Experiências e práticas vivenciadas por profissionais do Consultório na Rua em Palmas-TO: Entrevista a Assistente Social Maisa Carvalho

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É comum estar em um centro urbano, ou até mesmo em pequenas cidades e deparar-se com as pessoas que estão em algum lugar nas ruas de forma precária. Em sua maioria são pessoas que vivem em extrema pobreza, que ficam dias sem comer por falta de alimentos e consequentemente com baixas perspectivas de sobrevivência, vivem dos trabalhos que as ruas oferecem. Os profissionais que lidam com esse cenário enfrentam desafios diários, sendo seu trabalho de extrema necessidade para um caminho que possa levar a uma melhor qualidade de vida para as pessoas em situação de rua.

Nesta entrevista para o (En)Cena, a Assistente Social Maisa Carvalho nos traz um conteúdo muito enriquecedor acerca do trabalho com as pessoas em situação de rua e como se dá a atuação profissional nesse contexto. Ela é graduada pela Universidade Federal do Tocantins – UFT (2016), especialista em Gestão de Redes de Atenção à Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ (2018), especialista em Saúde Mental pelo Centro Universitário Luterano de Palmas e Fundação Escola de Saúde Pública, através do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental – ULBRA/FESP (2020), Responsável Técnica do Programa Piloto de Justiça Terapêutica do Tribunal de Justiça do Tocantins, atualmente atua na equipe de saúde Consultório na Rua e é pesquisadora nas temáticas voltadas para Saúde e Direitos Humanos: saúde mental, população em situação de rua e feminização de substâncias psicoativas.

O Consultório na Rua foi instituído em 2011 no qual está agregado à política nacional de atenção básica, seu foco principal está nas pessoas que vivem em situação de rua, sejam elas moradoras ou que vivem do que a mesma pode ofertar, como emprego e necessidades básicas. Há uma equipe específica designada para o cuidado relacionado à saúde dessas pessoas. Nessa entrevista a Assistente Social Maisa Carvalho nos traz um panorama dessas ações realizadas.

Fonte: Arquivo Pessoal

(En)Cena: Como você iniciou na área que você atua hoje, com a população em situação de rua?

Eu sou Assistente Social, conheci o Consultório na Rua em 2019, quando ingressei na residência, no Programa de Saúde Mental. Atualmente, o programa possibilita que o residente passe por 4 pontos da rede de Atenção Psicossocial, sendo os seguintes serviços: CAPS- AD, CAPS II, o NASF e por fim, o Consultório na Rua.

Quando tive esse contato eu não conhecia como funcionava exatamente, mas com a experiência passei a conhecer o fluxo, a equipe e como que funcionava. Passei alguns meses atuando no serviço como residente e depois de concluir a especialização, em 2020, fui contratada para compor a equipe.

(En)Cena: E como se deu esse ingresso na equipe?

Ingressei através do através do programa “Palmas para Todos” que é um programa da Fundação Escola de Saúde Pública juntamente com a prefeitura, onde você recebe uma bolsa para atuar em áreas que atendem as populações mais vulneráveis, e o Consultório na Rua está inserido dentro desse grupo de serviços que atendem as populações mais vulneráveis. Então, hoje eu sou profissional que compõem a equipe não mais como residente, nós recebemos outros residentes nesse serviço.

Fonte: encurtador.com.br/pTY29

(En)Cena: Você atua também como uma mentora dos residentes?

Não, porque precisa de um preceptor para acompanhar os residentes, esse papel é desempenhado pela enfermeira da equipe, que exige acompanhamento mais de perto, supervisão, aulas, enfim… mas todos nós colaboramos tirando dúvidas e compartilhando nossas experiências com os residentes.

Esses profissionais precisam ter uma pessoa para ser o preceptor que são como “mentores” dos residentes, como a preceptora também é coordenadora, as vezes pode estar em reunião ou na SEMUS, daí toda a equipe acaba dando suporte, porque a gente está ali todos os dias, orientando sobre o fluxo do serviço, mostrando quais são as nossas áreas de atuação.

Como a preceptora está de home office, quando os demais residentes entrarem, outro profissional irá assumir essa função, mas não será eu.

O fato da equipe ser multiprofissional, atendendo a modalidade 1, sendo composta por uma enfermeira, uma assistente social, uma técnica de enfermagem e um agente de ação social, ajuda muito nesse processo, se levarmos em consideração a variedade de formações.

