Sim, pelo contrário do que muitos pensam pessoas autistas podem sim ter relações com outras pessoas.
Arthur Gabriel, acadêmico de Psicologia – arthur.gabriel@rede.ulbra.br
O autismo é um tema que traz muita curiosidade e interesse, mas também muitas dúvidas, como: O que é o autismo? Quais são as suas causas? Se essa pessoa pode se relacionar ou não? Essas são algumas das perguntas relacionadas às pessoas com TEA.
O autismo, ou transtorno do espectro do autismo (TEA), indica uma dificuldade que afeta as áreas da comunicação, socialização e do comportamento. As pessoas com autismo podem apresentar dificuldades para se expressar verbalmente e não verbalmente, para interagir com outras pessoas, para compreender regras sociais e para lidar com mudanças. Além disso, elas podem ter interesses por determinados assuntos ou atividades, e realizar movimentos repetitivos com o corpo ou objetos.
Não se sabe ainda as causas, mas acredita-se que exista uma forte influência genética, além de possíveis fatores ambientais que podem interferir no desenvolvimento cerebral, como uma má gestação, vícios como tabaco também podem influenciar. O autismo não tem cura, mas pode ser tratado com intervenções adequadas que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas com essa condição e de suas famílias.
A palavra espectro autista indica que cada um é único, em sua forma de agir pensar, de interagir com as pessoas e a realidade a sua volta, por isso, é muito importante tratar cada um de uma maneira exclusiva, não generalizando seus comportamentos e sentimentos, pois cada um vê o mundo de maneiras diferentes.
Fonte:https://pixabay.com/
A palavra espectro autista indica que cada um é único, em sua forma de agir, pensar, de interagir com as pessoas(…).
Com isso podemos dizer que sim, a pessoa com espectro autista pode sim se relacionar com outras pessoas, tendo em vista que muitos autistas leves são diagnosticados muito posteriormente às vezes sendo confundida com uma pessoa tímida que não gosta de interagir.
O parceiro ou parceira de um(a) TEA tem que estar atento quanto a respeito as suas limitações, como a questão de se expressar sentimentalmente, às vezes pode ter uma dificuldade, mas também pode não ter, podem ter problemas para interpretar os sinais como gestos, expressões faciais os quais são importantes para um relacionamento. Além disso, eles podem ter preferências sensoriais diferentes, como gostar ou não de toques, abraços e beijos, o que pode afetar a forma como demonstram carinho e afeto.
Porém, os autistas possuem qualidades que podem ajudar nos relacionamentos os relacionamentos, como honestidade, lealdade, criatividade e sensibilidade. Eles também podem aprender a desenvolver habilidades sociais e emocionais com o apoio de profissionais, familiares e amigos.
Fonte:https://pixabay.com/
O amor é universal, e une perfeitamente todas as coisas.
Uma boa experiência para as pessoas conhecerem mais sobre esse assunto, é assistir um reality show que passa na Netflix, que tem o nome de “amor no espectro”, o que conta a história de casais autistas que procuram sua “alma gêmea”, e fala dos desafios mas também os prazeres dos casais, vale muito a pena conhecer.
Assim o autista sim pode ter seus relacionamentos, o importante é que haja cooperação de ambas as partes. Cada um tem o seu jeitinho de amar e ser amado, a final o amor é para todos.
Referências Bibliográficas:
RELACIONAMENTOS AMOROSOS ENTRE PESSOAS TEA. Autismo e Realidade, 2023. Disponível em: <https://autismoerealidade.org.br/2023/06/12/relacionamentos-amorosos-entre-pessoas-com-tea/>. Acesso em: 29, agosto e 2023;
VARELLA, Dráuzio. POSSIVEIS CAUSAS DO AUTISMO. Uol.com.br, 2014. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/possiveis-causas-do-autismo-artigo/#:~:text=A%20explica%C3%A7%C3%A3o%20mais%20aceita%20para,que%20trafegam%20entre%20os%20neur%C3%B4nios.>. Acesso em: 29, agosto e 2023.