Caos 2021 – O que o psicólogo precisa saber antes de uma intervenção em crise
4 de novembro de 2021 Jorgeton Vinicyus Vieira e Silva
Mural
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Palmas, 04 de novembro de 2021 – Teve início às 09:00h desta manhã do dia 04, no segundo dia da 6ª edição do CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia o Minicurso – CHECKLIST: O que o psicólogo precisa saber antes de uma intervenção em crise, em transmissão pelo Google Meet, mediado pela psicóloga em formação Laura Braga Costa e ministrado pela psicóloga Bruna Medeiros Freitas.
O primeiro momento foi tratado pela palestrante um trecho do Código de Ética Profissional do Psicólogo como ponto inicial de grande importância para a compreensão e contemplação do conteúdo a ser ministrado durante o minicurso, o trecho citado foram os Artigos 9 e 10 do código onde foi frisado a partir deles a importância do sigilo, também foi frisado alguns princípios fundamentais do psicólogo, o que é vedado ao psicólogo e algumas responsabilidades do psicólogo.
Em vários momentos foi citado o contrato terapêutico como um item de grande importância para o psicólogo em todo o processo de intervenção terapêutica individual, bem como também alguns indispensáveis cuidados como o acolhimento, a aquisição de contatos de emergência, a realização de atendimentos emergenciais se necessário e solicitado pelo paciente e o acionamento da rede de apoio profissional.
Fonte: Palestrante
Durante toda a apresentação foram feitos pontuações e questionamentos sobre o assunto pelos participantes do congresso, ao mesmo tempo em que foi dada a liberdade para eles para abrirem o microfone em caso de dúvidas. Foi abordado pela palestrante às redes sociais e a postura do psicólogo mediante as demandas de intervenções que surgirem. Também foi abordado a instituições competentes em casos de emergência, com as descrições e o contato telefônico para o acionamento, como por exemplo, o SAMU em casos de tentativas de suicídio, o conselho tutelar em casos de maus-tratos e de agressões às crianças e adolescentes, as redes de atenção psicossocial, os departamentos de polícia especializada e o corpo de bombeiros em caso de desaparecimentos e, etc.
Este minicurso foi de grande enriquecimento não só para os psicólogos em formação como também para os psicólogos já formados que adentraram recentemente no mercado de trabalho e na atuação clínica. Não há dúvidas que foi de grande interesse por todos os participantes já que se mostraram engajados no tema, fazendo até com que a duração do minicurso aumentasse. Todo o conteúdo apresentado pela psicóloga Bruna Medeiros foi disponibilizado para acesso posterior e a mesma disponibilizou seu e-mail e telefone para contato em caso de dúvidas e/ou orientações, podendo ser acessado neste link: encurtador.com.br/hswyK.
A perda do emprego é algo que preocupa qualquer pessoa. Alguns ficam deprimidos e outros preocupados sobre o futuro. Mas é o grande momento para se repensar nos rumos da carreira. É preciso também lembrar do fato de que todo o conhecimento e experiência aprendidos anteriormente podem ser muito úteis em outras empresas.
Uma coisa que nunca pode ser jogada fora são os contatos. Muitas pessoas são tímidas e têm dificuldades de fazer networking. Mas ter bons relacionamentos profissionais podem ajudar a ser mais conhecido por outros e auxiliar na recolocação no mercado de trabalho. Sempre tem alguém que conhece um amigo comentando sobre uma vaga. Por isso, mantenha seus contatos atualizados e tenha, se possível, cartão de visita. Mantenha-se à vista de todos.
Estar com o currículo em dia é também essencial para recolocação. Mas não exagere nas informações. Caso comece a enfeitar muito e colocar experiências que não tem, pode ser ruim. A mentira tem perna curta. O entrevistador pode perceber no meio da conversa que aquelas informações no documento não são tão verídicas. Quando se perde a confiança, perde-se tudo. Por isso, não se deve esquecer de que, mesmo se não conseguir vaga naquela entrevista, podem surgir oportunidades futuras talvez na mesma empresa. Portanto, seja verdadeiro.