(En)Cena: E como de fato é sua participação nesse contexto, dentro da unidade onde você atua?

Em Palmas nós temos além do Consultório na Rua, que atende especificamente na saúde, o CREAS que atende esse público também voltado para demandas assistenciais.  Então, o Consultório na Rua é um serviço da Atenção Básica, garantido pela a Política Nacional de Atenção Básica no qual foi instituído em 2011.Mas, aqui em Palmas ele foi implantado em 2016. Nós trabalhamos na rua, tem um carro, ou seja, somos 5 pessoas que a gente roda na cidade de Palmas e nos distritos também, fazemos atendimento à população em situação de rua ou moradores de rua que são diferentes. Há a pessoa que mora na rua, e os que vivem em situação de rua que podem até ter casa, mas que ficam em situação de rua devido a algum transtorno mental, uso de álcool e outras drogas, conflito com a família e assim por diante.

Fonte: encurtador.com.br/dlzIR

Nosso trabalho é levar cada vez mais essas pessoas aos serviços de saúde ou assistência social, porque imagina só, a gente enquanto pessoas “organizadas” entre aspas, bem esclarecidas, as vezes encontra dificuldades de acessar alguns serviços, imagine um morador de rua alcoolizado, com as vestes que não são muito bem vistas socialmente. Então, são pessoas que têm mais dificuldade em acessar ao serviço, elas muitas vezes não são bem recebidas/atendidas, isso é uma realidade, e também por não conhecer dos seus direitos.

A gente pensa que todo mundo conhece o que é um CAPS, o consultório na rua, uma unidade de saúde, comunidade terapêutica, o que é uma clínica de reabilitação, o que é isso ou aquilo. Mas não, nem todo mundo tem esse tipo de acesso e conhecimento, e nosso trabalho é em cima disso, é realmente trabalhar in loco, com esse paciente, com esse usuário. Quando eu falo em usurário, não quer dizer necessariamente um usuário de álcool ou drogas, mas de um usuário do serviço como qualquer outra pessoa que faz uso dos serviços públicos, e nós trabalhamos com o facilitar desse acesso dos pacientes aos serviços. E, um dos serviços que a gente trabalha muito é com os CAPS, o CAPS II que é voltado para o atendimento de pessoas que têm transtorno mental, e o CAPS-AD III que é voltado para a população que faz uso prejudicial de álcool e outras drogas.

No meu serviço como assistente social, claro que a gente tem um trabalho integrado com a equipe, é um trabalho multiprofissional. No entanto, tem também os serviços específicos do serviço social. Trabalho com a viabilização dos usuários aos serviços da assistência, como os do CRAS, CREAS, habitação, alimentação, documentos, entre outros. A gente trabalha muito com o reestabelecimento do vínculo familiar, que é uma coisa muito fragilizada dentre as pessoas que vivem na rua.

Visitas, contato telefônico, essa sensibilização quanto a esse retorno, talvez uma visita que é algo simples. A gente não impõe que a pessoa precise ter o contato familiar.  Mas, talvez quem sabe um dia das mães, um final de ano, talvez um fim de semana, um almoço, que a pessoa possa ir lá “fulano está preocupado com você, tá com saudade” você tem que tentar sensibilizar quanto a esse contato com a família, porque às vezes por mais que a gente trabalhe com esse usuário, dê todo o suporte, da rede, do serviço, mas se o sujeito não tem essa rede de apoio familiar o serviço fica muito mais difícil de continuar, porque quando a pessoa sair por exemplo do CAPS, do HGP ela vai retornar para a rua, que às vezes acontece também (HGP), em último caso mas acontece, quando o usuário está desorganizado, quando ele está em surto,  quando está colocando em risco a vida dele ou de outras pessoas, a gente aciona o SAMU juntamente com a polícia, que já é um protocolo que o SAMU tem, para a internação no HGP.

Fonte: encurtador.com.br/eoGIZ

Essa internação serve para estabilizar a pessoa, quando ela estiver mais organizada ela volta e continua com a medicação na rua que não seria o ideal, o ideal seria voltar para casa, é por isso que existe esse foco no reestabelecimento do vínculo familiar. Imagine que quem tem a questão do vício que parte não só do desejo de parar, mas de uma doença que precisa de tratamento. Chega um momento que o organismo da pessoa sente falta da droga, como sente da agua por exemplo. Digo isso para exemplificar que não é querer parar, ela precisa ter um ambiente propício para isso, para que ela não volte a fazer esse uso, ou pelo menos que ela diminua, que tenha mais qualidade de vida, ou seja, trabalhamos muito com a redução de danos.

