De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – compilados pela Agência Brasil, o país registrou 1.095.535 casamentos civis em 2016, dos quais 1.090.181 entre pessoas de sexos diferentes e 5.354 entre pessoas do mesmo sexo. Estes números apontam para uma queda de 3,7% no total de casamentos em relação a 2015. Já em relação ao número de divórcios a pesquisa apurou um aumento. Foram concedidos 344.526 divórcios em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais, o que corresponde a um acréscimo de 4,7% em relação a 2015, quando foram registrados 328.960 divórcios.
Esta realidade impacta sobremaneira a saúde mental dos filhos, cuja percepção sobre o fenômeno varia de acordo com a faixa etária. E foi sobre este tema que a disciplina de Relações Familiares, ministrada pela profa. Msc. Cristina Filipakis, se debruçou nas últimas semanas, numa ação que visa conscientizar os acadêmicos de Psicologia da importância de se inteirar sobre as configurações familiares, tendo em vista que esta demanda é uma das mais emergentes na clínica psicológica.
De acordo com Cristina Filipakis, os autores e textos trabalhados em sala de aula – a maioria da Teoria Sistêmica e da Psicanálise – têm um olhar aguçado sobre a questão, apontando para os desdobramentos psicológicos decorrentes da fragmentação da estrutura familiar e parental, evento que irá impactar sobremaneira a subjetividade de todos os envolvidos, mas, sobretudo, dos filhos destes casais separados, cuja percepção varia de acordo com a faixa etária. “Neste contexto, o psicólogo tem que se municiar de dados, técnicas e formas de intervenção para lidar com o cenário”, afirma Cristina.
Ainda de acordo com o IBGE, em média, o homem se divorcia mais velho que a mulher, com 43 anos dele contra 40 dela. No Brasil, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio é de 15 anos. A maior proporção das dissoluções ocorreu em famílias constituídas somente com filhos menores de idade (47,5%) e em famílias sem filhos (27,2%). A guarda dos filhos menores é ainda predominantemente da mãe e passou de 78,8% em 2015 para 74,4% em 2016. A guarda compartilhada aumentou de 12,9% em 2015 para 16,9% no ano passado. (Com informações do IBGE e da Agência Brasil)