18 de maio: Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual

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O dia 18 de maio nos traz inúmeros aspectos positivos acerca da sua efetivação em âmbito nacional mediante a temática do abuso e exploração sexual na infância e adolescência, efetivamente possibilitando ocasionar uma maior discussão sobre a questão, promovendo maior enfoque quanto à participação profissional e social, peças que se fazem fundamentais na área social ao se falar na garantia dos direitos e promoção de melhorias à vida humana.

O dia alusivo desencadeia expressamente contextuar os perigos e dificuldades enfrentadas no cotidiano de crianças e adolescentes abusadas sexualmente, intencionando alertar tanto a sociedade, quanto os demais atores sociais, para a gravidade da questão e as diversas formas de violência que se faz presente na vida de crianças e adolescentes, atentando-se para o importante trabalho de prevenção que o psicólogo desenvolve neste contexto.

Fonte: encurtador.com.br/fEGK9

Torna-se plausível destacar ainda a possibilidade de evidenciar o fato de que, o abuso sexual de crianças e adolescentes se caracterizam uma importante expressão da questão social da qual necessita ser tratada primeiramente em sua base familiar, local onde ocorre a maior parte desses abusos, tendo este como um motivo fundamental para elevar a importância da atuação profissional e social dentro desta esfera, mostrando este fator como uma grande barreira que necessita com urgência e cautela ser rompida.

Abuso sexual infantil é o envolvimento de uma criança em atividade sexual que ele ou ela não compreende completamente, é incapaz de consentir, ou para a qual, em função de seu desenvolvimento, a criança não está preparada e não pode consentir, ou que viole as leis ou tabus da sociedade. O abuso sexual infantil é evidenciado por estas atividades entre uma criança e um adulto ou outra criança, que, em razão da idade ou do desenvolvimento, está em uma relação de responsabilidade, confiança ou poder (World Health Organization – WHO -, 1999, p. 7).

A discussão gerada mostra-se como uma ferramenta a mais no intuito de promover e divulgar a temática, sendo o contexto enriquecido com a participação de outros autores, os quais também abordam discursões envolvendo a problemática, imprescindivelmente fazer notar o quanto se faz fundamental e necessário à divulgação e o debate de questões como da atuação social no combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes, na intenção de se ocasionar melhorarias no contexto familiar e consequentemente social, e possivelmente reduzir esse tipo de problema social que acomete crianças e adolescentes.

Referência:

World Health Organization (WHO). (1999). WHO Consultation on Child Abuse Prevention. Geneva: WHO.

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Identifique sinais de abuso psicológico

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Quando falamos de violência ou tortura pensamos logo em agressão física. O abuso ou violência psicológica tem por características palavras ou atos que coloquem a mulher em uma condição de humilhação, privação de sua liberdade de falar ou expressar, ser subjugada. Também gera a degradação da sua moral, quando é impedida de exercer sua vida social ou crença.

É importante sempre falarmos sobre esse tema, pois como não existe uma agressão física com empurrões, socos e sem a utilização da força física, muitas vezes a mulher não sabe que está vivendo uma violência. É interessante notar que o agressor também não entende isso como uma violência. Ele entende que agressão ou violência doméstica é apenas quando tem empurrão, chute ou espancamento. Hoje, como essas mulheres estão tendo voz, entendemos essa violência psicológica, que inclusive consta na lei Maria da Penha e é passível de punição.

O abuso não acontece por acaso ou do dia para noite, a pessoa já vem dando indícios no começo do relacionamento. Por exemplo, se eu tenho um namorado que começa a me limitar em relação aos meus amigos, eventos sociais e pontuando em relação às minhas roupas. Quando esse relacionamento evolui para um noivado ou casamento, a situação pode se estender na vida conjugal. Então, é importante prestar atenção aos sinais.

Vale ressaltar que muitas pessoas acreditam que abuso psicológico só acontece nas camadas mais baixas da sociedade e isso não é verdade. Há casos em que o companheiro aparentemente era perfeito e tinha uma situação financeira boa e se transforma nesse monstro.

Fonte: encurtador.com.br/cAC19

O ideal é que, ao se relacionar, a mulher busque conhecer a família, o comportamento do companheiro, como ele era com os antigos relacionamentos, como era a conduta dele em relação a outras mulheres. Pergunte como foi o término, atente-se como ele é com a família, como se comporta, como é no profissional. Assim você passa a conhecer um pouco sobre o comportamento e temperamento desse indivíduo.

Geralmente quem pratica o abuso psicológico está mais caracterizado como abusador e manipulador. Ele faz com que a vítima entenda e acredite que a culpa é dela. Pois são usadas frases como “eu só fiz isso porque você me provocou”. Ou “se você não tivesse feito isso, eu não teria feito aquilo”. A vítima vai sendo envolvida e tendo esse prejuízo psicológico emocional. Ela se deprime e fica buscando nela o porquê dele agir assim.

O trabalho do psicólogo é fazer a mulher perceber e reconhecer que está vivendo isso. Existe essa dificuldade de reconhecer que tudo que ela passa, mesmo sendo verbalmente, constitui-se como violência. Isso causa danos emocionais, diminuição da autoestima e prejuízo no desenvolvimento pessoal e profissional dessa mulher. O sentimento dela é de estar acuada, humilhada e com medo. Existe um medo grande dela sair desse relacionamento e/ou tomar qualquer atitude.

Os psicólogos recebem e acolhem mulheres fragmentadas e desacreditadas, pois, como não existem marcas físicas, seu discurso muitas vezes é desvalorizado. No processo terapêutico, objetivamos reestruturar essa autoestima e desconstruir crenças disfuncionais e ressignificar os fatos, buscando libertá-la do trauma dessa relação. Em alguns casos, é preciso passar por um longo processo psicológico. É importante mostrar que existe vida após o abuso e essa mulher merece e tem o direito de ser feliz.

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