Trabalhamos também com acesso a documentações, isso já é uma parte bem específica do serviço social, já é uma demanda social. Do ano passado para cá a gente focou muito nisso porque eu percebia, que quando a pessoa ficava mais tranquila, ao tentar com ela o acesso aos serviços não só de saúde, como trabalho, renda, a questão também da habitação, transporte e várias outras coisas, só que geralmente 80% dos moradores de rua eles têm um problema da falta de documentação, e para você acessar qualquer serviço hoje, você só consegue exercer cidadania se você tiver o documento. Sem ele é como se realmente você não fosse ninguém, isso é uma verdade. Então, eu estava tendo muita dificuldade de estar inserindo esses usuários em outros serviços, na rede Intersetorial, devido à falta de documentação. Então, é uma coisa que a gente tem feito muito, que é dado esse acesso, democratizado esse acesso às documentações, especificamente a certidão de nascimento, porque a partir dela que você consegue os demais documentos.

Essas articulações abrem portas. A equipe já conseguiu a inserção de paciente na política de habitação, que foi contemplado, morava na rua e está morando em uma casa. Isso facilita muito a pessoa ter segurança, de estar dormindo em lugar seguro, porque a rua tem um contexto muito hostil, de exposição a muitas coisas, à violência por exemplo. E quando você consegue ajudar essa pessoa a ter acesso a esse tipo de serviço, de benefício, é algo maravilhoso, uma vez que o conjuntos de todos esses fatores contribuem para a saúde e bem estar do usuário. Não é fácil, mas é possível. Há vários casos de êxito de pacientes, depois que eles passaram a morar em uma casa eles conseguiram ter uma evolução muito grande. Quando essa pessoa tem necessidades, às vezes não é especificamente no Consultório na Rua em si, mas a gente orienta, “vamos marcar então para você ir na unidade de saúde”, a gente leva o paciente, agora não estamos transportando tanto devido ao Covid-19, então é mais arriscado, pegar um paciente, colocar no carro onde está toda a equipe, é uma exposição a um risco, tanto para o paciente quanto para a equipe, então a gente só transporta o paciente em último caso.

Quando não tem como levar, a gente marca com a pessoa no local ou órgão para acompanhar o atendimento, pois se a gente só articular tanto com o serviço como o paciente orientando o mesmo a comparecer numa consulta odontológica, uma consulta com o clínico, a chance de ela não ir é grande, porque hoje ela está sóbrio, mas no dia seguinte pode não está ou não se sentir pertencente daquele serviço.  Então, a gente tenta pactuar de estar acompanhando mesmo essa pessoa, ou então marcar para ela ir no dia que a gente vai estar na unidade também.

Outra coisa, as vezes o paciente tem dificuldade de comunicação, nós temos paciente que tem problema de audição, onde há dificuldade de comunicação entre medico e ela, necessitando de um acompanhante para facilitar as orientações. A pessoa não consegue ouvir, ela não consegue seguir as orientações justamente porque ela não ouve bem, e como a gente já conhece a gente consegue se comunicar, aumenta o tom de voz, gesticula, então ela consegue entender, esse também é um trabalho que a gente faz, visto que o vínculo familiar é fragilizado e resulta na falta do mesmo nesses procedimentos. Eu já acompanhei paciente em banco por exemplo, o paciente recebe auxílio emergencial, recebe bolsa família, recebe um benefício que ele tem, mas ele não consegue entrar no banco, ele não sabe conversar com o gerente, ele não sabe dizer o que ele quer, ou então ele perdeu a senha, ele não consegue fazer esse tipo de serviço.

A gente às vezes precisa ser as pernas desses pacientes, porque isso também é saúde. Imagine só, essa pessoa tem direito a um benefício e ela não consegue sacar por exemplo, ela não vai conseguir comer bem, talvez não vá conseguir comprar um lençol para dormir na rua que seja, tudo volta para a saúde, por mais que não seja especificamente da saúde, eu poderia negar “não vou fazer isso que não é minha função ficar em banco por exemplo para acompanhar paciente porque isso já extrapola né as nossas competências profissionais”. No entanto, a gente tem muito esse trabalho da humanização mesmo, que faz parte também, tem uma política de humanização, a equipe trabalha muito em cima disso, o que vai estar melhorando a qualidade de vida desse paciente, que vai melhorar nosso trabalho também.

