Os desafios da mulher no ambiente corporativo

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Apesar do dia 8 de março ser lembrado como o Dia Internacional da Mulher, há pouco para se comemorar. Por exemplo, mesmo no século 21 e diante da Economia 4.0, o machismo ainda é forte no ambiente corporativo, tornando o mundo dos negócios ainda um desafio para as mulheres que buscam seu lugar ao sol.

Muitas pesquisas mostram as dificuldades do sexo feminino em diferentes frentes do mercado de trabalho. Estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que as mulheres estão no topo da taxa de desemprego. Além disso, trabalham mais horas que os homens e somente 48% delas possuem trabalhos formais. Os homens são 72%.

Segundo o estudo realizado pelo Instituto Ethos, a quantidade de mulheres ocupando a presidência de alguma companhia ainda é baixo, somente 7%. Já a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aponta que apenas 11% das empresas com capital aberto inscritas possuem mulheres em cargos do conselho de administração.

Esses dados são reflexo da realidade que muitas mulheres enfrentam. Mas para brilhar no ambiente corporativo, é preciso não desanimar. Foi o que fez a Danielle Cohen, Engenheira de Produção, desenvolvedora e Head de tecnologia e cofundadora da startup Pingui.

Fonte: Arquivo Pessoal

Para ela, ainda é difícil algumas pessoas a encararem com profissionalismo como mulher e líder técnica. Danielle conta que, na maioria das vezes, quando vai em alguma reunião, sempre é vista como alguém que atua no setor comercial, comunicação ou no RH. “Tudo, menos da parte técnica”.

– Por exemplo, num hackathon que participei, sendo uma das 50 escolhidas, ouvi comentários do tipo: ‘mas, você? Sério mesmo?’. Não só fui escolhida, como também fui a ganhadora da competição – relembra.

Cohen disse que já passou por momentos, em reuniões de negócios, que quando estão falando de tecnologia, nem é olhada. Às vezes, nem ouvida. “Começo a ganhar mais notoriedade quando falo sobre programação, discuto uma parte mais técnica”.

Para superar o machismo, Danielle conta que gosta sempre de se olhar como igual a todo mundo. Diz que não fica se rebaixando ou achando que os outros são melhores. Em caso de reuniões com pessoas mais velhas, ela tenta falar bastante da parte técnica e mostrar que conhece bem o assunto. “Assim vou ganhando autoridade”.

Fonte: encurtador.com.br/jtyP1

Segundo a profissional, é importante que as mulheres se ajudem, por isso, Danielle tenta fazer a parte dela. Como organizadora do GBG (Google Business Group) junto de outras duas mulheres, ela comenta que tem conseguido levar a tecnologia e a inovação para o universo feminino. “Já houve casos de pessoas me agradecerem pela ajuda e dizer que foi essencial na carreira. Isso é muito gratificante”. 

– As mulheres não devem ter vergonha de mostrar o que sabem fazer, muito menos se diminuir. Em relação ao machismo, a melhor coisa é não levar em consideração frases preconceituosas ou olhares de inferioridade. Sempre mostrem que vocês sabem e conseguem fazer tudo tão bem quanto qualquer um. Aliás, hoje em dia, há muitas coisas que são exclusivas para mulheres. Então, podemos aproveitar essas oportunidades para melhorarmos cada vez mais – ressalta.

Outra pessoa que enfrentou situações difíceis, mas que não se deixou desanimar foi a administradora Amanda Eloi. Para ela, uma das maiores dificuldades não foi realizar o trabalho em si, mas lidar com pessoas preconceituosas e arrogantes.

Atualmente, Amanda é coordenadora adjunta da comissão Especial de Empreendedorismo do Conselho Regional de Administração (CRA-RJ), consultora de Projetos da WAAH!, Fundadora e Coordenadora do Ciclo Empreendedor Universitário.

Fonte: encurtador.com.br/cfoKP

Para Eloi, o preconceito existente em alguns homens são fruto da falta de compreensão de que capacidade não depende de gênero e/ou classe social. Para a profissional, essa forma de pensar vem do fato da sociedade ainda ter uma visão limitada do quanto a mulher pode ser bem-sucedida no mundo dos negócios. “Isso impede que muitas alcancem determinados cargos dentro de suas empresas, por não terem a oportunidade de desenvolver determinadas habilidades”.

