a psicologia hospitalar pode ter atendimentos realizados em ambulatórios, prontos-socorros, unidades de internação e unidades de terapia intensiva. Sobre a atuação da Psicologia Hospitalar Simonetti (2004, p. 15), define como “um campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento”. Portanto, essa ideia surge a partir do instante em que o indivíduo se esbarra com a doença. 

O ambiente hospitalar infelizmente está sempre ligado a tristeza, sofrimento, angústia e dor. A dor por ser uma experiência emocional ou sensorial é sentida de forma singular por cada sujeito. E o sofrimento que é absoluto e único para cada pessoa, é descrito como um estado de aflição que ameaça a integridade física do sujeito. Nessa perspectiva temos os Cuidados Paliativos que consiste em um conjunto de práticas de assistência de uma equipe multidisciplinar, que objetiva a qualidade de vida do paciente incurável e de seus familiares, diminuindo assim seu sofrimento (ARANTES, 2016). 

De acordo com Vanessa Pinheiro, Psicóloga (CRP 12/16330) “O psicólogo contribui com a compreensão das informações e mediação visando sempre o acolhimento. A subjetividade do paciente, dos seus familiares, de dar significado às vivências ao longo do processo de adoecimento e internação é importantes subsídios para a atuação do psicólogo e para o paciente em suas formas de compreender”. 

A experiência de atuar no campo da Psicologia Hospitalar me proporcionou vivenciar momentos de alegria, compaixão, tristeza, medo, afeto, e acima de tudo me tornar uma pessoa mais humana e empática. Essas experiências possibilitaram um olhar voltado aos processos de adoecimento e terminalidade. Uma das experiências que marcaram foi as vivências na ala da oncologia, em que encontramos pessoas de todas as faixas etárias lutando pelo mesmo propósito “sobreviver”. Durante esse processo foi gratificante poder estabelecer vínculos com pacientes, familiares e equipe de trabalho presente.

Professora orientadora: Muriel Correa Neves Rodrigues
Disciplina: Estágio Específico em Processos Institucionais e de Saúde

REFERÊNCIAS
ARANTES, Ana Cláudia. A morte é um dia que vale a pena viver. 1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.