(En) Cena: Em relação às questões que levam as pessoas para essa situação de rua, qual você vê como mais comum em Palmas?

Eu acredito que tanto aqui quanto a nível nacional, o perfil é semelhante. A gente se depara com pessoas com vínculo familiar fragilizado ou interrompido, seja por estilo de vida, desemprego, falta de moradia, pais que não aceitam a sexualidade do filho e o mesmo acaba indo para as ruas, ou a pessoa começou a fazer uso de drogas e teve conflitos, a família não consegue lidar com a situação que também é difícil, ou perdeu um ente querido, o fato em si do uso de álcool e outras drogas, o que leva a pessoa usar outra vez, são vários motivos. Transtornos mentais levam também, acontece da pessoa desorganizar, somado a alguns conflitos familiares. Geralmente esses vínculos é um processo lento, nem sempre conseguimos, requer tempo, orientação, visto que família já está chateada, está magoada e desacreditada. Pode acontecer do sujeito está sob efeito do álcool e/ou outras drogas e agredir as pessoas, verbalmente ou fisicamente, isso causa um desgaste e até mesmo esse rompimento do vínculo. Como disse, é um desfio, a gente vai criando estratégias.

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 122, de 25 de Janeiro de 2011. Brasília, 2011.

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Eugênio Vilaça Mendes e a Atenção Primária à Saúde

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Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta.

A Atenção Básica pode ser caracterizada como “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde” (LAVRAS,2011, p.868). Além disso, ela é orientada seguindo os princípios da universalidade, acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade, bem como da participação social.

Eugênio Vilaça Mendes fez uma discussão sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) nas Redes de Atenção à Saúde e inicia comentando sobre a situação da saúde no Brasil. Segundo ele, um dos motivos que contribuem com a tripla carga de doenças é a transição demográfica, a qual resulta em uma população maiormente idosa, ou seja, pessoas que são naturalmente mais suscetíveis à doenças.

Além disso, a maioria dessas doenças são crônicas. Outro fator importante é a agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva, a forte predominância relativa das doenças crônicas e de seus fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras drogas e alimentação inadequada. Também, o crescimento das causas externas (fruto do fenômeno da urbanização e violência).

Fonte: https://goo.gl/9KsWng

Deve-se reconhecer que o SUS possui uma estruturação que permite seu funcionamento eficaz, mas existem dificuldades para colocar em prática da maneira correta. Sendo assim, Eugênio expõe que o problema crítico do SUS é a incoerência entre uma situação de saúde que combina transição demográfica acelerada e tripla carga de doença, com forte predominância de condições crônicas, e um sistema fragmentado de saúde que opera de forma episódica e reativa e que é voltado principalmente para a atenção às condições agudas e às agudizações de condições crônicas. A condição crônica exige uma resposta social proativa, contínua, dos sistemas de atenção à saúde.

Vilaça acredita que a causa fundamental da crise do SUS, bem como do sistema privado no Brasil é que sistema utilizado é fragmentado, opera de forma episódica e reativa e que se volta principalmente para questões agudas e paras as agudizações crônicas. Já que o manejo clínico para as condições crônicas “se constitui em processo complexo que envolve o desenvolvimento de práticas de autocuidado, abordagens multiprofissionais e garantia de continuidade assistencial, o que só pode ser obtido através de sistemas integrados” (LAVRAS,2011,p.871).

O descompasso entre fatores contingenciais que evoluem rapidamente, como:transição demográfica, transição epidemiológica e inovação tecnológica, além dos fatores internos (cultura organizacional,recursos, sistemas de incentivos, estilos de liderança e arranjos organizativos) justificam uma situação de saúde do século XXI sendo respondida socialmente por um sistema de atenção à saúde da metade do século XX. É possível perceber que existe uma dificuldade do sistema em adaptar -se às mudanças, o que resulta no dilema que se baseia em como acelerar as mudanças no sistema já que esses fatores citados acima são bem vindos.