Ela conta que, apesar dos problemas, foi vencendo esses obstáculos a partir das experiências que adquiriu no trabalho. “Depois de ganhar autoconfiança, também busquei orientações de amigos e profissionais do mercado para lidar com determinadas situações”.

Para Amanda, a melhor maneira de lidar com o machismo foi acreditar no próprio potencial, continuar desenvolvendo projetos e ajudar pessoas a evoluir profissionalmente. “Dessa forma, fico focada no reflexo do meu trabalho, que envolve alavancar negócios e impactar mais vidas”. 

– Por isso, sempre digo para que as mulheres confiem no seu potencial, busquem mais conhecimento e estejam ao lado de pessoas brilhantes, que, além de acreditar em você, possam valorizá-las como Mulher e Ser Humano – conclui.

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A liderança das mulheres

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A cada ano, as mulheres conquistam mais e mais o protagonismo no mercado de trabalho, vencendo merecidamente as barreiras do preconceito e da desvalorização. É verdade que, em um mundo tradicionalmente machista, existam ainda resquícios que esbarram em baixos salários e desvantagem na carreira profissional, mas a realidade vem mudando.

Dados do IBGE mostram que 37,5% das famílias no país são sustentadas por mulheres. O fato de terem menos filhos e mais tardiamente fez com que elas lutassem por seu espaço no mercado de trabalho. E com suas características de organização e liderança, alcançaram um ambiente propício para o sucesso profissional. Não faltam exemplos de dedicação e talento no mundo dos negócios como Luíza Trajano, da rede de Lojas Magazine Luíza; Zica Assis, do Instituto Beleza Natural; Sônia Hess, da Dudalina; Chieko Aoki, do Blue Tree Towers, entre muitas outras. São mulheres que apesar das dificuldades superaram todas as barreiras e ascenderam profissionalmente.

Fonte: http://zip.net/bktFVN
Fonte: http://zip.net/bktFVN

A renda também melhorou nos últimos dez anos (medida entre 2004 e 2014), mas ainda não o suficiente para se equiparar aos ganhos masculinos. É por isso que na semana comemorativa do Dia Internacional da Mulher é importante que esses assuntos estejam em pauta para que as reflexões não cessem, com o intuito de aumentar a permanência das mulheres no mercado de trabalho com garantias de igualdade e ascensão profissional.

O CIEE, com 53 anos dedicados à inserção dos jovens no mercado de trabalho, orgulha-se de estar bem representado pelo poder feminino, nas mais de 350 unidades e postos de atendimento da instituição pelo Brasil. Elas são maioria entre os colaboradores, ocupando também importantes cargos de liderança. Além disso, as mulheres também dominam o banco de dados do CIEE, sendo maioria nos programas de estágio.

Fonte: http://zip.net/bvtGjw
Fonte: http://zip.net/bvtGjw

Por muitos séculos a mulher esteve ligada à atividade doméstica, cuidando dos filhos e do marido. A jornada dupla continua, mas as perspectivas para o futuro é de um maior compartilhamento das funções domésticas com o marido e os filhos, para que possam buscar o crescimento profissional, aproveitando a própria qualificação na experiência prática do estágio e aprendizagem.

Sobre o CIEE

Desde sua fundação, há 53 anos, o CIEE já encaminhou 16 milhões de estudantes para estágio e aprendizagem em milhares de empresas e órgãos públicos parceiros. Para se ter ideia, o contingente de estagiários é maior do que a população da cidade de São Paulo. A marca confirma o crescente reconhecimento da eficácia do estágio e da aprendizagem em duas importantes frentes: como capacitação prática dos jovens para o mercado de trabalho e como fonte de recrutamento de novos talentos. O CIEE também desenvolve uma série de ações de assistência social, com total gratuidade aos beneficiados e destinadas, em especial, a segmentos em situação de vulnerabilidade social como: Programa de Educação à Distância, Inclusão de Pessoas com Deficiência, Alfabetização para Adultos, Desenvolvimento Estudantil e Profissional, Programa de Orientação e Informação Profissional, Orientação Jurídica Gratuita à População Carente (Projur), Cursos Gratuitos de Informática, além de Ciclos de Palestras, Concursos Literários – que estimulam a escrita e a leitura -, Feira do Estudante – Expo CIEE, entre outros.

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