Frequentemente ouvimos falar sobre homofobia, mas você sabe também o que é bifobia? O termo bifobia tem sido utilizado como um conceito que abrange a discriminação contra pessoas que se relacionam afetiva ou sexualmente com mais de um gênero. Ainda que mulheres bissexuais sejam vítimas de algumas formas de violências semelhantes às violências sofridas por mulheres lésbicas, esse grupo é também sujeito a alguns preconceitos particulares.
São estereótipos atribuídos a mulheres bissexuais as idéias equivocadas de que seriam “promíscuas” e estariam “indecisas”, querendo “chamar a atenção” ou apenas “passando por uma fase”. A negação de que a bissexualidade existe e a invisibilização desse grupo durante a elaboração de políticas e serviços também são formas de bifobia.
Partindo por esses pressupostos, expomos que tal problemática é trazida para as telas, e expostas de diversas maneiras, onde é retratada na seguinte produção: Bônus: “Pride” (2021) Série/documentário, com a direção: Andrew Ahn, Anthony Caronna, Cheryl Dunye, Yance Ford, Ro Haber, Tom Kalin, Alexander Smith.
Série documental que acompanha a história de luta por direitos civis da população LGBTQIAPN+. Cada episódio acompanha uma década entre os anos 1950 e 2000 e apresenta como o movimento se articulava na luta contra homofobia, bifobia, lesbofobia e transfobia durante cada época. Os episódios também trazem importantes figuras na luta contra LGBTfobia como a ativista Christine Jorgensen, a autora Susan Stryker e o cineasta John Waters.
Com histórias na primeira pessoa ou partilhadas por familiares e amigos é possível perceber de que forma os norte americanos o grupo LGBTQ+ em especial, foram melindrados e condicionados e castigados drasticamente a respeito da sua contínua vida sexual e sua opção de escolha da mesma.
A série documental PRIDE em específico remete a perseguição do FBI aos homossexuais durante a lavander scare nos anos 50, até mesmo os conflitos culturais na década de 90, explorando o legado queer do movimento do direito das pessoas e da batalha pela a igualdade no casamento.
Fonte: https://www.youtube.com/
A cinematografia foi excelente. Esta é de longe a história mais inclusiva sobre o orgulho gay na América. Foram repassados contextualizações pertinentes acerca da história da vida gay e dos direitos dos homossexuais na América, as lutas que esses americanos enfrentaram e superaram. A narração e inclusão de curtas-metragens e narração tornaram cada história mais pessoal e fácil de conectar.
Portanto, a delimitação por década acaba por ajudar a contextualizar a realidade de cada geração, que apesar de viver a mesma luta, sofreu contextos diferentes pelo o que é possível traçar uma perspectiva histórica sobre a complicada batalha que tem sido travada em prol da igualdade.
REFERÊNCIAS:
BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
MISKOLCI, Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica Editora/UFOP, 2012.
Links:
https://midianinja.org/news/dez-producoes-sobre-sexualidades-e-protagonismo-lgbtqiapn/