Fonte: https://goo.gl/8gaJDd

Eugênio expõe que o sistema praticado hoje é baseado no sistema ainda do século XX, quando metade das mortes era por causas infecciosas. Para ele, a crise é universal, ou seja, até nos EUA há problemas com casos de diabetes, significa que a crise ocorre independente do volume de recursos. Semelhante à esse posicionamento, Lavras (2011) também acredita que é necessário valorizar e legitimar as práticas que estão em desenvolvimento, mas antes deve-se superar um padrão cultural pré- estabelecido tanto na sociedade como no aparelho formador.

Após apontar as dificuldades que permeiam o sistema, Vilaça sugere uma solução possível para a crise fundamental do SUS: proposta da rede de atenção à saúde. Sua ideia consiste no restabelecimento da coerência entre a situação de saúde com transição demográfica acelerada e tripla carga de doença com predomínio relativo forte de condições crônicas e um sistema integrado de saúde que opera de forma contínua e proativa e voltado equilibradamente para a atenção às condições agudas e crônicas.

Se seguir a lógica da atenção às condições agudas de modo geral, o sistema poderá ser descontínuo, fragmentado e reativo. Mas isso não se aplica às condições crônicas. Pois, assim como afirma LAPÃO et al (2017, p. 714), espera-se que uma APS não restrinja a “um nível de serviço ou focalizada em grupos em situação de pobreza, mas capaz de assumir a coordenação de todos os seus usuários e a integração do seu sistema”.

Fonte: https://goo.gl/MsrfUQ

Por fim, Vilaça fala sobre os elementos importantes para composição das rede de atenção à saúde, quais sejam:

– uma população: a população adscrita à rede de atenção à saúde.

– um modelo lógico: O modelo de atenção à saúde.

-uma estrutura operacional: os componentes da rede de atenção à saúde.

Vale ressaltar que a população de uma rede não é a mesma contabilizada pelo IBGE, mas sim a população efetivamente cadastrada na atenção primária de saúde. Portanto, para que a APS no SUS possa desempenhar esse papel com efetividade grandes medidas devem ser tomadas conjuntamente pelas três instâncias de gestão do SUS, visando seu fortalecimento.

REFERÊNCIAS

LAPÃO,Luís Velez; ARCÊNCIO, Ricardo Alexandre; POPOLIN, Marcela Paschoal e RODRIGUES, Ludmila Barbosa Bandeira. Atenção Primária à Saúde na coordenação das Redes de Atenção à Saúde no Rio de Janeiro, Brasil, e na região de Lisboa, Portugal. Ciência & Saúde Coletiva, 22(3):713-723, 2017.

LAVRAS, Carmem. Atenção Primária à Saúde e a Organização de Redes Regionais de Atenção à Saúde no Brasil. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.4, p.867-874, 2011.

MENDES, Eugênio Vilaça, 2012.  A APS nas Redes de Atenção à Saúde. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=_U9Yx02xwgA&list=PLQ2Ue6m-QUZI0lQ500NMIqX N2rgEHUwir>. Acessado em: 04 de outubro de 2018.

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Minha experiência como servidora do SUS

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O Sistema Único de Saúde – SUS está para atender toda a população, oferecendo atendimento humanizado e acessível para todos os cidadãos, as vezes por erro de gerenciamento os recursos que são pequenos, acabam sendo mal administrados, levando os usuários a acreditar que as verbas direcionadas aos hospitais são desviados.

Fonte: https://goo.gl/SP2di9

Alguns colegas de profissão deixam a desejar na qualidade do atendimento ao usuário, mais capacitações eventualmente ocorrem para que haja melhor eficácia no atendimento. Mas também é necessário o reconhecimento da evolução do sistema, pois o SUS é uma experiência que vem dando certo, pois a maioria dos brasileiros utilizam o Sistema Único de Saúde.

Justamente por ser universal, o que acontece é que muitas vezes o sistema tem sua imagem denegrida por meio de comunicação que faz uma defesa do setor privado de saúde, e que existe um interesse de planos privados para ‘’queimar’’ o serviço para venderem mais, por isso é necessário que haja o reconhecimento da parte dos usuários sobre o sistema, e que ele exerce um bom trabalho dentro de suas possibilidades.

Fonte: https://goo.gl/DzWiiG

O SUS deve ser reconhecido do modo que ele é, ou seja, é de utilidade pública pelo grande serviço que é feito, por isso é necessário que a população compreenda  a estrutura de saúde pública sendo que ele é organizado em níveis de assistência, bem como os a atenção básica conhecida pela comunidade como postinho que está mais perto da comunidade atendendo questões simples, os hospitais regionais atendendo casos mais complexos, e os atendimentos especializados  que trabalham com profissionais especializados.

