Mulheres contemporâneas rompem com a cultura de ser mãe

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Do pretérito à era contemporânea, a mulher ainda é sobrecarregada de críticas quando não é e/ou não tem interesse na maternidade.

Não há como falar do assunto da ruptura com a maternidade sem a contextualização sociocultural da imposição da maternidade sobre a mulher. A mulher-mãe, o símbolo da perfeição e do amor incondicional. Mãe, o ser impoluto.

Fonte: arquivos próprios

Anne em visita ao museu do Louvre em 2013.A Sagrada Família, Rafael Sanzio.

A Virgem da Misericórdia é uma das mais importantes temáticas representadas nas artes sacras: nela, a Virgem Maria, frequentemente retratada com um uma criança de colo, desempenha papel central na pintura. A obra mais antiga contendo essa temática, Madonna dos Franciscanos, retrata a maternidade como sagrada e remonta ao século XIII.

Duccio, expoente no cenário artístico da região italiana da Toscana, pintou a Madona dos Franciscanos por volta de 1280. Nela mostra a Virgem Maria estendendo seu manto em um gesto protetivo sobre um grupo de pessoas, enquanto segura uma criança em um dos joelhos. A partir dessa obra de arte, o tema encontrou eco não apenas na pintura, mas também em outras manifestações artísticas, alinhavando um forte simbolismo entre a maternidade e o divino.

Além da arte sacra, representações seculares mais modernas tais como Self-portrait with her daughter Julie, 1789 (‘Autoretrato com sua filha’) de Elisabeth Louise Vigée Le Brun; Camille Monet and child, 1875 (‘Camille Monet e filho’), de Claude Monet; Three ages of woman, 1905 (‘Três idades da mulher’) de Gustav Klimt; e Mother and child, 1921 (‘Mãe e filho’) de Picasso, reforçam a iconografia sublime da maternidade.

Em contrapartida, o caminho natural e ineludível da maternidade que sempre esteve atrelado ao contexto socioeconômico e cultural no decorrer dos séculos, modernamente vem se defrontando com as profundas transformações advindas das novas estruturas familiares.

O debate no tocante à opção de furtar-se a seguir o caminho outrora natural da maternidade encontra cada vez mais eco na sociedade e vai lentamente acomodando-se nas fissuras do novo estrato social. Hodiernamente, grande parcela de mulheres não está mais adstrita ao espaço doméstico. Elas ocupam postos no mercado de  trabalho, têm liberdade para escolher seus companheiros – ou companheiras – e permanecer solteiras quando lhes convém.

Desta forma, o conceito de maternidade ‘natural e sagrada’ vai sendo paulatinamente modificado para acomodar a nova realidade. Cada vez mais, vale ressaltar, é dada a mulher a alternativa de retardar a gravidez para um momento em que considere mais oportuno a constituição de sua prole. Ademais, os métodos modernos de planejamento familiar e a tecnologia propiciam que mulheres possam optar em que fase da vida desejam ser mães. Ou não.

Por conseguinte, fortalece-se o fenômeno da ‘não maternidade’ (Bonini-Vieira, 1996) como escolha consciente. E ele não é adstrito ao Brasil, é um fenômeno mundial que ocorre em maior ou menor grau a depender do corpo social em que está inserido.

Na Língua Portuguesa, o termo genérico usado na tentativa de se fazer uma leitura da nova realidade muitas vezes é: ‘sem filhos’. O termo é utilizado para designar mulheres que desejam, mas por alguma razão biológica não podem gerar filhos ou para as que, não obstante sua fertilidade, escolheram não gerá-los. No entanto, em outros idiomas há uma distinção entre essas duas circunstâncias.

Fonte: arquivos próprios

Anne e Theodora (in memoriam).

A título de exemplo, em neerlandês a palavra kinderloos designa a parcela de mulheres que desejam ser mães, contudo, por infertilidade – ou do parceiro – não engravidam; enquanto a palavra kindervrij é atribuída àquelas que conscientemente escolhem, seja qual for a razão, a ‘não maternidade’.

Seguindo na mesma esteira, a Língua Inglesa possui termos que foram cunhados para diferenciar as mesmas circunstâncias já citadas: childless e childfree. Essas são palavras usadas pela psicóloga estadunidense Kate Kaufmann e autora do livro Você Tem Filhos? — Como as Mulheres Vivem Quando a Resposta é Não (Editora LeYa, 2021), onde childless é a mulher que queria ter filhos, mas nunca os teve, enquanto childfree, é usado para designar as que optaram por não ter.

Naturalmente, há outros termos para diferenciar mulheres sem filhos, tais como by choice ou by chance – ‘por escolha’ ou ‘por acaso’ usados pela também estadunidense Karen Malone Wright, que em 2012 fundou o website theNotMom (‘As não mães’ – tradução livre), um ponto de encontro e apoio para mulheres sem filhos do mundo inteiro.

