Novo ano letivo: como motivar quem repetiu?

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Com a chegada do novo ano letivo, alguns pais vão ter um problema pela frente: motivar os filhos que repetiram a se esforçarem mais nos estudos. Algumas crianças e adolescentes ficam desmotivados ao verem os colegas em uma nova classe ou quando percebem que ficaram para trás em alguma matéria. Nesse período, o apoio dos pais é fundamental.

Primeiro de tudo, é necessário identificar se houve esforço ou se realmente não teve empenho durante o ano por parte dos filhos. No primeiro caso, é preciso ver se há a necessidade de uma explicadora ou conversar com os professores para descobrir se a criança ou adolescente tem algum distúrbio de aprendizagem como dislexia, por exemplo. Já o aluno que não se empenhou, muito deve ser mais cobrado.

Com a reprovação de um filho na escola, não adianta mais se desesperar, dar bronca, bater. Mas também não pode se aceitar uma situação dessa como se fosse algo normal. O momento é de fazer uma análise para entender o que aconteceu.

Fonte: encurtador.com.br/wDER6

Um aluno nunca é reprovado no final do ano. Ele é reprovado ao longo do ano. Esses sinais são dados desde o primeiro bimestre, dependendo da escola. O acompanhamento dos pais é importante desde o começo, porque se conseguimos identificar o erro no começo, podemos resolvê-lo de maneira mais rápida. 

A outra dica é levantar a cabeça e seguir em frente. Os pais e professores devem incentivar o aluno a não desistir. Nesses momentos, a conversa é um instrumento fundamental. É preciso fazer a pessoa refletir. Por exemplo, os pais precisam verificar se estão dando mais do que deveriam aos filhos ou mais do que eles merecem. Uma sugestão é cortar algumas coisas, como, por exemplo, vídeo game, algum tipo de diversão ou deixar de dar algum presente que o filho esteja pedindo. Tudo isso pode ajudá-lo a buscar se esforçar mais na escola. 

O verdadeiro o castigo na verdade são trocas. Os pais podem fazer tipo um joguinho, onde o filho vai ganhando de acordo com o merecimento. Caso a pessoa não trabalha e só estuda, mesmo assim não está correspondendo, é preciso cortar algumas coisas. Troca de recompensas são mais eficazes do que simples castigos.

Para que os filhos tenham mais sucesso na escola, é preciso que os pais acompanhem mais de perto o ano inteiro. Não só com a preocupação de não reprovar, mas para incentivar. Quando a escola e família andam juntas para estimular os alunos, os jovens conseguem alçar voos mais altos. Os pais podem perguntar coisas básicas, como: “o que você aprendeu?”; “como está na escola?”; “como foi o seu simulado?”. Olhe também as notas, converse com os filhos. Não precisa necessariamente conhecer bem a matéria, mas os pais precisam mostrar que estão preocupados.

Fonte: encurtador.com.br/fmryA

A outra dica envolve mostrar ao filho que exige sucesso da parte dele. Explique ele que quem estuda é muito mais fácil melhorar de vida. Ressalte a importância aos estudos, que isso vai ser um diferencial na vida dele, apresente experiências, todos os casos de sucesso que estão na família ou fora da família. Veja com eles filmes com mensagens positivas sobre os estudos. 

Mas não se esqueça de que cada um tem o seu tempo. Portanto, não seja imediatista. Nada de bronca, de violência, “puxão de orelha”. Isso não vale a pena nem vai surtir um efeito positivo. Ao invés disso, use palavras para incentivar. Observe as ações positivas e dê elogios no momento certo, até mesmo em pequenas conquistas. Mostre que está feliz com os avanços: “agora, sim, você melhorou /conquistou, parabéns”.

Além disso, nunca o compare com outros. Compare ele só com ele mesmo, porque cada um tem seu tempo. Essa jornada realmente não é fácil. Mas o pai e mãe que se dedicam para ajudar o filho a melhorar, sempre colhem bons resultados. Seu filho é seu maior bem e seu tesouro. 

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Dislexia dificulta identificação de palavras

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Psicopedagoga explica que o distúrbio se manifesta na fase de alfabetização

A Dislexia é um distúrbio de aprendizagem que se manifesta normalmente na fase da alfabetização, período em que os pequenos têm contato com tarefas escolares que incentivam a leitura e formação de vocábulos. Uma de suas características principais é a dificuldade em identificar palavras ou símbolos

Segundo a psicopedagoga do Instituto NeuroSaber Luciana Brites, muitos pais confundem a dislexia com preguiça ou um simples problema na aprendizagem, o que é bem diferente de um distúrbio.

– Os distúrbios de aprendizagem afetam a capacidade da criança de receber, processar, analisar ou armazenar informações. Trata-se de uma disfunção neurológica, que é uma questão de neurônios, de conexão. Os portadores do distúrbio demonstram dificuldade em adquirir o conhecimento da teoria de determinadas matérias – explica.