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Matriciamento em Saúde Mental com abordagem em álcool e outras drogas na Atenção Básica

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O Ministério da Saúde tem investido na implementação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) como Rede de saúde mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para atender as pessoas em sofrimento e/ou com demandas decorrentes dos transtornos mentais e/ou do consumo de álcool, crack e outras drogas, com ênfase nos serviços de base comunitária, caracterizados pela plasticidade de se adequar às necessidades dos usuários e familiares. A constatação de que o uso de substâncias tomou proporção de grave problema de saúde pública no país encontra ressonância nos diversos segmentos da sociedade, pela relação comprovada entre o consumo e os agravos sociais que dele decorrem. Assim, o enfrentamento desta problemática constitui uma demanda mundial, pois de acordo com a Organização Mundial de Saúde, pelo menos 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem substâncias psicoativas, independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo (PPP, 2013).

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasfs) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolutividade. A responsabilização compartilhada entre a equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família busca contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários, pois a Atenção Básica caracteriza-se como porta de entrada preferencial do SUS, formando um conjunto de ações de Saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que cause impacto na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2013).

Considerando seu papel o Núcleo de Apoio em Saúde da Família (NASF Central) da Diretoria de Atenção Básica/Secretaria Municipal de Saúde de Palmas-TO está realizando Matriciamento em Saúde Mental com abordagem em álcool e outras drogas na Atenção Básica, e para BRASIL (2013) é comum que os profissionais de saúde lidem em seu cotidiano laboral com pacientes em situação de sofrimento psíquico e/ou com necessidades decorrentes do uso e/ou abuso de álcool e outras drogas, e  apesar de sua importância, a realização de práticas em saúde mental na Atenção Básica ainda causa muitas dúvidas, curiosidades e receios nos profissionais de Saúde. O público-alvo deste matriciamento são os agentes comunitários de saúde (ACS) e enfermeiras residentes da Saúde da Família e Comunidade que compõem a equipe 009 da USF Valéria Martins. Os encontros acontecem após as reuniões semanais da equipe citada, nas terças-feiras, das 14:30h às 16:30h horas, na sala de reuniões da USF Valéria Martins, onde são desenvolvidas algumas estratégias como rodas de conversa, dinâmicas de grupo, entre outras, e discutem-se questões relacionadas ao atendimento e intervenção com usuários de álcool e/ou outras drogas e seus familiares no território, com uma carga horária total de 8 horas.

Segundo CHIAVERINI (2011), o matriciamento ou apoio matricial como um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica, visa também proporcionar uma retaguarda especializada da assistência, assim como um suporte técnico-pedagógico, um vínculo interpessoal e o apoio institucional no processo de construção coletiva de estratégias de cuidado em saúde da população, e ainda, é preciso recordar que conforme (BRASIL, 2013) um dos princípios da Atenção Básica é possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive daquelas que demandam um cuidado em saúde mental, ou seja, que estão em sofrimento e/ou com demandas decorrentes dos transtornos mentais e/ou do consumo de álcool, crack e outras drogas. Neste ponto de atenção, as ações são desenvolvidas em um território geograficamente conhecido, possibilitando aos profissionais de saúde uma proximidade para conhecer a história de vida das pessoas e de seus vínculos com a comunidade/território onde moram, bem como com outros elementos dos seus contextos de vida. Assim, o cuidado em saúde mental na Atenção Básica é bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-versa.

O matriciamento é promovido pela Equipe do NASF Central em articulação com Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD). Os mediadores psicólogo Marcos Fabiano e a enfermeira Danyella Alencar, ambos residentes em Saúde Mental tem como preceptoras a nutricionista Fernanda C. M. Noleto e a enfermeira Maria Dilce Wania R. A. Nascimento, numa integração de ações do Programa Integrado de Residências em Saúde (PIRS), realizado numa parceria entre Ministério da Saúde (MS), Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESPP), Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP ULBRA), Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (SEMUS).

CRONOGRAMA

1º encontro: 02/06/2015, carga horária: 2h
2º encontro: 09/06/2015, carga horária: 2h
3º encontro: 16/06/2015, carga horária: 2h
4º encontro: 23/06/2015, carga horária: 2h

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Mental. 176 p. Cadernos de Atenção Básica, n. 34. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

CHIAVERINI, Dulce Helena et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.