Qualquer que seja o termo usado, o fenômeno não se altera. A necessidade do ser humano de classificar, organizar categorias e criar grupos com representações ou interesses idênticos, é, segundo Bauman (2005), um aspecto fundamental da cognição humana para facilitar a vivência da sensação de pertencimento, favorecendo a construção da identidade, já que as referências tradicionais estão se diluindo.

A origem da aludida distinção semântica possivelmente originou-se da pressão social pela escolha da maternidade que ainda impera, em maior ou menor intensidade, nas diferentes partes do mundo. Em países como a Nigéria, e. g., mulheres sem filhos são olhadas com desdém e oprimidas por seus companheiros e familiares. São as ‘árvores sem frutos’ (BBC, 2020), que apenas dão sombra, mas ‘não alimentam’.

Dessa forma, o termo ‘sem filhos por acaso’ muito provavelmente poderia funcionar como uma espécie de escudo contra a discriminação; uma espécie de ‘explicação’ social para a circunstância da ‘não maternidade’. Não se esquecendo de que mulheres ainda podem ser negativamente responsabilizadas não importando a razão da ausência de prole, visto que a ‘não maternidade’, em outras palavras, significa o ‘fim da família’ para os defensores do modelo tradicional.

Coube à Simone de Beauvoir (1949), importante pensadora do século XX, iniciar o movimento do ‘segundo sexo’, argumentando que a mulher deveria abraçar sua identidade humana aliada à sua condição feminina. Tal conceito de igualdade entre homem e mulher considerando suas diferenças naturais foi revolucionário no fim da idade moderna e início da era contemporânea.

Ironicamente, a arte, dessa vez encabeçada pela literatura, iniciou o movimento de desconstrução da mulher agrilhoada pela obrigação de realizar suas escolhas reguladas pelo viés da maternidade e distanciá-la da mãe mítica retratada na pintura cristã. Desde Simone de Beauvoir, centenas de obras abordando o tema da ‘não maternidade’ são publicadas a cada ano, reforçando o interesse da mulher em recolher informações necessárias que darão suporte à decisão consciente de ser ou não ser mãe.

A realidade brasileira, seguindo a trajetória mundial no que respeita a experiência da maternidade como escolha, vêm quebrando barreiras, oportunizando às mulheres o direito de repensar seu papel como ser humano e, querendo, poder sopesar sem constrangimento as razões pela sua decisão, seja ela qual for.

Dados estatísticos recentes revelam que a mulher brasileira tem cada vez menos filhos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – (2023), a taxa de fecundidade total das mulheres brasileiras vem diminuindo, já que nos anos 2000, girava em torno de 2,5 filhos por mulher; no ano de 2007, passou para 1,99, e em 2015, atingiu o patamar de 1,72.

As condições socioeconômicas e culturais de cada mulher possuem impacto tremendo em suas escolhas. São diversas variáveis a serem consideradas. Idade, a escolha de ter um parceiro ou não, carreira profissional, situação financeira e rede de apoio familiar são alguns dos aspectos que podem fazer parte do arcabouço argumentativo para sustentar a opção por uma prole menor ou partir para a ‘não maternidade’.

Fonte: arquivos próprios

Anne e o marido André.

Dessa forma, a imposição da maternidade, na sociedade contemporânea vêm sendo diluída. Ademais, a mudança do paradigma da mãe natural pode repousar em vários fatores, sendo um deles o desenvolvimento tecnológico que disponibiliza métodos contraceptivos impensáveis no século passado, e informação gratuita e ampla no que concerne à sexualidade feminina.

Sem olvidar, naturalmente, do impacto provocado pelas mídias sociais na construção da realidade contemporânea. Nos ambientes públicos virtuais, onde qualquer pessoa com acesso à internet pode frequentar,  existe um debate constante sobre alguns aspectos inerentes à maternidade tais como a amamentação,  filhos com necessidades especiais e educação formal, etc., permitindo a troca de informações em escala mundial e em tempo real.

Ao olhar em retrospectiva para a mulher da Idade Média, que tinha em média de quatro a oito filhos, e comparar com as altas taxas de mortalidade do mesmo período: 15-20% no primeiro ano e 30% até a idade de 20 anos, considerando que a mortalidade entre meninos era bem mais alta do que entre meninas, é compreensível e até justificável a existência de proles numerosas. Hoje, após a descoberta de vacinas, antibióticos e tratamentos médicos, o ser humano goza de saúde e longevidade inimagináveis para os padrões medievais.

Fonte: arquivos próprios

Anne, Theodora (in memoriam) e Vincent van Dog.