Luciana diz que a dislexia é algo que está presente em um número considerável de crianças. Pesquisas apontam que a taxa de incidência esteja entre 0,5% e 17% em todo o mundo. Ela comenta que todo profissional da educação, provavelmente, já teve algum aluno que demonstrou uma dificuldade acima do normal para sua idade. “Porém, é necessário saber o que se trata para não haver equívocos.”

Fonte: encurtador.com.br/goyDF

As crianças com dislexia podem manifestar características como, por exemplo, dificuldades para ler, compreender, escrever, expressar-se, realizar operações matemáticas e cálculos. “Estes dois últimos se relacionam mais para a discalculia – o que também é distúrbio de aprendizagem. Outros sintomas são alteração brusca de humor e um ligeiro desinteresse por alguma tarefa”.

– Há diferentes graus do distúrbio. Em casos severos, o pequeno necessita de uma ajuda maior de seus pais e professores. Já quando vem mais brando, a pessoa apresenta certa autonomia para as tarefas pedagógicas – comenta.

Luciana ainda explica que os educadores costumam ser os primeiros profissionais a terem contato com as dificuldades originadas pela dislexia. Por isso, é importante que o educador chame os pais para uma reunião na escola ao notar a dificuldade. “O próximo passo é a procura por especialistas que podem oferecer tratamentos específicos aos pequenos.”

– O diagnóstico e tratamento são feitos por meio de uma análise realizada por uma equipe que pode variar entre psicopedagogos, psicólogos, neuropsicólogos, psiquiatras e oftalmologistas. É importante ter esse acompanhamento com a proposta de proporcionar à criança uma intervenção eficaz para a sua vida pedagógica e social. Nos casos que forem necessários o uso de medicamentos, os profissionais da saúde irão auxiliar os pais – conclui.

Fonte: encurtador.com.br/knqEW

Sobre a especialista

Uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber, Luciana Brites é Pedagoga especializada em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Unifil Londrina. Também é especialista em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação Ispe – Gae São Paulo, além de coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina.

NeuroSaber 

O projeto nasceu da necessidade de auxiliar familiares, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, médicos e demais interessados na compreensão sobre transtornos de aprendizagem e comportamento. A iniciativa tem como objetivo compartilhar informações valiosas para impactar as áreas da saúde e educação, além de unir especialistas do Brasil e do exterior.

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Seu filho tem dificuldades com operações matemáticas? Ele pode ter discalculia!

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Você sabe o que é discalculia? No vocabulário de muitos pais, essa palavra pode ser nova ou nem existir. Mas saiba que ela pode ser indício de que seu filho precisa de ajuda? Muitas crianças, adolescentes e até adultos enfrentam obstáculos na vida acadêmica por conta dela.

A psicopedagoga do Instituto NeuroSaber Luciana Brites explica que a discalculia é um distúrbio de aprendizagem caracterizado pela dificuldade em desempenhar tarefas ligadas a toda e qualquer operação matemática. Ela ressalta que essas barreiras incluem também a compreensão de conceitos numéricos e a utilização de fórmulas, símbolos ou qualquer outro ícone que faça alusão ao saber matemático.

– É bem provável, por exemplo, que um aluno não consiga associar a palavra quatro ao algarismo correspondente. No entanto, o distúrbio de aprendizagem não é o mesmo que a dificuldade que todos nós podemos ter na compreensão de uma disciplina específica. Não se trata de algo que pode ser resolvido com aulas particulares – comenta.

Fonte: encurtador.com.br/aGKQS

Segundo a psicopedagoga, cada pessoa pode manifestar uma característica em relação à ocorrência da discalculia, desde a escolinha até mesmo na universidade. Por exemplo, no período da pré-escola, o aluno pode não conseguir discernir os diferentes algarismos. “O estudante não segue a ordem correta dos números (1 a 5, por exemplo), a criança demonstra dificuldades para aprender a contar os dedinhos da mão. Seu progresso é aquém dos demais coleguinhas.”

– No ensino fundamental, é comum esse estudante ter problemas na aprendizagem de operações básicas, como adição e subtração. Usa os dedos para contagem simples por não ter facilidade para raciocinar. No ensino médio, apresenta dificuldades para compreender valores e lidar com medidas, não consegue olhar as horas em relógio de ponteiro. Já na universidade, pode ter problemas para ler gráficos e infográficos e dificuldade de obter sucesso em provas de vestibular que envolva números e fórmulas – esclarece.

Fonte: encurtador.com.br/jpZ49

Luciana explica que a discalculia é causada pelo mau desenvolvimento do cérebro, lesão cerebral, genética e pelo ambiente. Porém, o diagnóstico deve ser feito por psicopedagogo, psicólogo escolar e neuropediatras.

– O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar e também deve ser desempenhado por professores em educação especial para a utilização estratégica da matemática. Tudo isso para impulsionar o percurso pedagógico do aluno – conclui.