PPP. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO PIRS/RMSM, Palmas: Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas, 2013.

 

O que você gostaria de contar sobre a experiência?

Em maio de 2015, uma equipe de profissionais de saúde do CAPS ad e CAPS II de Palmas-TO (1 médica psiquiatra, 1 técnica de referência do CAPS ad e 1 técnica de referência do CAPS II (também psicóloga residente em saúde mental) realizou 1 encontro de matriciamento em saúde mental para agentes comunitários de Saúde (ACS), enfermeiros e médicos da Unidade de Saúde da Família Valéria Martins (Quadra 1206 Sul) com a presença de profissionais de saúde do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF Central): 1 psicólogo residente em saúde mental e 1 enfermeira residente em saúde mental. Os residentes citados compõem o Programa Integrado de Residências em Saúde (PIRS), numa parceria entre Ministério da Saúde (MS), Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (SEMUS), Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESPP), Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP ULBRA) e Universidade Federal do Tocantins (UFT), que teve início em março de 2014, no município de Palmas-TO, com as seguintes residências nas áreas de concentração:

Residência em Medicina da Família e Comunidade (RMFC)

Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC)

Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva (RMSC)

Residência Multiprofissional em Saúde Mental (RMSM)

Residência em Enfermagem Obstétrica (REO)

O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental (RMSM) tem como objetivos:

Formar especialistas (modalidade residência) em saúde mental e atenção psicossocial, através de metodologias ativas de aprendizagem a partir das vivências de serviço, para comporem equipes multiprofissionais na rede pública de saúde, fomentando uma atuação voltada para promoção, prevenção, reabilitação e assistência à saúde das pessoas com transtornos mentais e/ou usuários de álcool e outras drogas”(PPP, 2013).

A partir do referido encontro a equipe do NASF Central identificou na fala dos participantes a necessidade, particularmente dos ACS (que haviam participado do Curso “Caminhos do Cuidado”) de aprofundar a discussão com ênfase na abordagem em saúde mental para pessoas do território com demandas decorrentes do uso de álcool e outras drogas (e seus familiares) e fizemos a proposta para uma das três equipes da ESF (equipe 09) de dar continuidade na temática através do matriciamento pelo NASF que foi acolhida pela ESF prontamente. Foram então realizadas reuniões para:

Planejamento conjunto pelas equipes NASF-ESF –  maio

Elaboração do plano de ação pelo NASF Central – maio

Articulaçao intersetorial com CAPS ad – maio

Execução do plano de ação (em andamento) – junho

REFERÊNCIAS

PPP. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO PIRS/RMSM, Palmas: Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas, 2013.

FONTE CAPA: https://www.dija.de/nc/news/newsmeldung/date/erschienen-vielfalt-erleben-gemeinschaft-gestalten-methoden-uebungen-und-projektideen-fuer-sc/ Foto: queidea – Fotolia

 

Texto originalmente publicado em: Comunidade de Práticas

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Chega ao fim a IV Mostra em Saúde

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(En)Cena fez a cobertura do evento que aconteceu nos dias 12 a 15 de março


Durante quatro dias de evento, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) estiveram reunidos na IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família. O encontro ocorreu em Brasília/DF nos dias 12 a 15 de março, no Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB.

A principal ideia da Mostra é priorizar intercâmbio de vivências e “valorizar as experiências cotidianas, estimulando o protagonismo local dos milhares de trabalhadores, gestores e usuários da Atenção Básica do Brasil”, completa a organização.

O encontro contou com mais de 10 mil inscritos e mais de 3 mil trabalhos apresentados, basicamente, em três eixos de apresentação: cirandas de experiência, dedos de prosa e pontos de encontros, além de intervenções culturais e artes diferenciadas.

(Ciranda de encerramento da IV Mostra)

(Oficina na IV Mostra)

(Oficina na IV Mostra)

(Oficina na IV Mostra)

(Ciranda de encerramento da IV Mostra)

A programação de encerramento teve início às 17h desta tarde, com cirandas musicais ao som de maracatu. Após esse momento, haverá, no auditório principal, a finalização oficial da IV Mostra.