Diante das garantias legais acima descritas para que a mulher possa exercer sua sexualidade, incluindo a escolha de ser mãe ou não, resta inequívoco que uma nova era foi inaugurada: a da escolha consciente pela ‘não maternidade’, o que só trará benefícios para as novas estruturas familiares. A escolha pensada e cuidadosamente refletida pela maternidade fortalece o vínculo emocional entre mãe e filho, enquanto a opção pela ‘não maternidade’ oportuniza a realização de outros aspectos da natureza humana, o sonho de Beauvoir. A pensadora francesa afirmava que mulheres são perfeitamente capazes de tomar decisões sobre seus corpos e suas vidas se a estas forem oferecidas as mesmas oportunidades que são proporcionadas aos homens.

Tal pensamento datado do século passado ainda não se perfez em sua inteireza, contudo, observando as estatísticas decrescentes de fecundidade e o número cada vez maior de mulheres que optam pela ‘não maternidade’ de forma consciente, é ainda possível observar A Madonna dos Franciscanos de Duccio e admirar a beleza artística que ficou no passado. Uma vez que frutos não são o único aspecto relevante de uma árvore.

MINIBIO

Anne van den Bedum é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Tocantins, leitora crítica, tradutora e escritora. Naturalizada holandesa, mudou-se para o Reino dos Países Baixos em 2015, onde vive atualmente com sua família, o marido, e o pequeno pug Vincent van Dog. Instagram: @anne.vd.bedum. / E-mail : anebedum@gmail.com

Anne van den Bedum é autora da coletânea de contos Xeque-mate e Outras Histórias, publicada pela editora Kotter Editorial em 2021. Uma coletânea perfeita para quem aprecia o lado obscuro dos contos de fadas e a iconografia de Edgar Allan Poe.

A autora também contribui com a revista brasileira de suspense, mistério e terror: Mystério Retrô. Edições anteriores contam com A Sexta Vítima (edição 9), O Olho do Morcego (edição 11) e Morte na Hospedaria (edição 13).

 

Referências:

BAUMAN, Zigmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

BBC NEWS, 2020. Niger: What’s it like to be a childless woman? URL: https://www.bbc.com/news/av/world-africa-51589542. Acesso em: 30 de março de 2023.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

BONINI-VIEIRA, Annunciata. Definidas pela negação, construídas na afirmação: a perspectiva de mulheres não mães sobre a maternidade e seu projeto de vida. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996.

CARVALHO, Rafaela e Roberta Ferec- Tela com Cautela. Um guia prático  para   criar filhos na era digital ( sem perder a sanidade). Editora Matrescência- 2019.

DESMURGET, Michel. A  fábrica de cretinos digitais- os perigos das telas para nossas crianças. Editora Vestígio-2021.

DSM-5: autism spectrum disorder diagnosis, 2021. Disponível  em: https://raisingchildren.net.au/autism/learning-about-autism/assessment-diagnosis/dsm-5-asd-diagnosis. Acessado em: 25 fev.2023.

GOVERNO BRASILEIRO. Saúde reprodutiva da Mulher. URL: https://www.gov.br/pt-br/temas/saude-reprodutiva-da-mulher. Acesso em 30 de março de 2023.

HANSON, Marilee. Children in the Middle Ages. URL: https://englishhistory.net/middle-ages/children-in-the-middle-ages/#:~:text=The%20period%20of%20the%20Middle,the%20age%20of%2020%20years. January 12, 2022. Acesso em: 30 de março de 2023.

KAUFMANN, Kate. Você Tem Filhos? — Como as mulheres vivem quando a resposta é não. Editora LeYa, 2021.

REID, Dane. Forget having kids. I am having fun. 1000 random reasons I chose to be #childfree. Amazon, 2022.

VOOR EN DOOR BEWUST KINDERLOZEN. Geen kinderen, wel vrijheid: dat is kindervrij. URL: http://www.kindervrij.nl/. Acesso em: 29 de março de 2023. (Pela consciência de escolher não ter filhos. Sem filhos, significa liberdade: isso é ser livre de filhos. Tradução livre.)

 

 

 

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Jovem autora best-seller supera bullying com a literatura

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A best-seller de apenas 19 anos Ana Beatriz Brandão conta que sofreu bullying durante a infância e explica como a literatura e a escrita foram essenciais para ajudá-la.

Por mais que, atualmente, o bullying seja discutido em todos os lugares, como nas telenovelas, rádios, jornais e internet, é fato que, no Brasil, esse fenômeno começou a ser pautado há pouco tempo.

A jovem autora Ana Beatriz Brandão, com cinco livros publicados, entre eles, dois que virarão filme, fala que o bullying fez parte de sua infância. Ana relata que um dos seus refúgios para fugir das investidas abusivas dos colegas da escola foi a literatura e a escrita. Em suas obras, ela sempre faz questão de denunciar em algum momento esse tipo de agressão.