Luciana Brites

Uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber, Luciana Brites é Pedagoga especializada em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Unifil Londrina. Também é especialista em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação Ispe – Gae São Paulo, além de coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina.

Fonte: Divulgação

NeuroSaber 

O projeto nasceu da necessidade de auxiliar familiares, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, médicos e demais interessados na compreensão sobre transtornos de aprendizagem e comportamento. A iniciativa tem como objetivo compartilhar informações valiosas para impactar as áreas da saúde e educação, além de unir especialistas do Brasil e do exterior.

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Estudo da Subjetividade na Família: a importância da comunicação

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No texto de Peres (2005), “O Estudo da Subjetividade na Família: Desafios Metodológicos”, a autora aborda aspectos da subjetividade no contexto familiar a partir da situação de “crianças de rua”, observando perspectivas econômicas, materiais e psicológicas, e considerando ainda, um método que contemple as especificidades de cada criança e família. Tendo como fonte a subjetividade individual constituída na comunicação da família para compreensão do desenvolvimento, são adotadas no texto concepções que contemplam a história e cultura dos indivíduos.

Peres (2005) pontua o social como importante catalisador para o desenvolvimento, de modo que a significação dos papéis de cada indivíduo se dá primeiramente através da família. As emoções como processos psicológicos, produziriam sentidos subjetivos das experiências, que devem compreendidos em cada momento da história pessoal. As necessidades da criança, por sua vez, seriam constituintes das emoções e motivariam o desenvolvimento, e por isso deveriam ser organizadas inicialmente na família por meio da comunicação entre os membros. Porém, isso seria dificultado devido aos vários modelos de família influenciados por situações socioculturais (PERES, 2005).

Fonte: http://zip.net/bdtLlG

Os papéis iniciais assumidos pela criança na família, oriundos da afetividade necessária, seriam gradualmente diferenciados e singularizados e também se tornariam mais complexos. A formação da subjetividade influenciada pela linguagem seria dependente da afetividade, tornando nossas condutas dependentes do social. Para a autora, a compreensão do caráter intersubjetivo dos papéis auxiliaria o desenvolvimento de um autoconceito, sendo a família um lugar de possível produção de subjetividades individuais, construindo um Sujeito (PERES, 2005).

A comunicação, segundo Peres (2005), seria uma via de acesso a construção informações sobre processos subjetivos familiares, sendo a qualidade de suas relações dependente disso. Porém, dificuldades e desigualdades no âmbito social tornariam a comunicação penosa e até mesmo impraticável, que é o caso das famílias de “crianças de rua”. A comunicação intersubjetiva permitiria o compartilhamento de expressões de subjetividades individuais, incluindo aspectos de reciprocidade no grupo. Uma comunicação autêntica seria, portanto, fundamental para o desenvolvimento individual na família e sociedade (PERES, 2005).

Fonte: http://zip.net/bctKMC

Dessa maneira, para a construção de um método que contemple qualidades construtivas e interpretativas, é necessário que haja “zonas de sentido do real”, ou seja, elementos que façam sentido para a família na sua relação com o pesquisador, através do contexto das subjetividades e histórias desse grupo (PERES, 2005). A formação dessas zonas em conjunto, propiciaria uma autonomia ou uma expressão aberta de ideias e sentimentos que são singulares, possibilitando ao investigador a construção de sínteses, e à família a oportunidade de entendimento das informações.

A compreensão da subjetividade na família seria, portanto, fundamental para seu estudo, sendo o método, responsável pela qualidade da relação com o pesquisador e também pela autonomia dos indivíduos. Vê-se desse modo, a família como responsável pelas construções subjetivas dos indivíduos, que são fundamentadas no social.  A formulação de necessidades no âmbito familiar de modo geral proporcionaria a sensibilização entre os membros do grupo, independentemente das condições da comunicação, que por sua vez é singular devido às subjetividades.

Fonte: http://zip.net/bgtKPs

O incentivo a comunicação familiar se apresenta, desse modo, como ferramenta indispensável para a compreensão de sua subjetividade. Além de uma oportunidade de expressão de suas construções subjetivas, os indivíduos ganhariam secundariamente, pois às organizariam para poder se comunicar, e a partir dessa organização conseguiriam perceber suas novas necessidades e emoções.

 A relação entre necessidades, emoções e comunicação no âmbito familiar demonstra a importância da qualidade de suas relações, pois refletem no autoconceito de cada um, bem como a maneira como o indivíduo interage com a sociedade. Logo, o papel do mediador/profissional que intervém nesse grupo, seria o de identificar as singularidades da família em questão e incentivar a comunicação entre os membros de acordo com essas características, de modo que seja possível compreender melhor sua subjetividade, bem como encorajar sua autonomia.

REFERÊNCIA:

PEREZ, Vannúzia L. A. O Estudo da Subjetividade na Família: Desafios Metodológicos. In: F. González Rey. (Org.). Subjetividade, Complexidade e Pesquisa em Psicologia. São Paulo: Thomson, 2005.

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