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IV Mostra Saúde apresenta todas as facetas da Atenção Básica através de coletivos de comunicação

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Evento proporcionará um diálogo aberto entre todos os atores do maior sistema universal de saúde do mundo


Imagem Evento

Mostra se destaca pela instantaneidade da cobertura. Na foto, um grande telão mostra o que as pessoas estão falando sobre o evento nas redes sociais

Um dos destaques da IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família, que reúne cerca de 10 mil pessoas em Brasília entre os dias 12 e 15 de março, é a constate relação de transversalidade e “mútua colaboração” na construção do SUS – Sistema Único de Saúde. Isso porque o SUS é visto como um organismo/patrimônio em constante mudança, e ninguém melhor do que os profissionais das bases (médicos da família, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais etc.) e os próprios usuários do Sistema para falar dos acertos e conquistas do Sistema.

É com essa perspectiva que milhares de pessoas/protagonistas irão demonstrar algumas das práticas desenvolvidas em suas comunidades. E essa voz informal mas amplamente impactante, será ecoada pelos coletivos de comunicação presentes no evento, já que representam este novo movimento da comunicação, resultado de práticas colaborativas,  engajamento dos envolvidos e objetividade nas informações. “A ideia, como o próprio slogan do evento sugere, é valorizar as diversas experiências e estimular o protagonismo local”, destacou a coordenadora de Comunicação, Bete Zuza, ao acrescentar que uma vez que o sistema de saúde é uma gigantesca teia sustentada pelas ações colaborativas (sendo que, no SUS, não há trabalhos isolados), a comunicação do “fazer a saúde pública”, e mostrar/discutir seus (bons) resultados e também desafios acaba por englobar, em alguma medida, a voz das singularidades. “E nada melhor do que os coletivos de comunicação, que trabalham em rede, para captar esta dinâmica”, pontuou.

De acordo com Bete Zuza, os grandes conglomerados de comunicação mostram apenas uma faceta do SUS, mas negligenciam a cobertura de práticas exitosas que eclodem a cada dia nas diferentes regiões do país. “A comunicação colaborativa, em rede e descentralizada, contribui para que profissionais de saúde pública e usuários do sistema, em diferentes pontos do país, se apoiem mutuamente, além de estabelecer canais que estimulam o diálogo e a procura pela solução dos mais variados desafios”, comenta Zuza.

Imagem Evento

Integrantes do (En)Cena participam de reunião para definir as diretrizes da cobertura do evento

Na Mostra, há coletivos de comunicação de todas as matizes, desde o convergente (En)Cena (coordenado a partir do Ceulp/Ulbra), e que se utiliza de uma série de recursos tecnológicos e de uma grande quantidade de colaboradores (de diferentes áreas), até o tradicional grupo “Maluco Beleza”, de Campinas (onde alguns integrantes têm histórico de tratamento mental); há também representantes de rádios comunitárias que cobrem comunidades quilombolas (como da região dos Calunga, na divisa entre os estados de Goiás, Bahia e Tocantins), psicólogos, psicanalistas e médicos que também atuam como blogueiros.

De acordo com a radialista Isadora Campos, que veio de Sergipe, a atuação dos coletivos de comunicação – sobretudo na área de saúde pública – vem desafiando a comunicação tradicional. “Hoje temos a internet como o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros, justamente porque é uma plataforma que proporciona interação, diálogo. É disso que os profissionais da saúde e os usuários do sistema precisam, de uma informação que lhes toque, que lhes diga verdadeiramente alguma coisa e lhes faça sentido”, pontuou.

Mostra

Durante quatro dias, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) vão trocar ideias e relatar as ações desenvolvidas nos serviços essenciais de saúde do SUS.

Imagem Evento

Minicurso ComSaúde Mulher reúne dezenas de pessoas, numa programação que antecede a abertura oficial do evento

As experiências serão apresentadas em três espaços diferenciados da IV Mostra Nacional de Atenção Básica e as cem mais bem avaliadas vão receber diferentes premiações. “O mais interessante nisso tudo é que os trabalhos de uma dada região serão avaliados pelos proponentes de outra região. É uma via de mão dupla, onde quem concorre a melhor atuação, também escolhe aquele trabalho que julga mais interessante”, destacou Bete Zuza, para voltar a destacar o tom cooperativo e descentralizado que o Ministério da Saúde vem imprimindo com sucesso nos últimos anos. “Se não houver este diálogo direto, aberto e franco, não teremos as respostas adequadas para as demandas, tão pouco saberemos da existência de várias práticas exitosas que estão borbulhando pelo país”, finalizou.

SERVIÇO

Para acompanhar a programação diária do evento, acesse http://atencaobasica.org.br/mostra

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