A polêmica da prática muitas vezes gira em torno dos limites entre brincadeira e abuso. Quando uma piada passa a ser bullying? Por que o colega se importou tanto com o que o outro disse, sendo que não foi “nada demais”? Essas questões são recorrentes nos pensamentos populares, mas o que muitas pessoas ainda não conseguem é ter a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender que a mesma palavra pode atingir outras pessoas em níveis diferentes.

Cada um tem uma história de vida e atribui um peso ao que ouve. Isso permeia o conceito de empatia, outro ponto muito debatido, principalmente, por estar em variadas lutas sociais. Por isso, problemas tão antigos, como o bullying continuam existindo e todos precisam dar as mãos para combatê-lo.

Fonte: Arquivo Pessoal

Sobre a autora: Com cinco anos já era uma ávida leitora, aos treze iniciava uma jornada cercada de magia junto aos seus personagens e atualmente, com dezoito anos, já publicou cinco livros e embarca na forte emoção de acompanhar o filme baseado em seus dois best-sellers, O Garoto do Cachecol Vermelho e A Garota das Sapatilhas Brancas. Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana Beatriz Brandão vive intensas aventuras todos os dias e celebra suas publicações, desde a mais recente obra Sob a Luz da Escuridão, até aquela que pela primeira vez cativou o público, Sombra de um Anjo. Não esquece as emoções vivenciadas em Caçadores de Almas que também tem um valor inestimável à jovem escritora. Seu maior sonho é poder continuar contando suas histórias para todos aqueles que, assim como ela, acreditam que os livros são a melhor forma de tocar o coração das pessoas e mudar suas vidas.

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A beleza da simplicidade em Cora Coralina

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Não é difícil se encantar com tanta beleza e simplicidade, até Carlos Drummond de Andrade se rendeu ao talento de Cora

 “Mulher da roça eu o sou, sou semente, sou pedra. Pela minha voz cantam todos os pássaros do mundo”

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, conhecida como Cora Coralina, publicou o seu primeiro livro ‘Poemas dos becos de Goiás e estórias mais’, em 1965, sendo um compilado de histórias que viveu e sentimentos que sentiu. E quem diria que uma humilde mulher de cabelos brancos aos 75 anos pôde ressignificar sua vida e marcar para sempre o universo literário.

Adepta da linguagem simples e verso livre, devido à crença que o prazer da leitura deve ser disponível a todos (e também por sua baixa escolaridade), Cora Coralina, com extrema sensibilidade ao falar de sua terra Goiás, cotidiano e afazeres, deixou de lado as utopias de um eu lírico irreal que costumava ser o foco dos poemas daquela época. De modo original, ela incentiva a reflexão e revela a alma delicada que iria se tornar uma das maiores poetisas do século XX.

Fonte: https://is.gd/U0IFOV

Mãe dedicada e doceira de mão cheia, começou a vender doces para sustentar os quatro filhos após ficar viúva, achou entre receitas a doçura das palavras. Grande pensadora desde nova, aos 14 anos começou a ter seus textos publicados nos jornais locais e nacionais, aos 20 anos já era considerada a maior escritora do Centro-Oeste. Em 1984 recebeu da Universidade Federal de Goiás o título de Doutora Honoris Causa devido ao seu destaque e importância. Em 1985 recebeu o título de intelectual do ano e o troféu Juca Pato pela União Brasileira de Escritores (UBE).

“Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos. ”

Não é difícil se encantar com tanta beleza e simplicidade, até Carlos Drummond de Andrade se rendeu ao talento de Cora; em suas palavras: “Minha querida amiga Cora Coralina: Seu Vintém de Cobre é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! ( …).”

Fonte: https://is.gd/mxMRNN

Muito mais que ter seu nome registrado no mundo literário, Cora Coralina é referência de coragem e dedicação ao seguir seu sonho independentemente da idade, processo chamado na Psicologia Junguiana como Individuação, onde o ser se dá conta que negligenciou algumas vontades no decorrer da vida e se volta a elas, a fim de aprimorar seu Self.

“Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas”. Além de expressar cultura, a poetisa mostra que a alma da poesia está na vida, na beleza e lutas do dia a dia. Cora faleceu em 1985, foram 95 anos tocando o coração das pessoas em vida. A partir de então, suas palavras fazem essa função.

Fonte: https://is.gd/v11SuJ

Referências

AMABILE, Luís Roberto. O dia em que Drummond descobriu Cora Coralina. Disponível em  http://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/o-dia-em-que-drummond-descobriu-cora-coralina/ . Acesso em 14/03/2019.

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