Fonte: encurtador.com.br/cdrxO
Cuide também da sua imagem, pois vale mais do que mil palavras. Essa expressão nunca foi tão usada como hoje com as redes sociais. As empresas observam o comportamento dos candidatos nas redes sociais e, dependendo do que vejam, pode influenciar muito na contratação ou não de um colaborador.
Por isso, tenha cuidado sobre o que você publica. Analise sempre que tipo de mensagem suas fotos ou comentários estão transmitindo sobre você. Rede social não é diário pessoal. Todos estão ali vendo, principalmente os recrutadores.
Durante uma entrevista, evite falar demais. Numa entrevista, quando o entrevistador pergunta muito, pode significar que o candidato está falando pouco. No entanto, é importante responder as perguntas de maneira objetiva, sem rodeios, sem falar muito da vida pessoal. Quando começa a falar muito nesse tipo de assunto, a pessoa pode se desfocar e comentar coisas que não tem ligação com o que a empresa está buscando.
Fonte: encurtador.com.br/ktMP7
Há outro fator que pode atrapalhar a vida do candidato: o nervosismo. Uma dica é quando for para uma entrevista, tente contar devagar de 1 a 10 ou lembre o número do CPF, de outros documentos ou placas de carro. Esse tipo de exercício mental pode ajudar a se acalmar. A apreensão do momento pode fazer a pessoa falar muito e comentar coisas desnecessárias. Por isso, quanto mais à vontade e tranquila ficar, de maneira mais racional vai agir.
Por último, e mais importante, é a ética profissional. Caso já tenha uma experiência anterior, é importante não citar momentos desagradáveis ou negativos, pois vai acabar comprometendo a imagem da pessoa. Quando estiver comentando de algo assunto anterior, pense muito bem antes de falar. É preciso se focar em coisas positivas e nos aprendizados que teve. Apesar de ser difícil falar só do lado positivo, evite pensar em assuntos negativos. É a sua imagem e o primeiro contato que estão ali. A primeira impressão é a que fica.
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Desafios da atuação ética do profissional de Psicologia Hospitalar
O psicólogo presente nas instituições de saúde muitas vezes se depara com situações que exigem habilidade para lidar com dilemas éticos que se estabelecem na relação dele com a pessoa atendida
Apsicologia hospitalarse propõe a ser uma área de conhecimento que visa fornecer suporte ao sujeito em adoecimento, a fim de que este possa atravessar essa fase com maior resiliência. O psicólogo auxilia o paciente em seu processo de adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. Esse profissional deve prestar assistência ao paciente, bem como seus familiares e a equipe de serviço, sendo que este deve levar em consideração um leque amplo de atuações, tendo em vista a pluralidade das demandas. Nesse sentido, é um campo de entendimento e tratamento dos aspectos biológicos em torno do adoecimento, não somente doenças psicossomáticas, mas todo e qualquer tipo de enfermidade.
Fonte: encurtador.com.br/dgrXZ
Pensar na atuação do psicólogo nas unidades hospitalares, ou seja, nas instituições públicas que são destinadas a priorizar a saúde, não é uma tarefa muito fácil. O tempo de inserção desse profissional nesse campo é relativamente pequeno, há um contingente reduzido de profissionais atuando na área, apesar de vir aumentando gradativamente, inexistem pesquisas mais sistemáticas, tanto nacionais quanto locais, sobre a atuação do psicólogo nesse campo específico de trabalho. Apesar disso, é possível observar uma série de problemas e insucessos em termos das práticas dos psicólogos, devido à falta de apoio como um todo e na valorização desse profissional, como um agente capaz de contribuir na promoção de saúde.
Dimenstein (2000) afirma, ainda, que muito dos problemas dos quais o psicólogo passou a deparar-se escapam do domínio da clínica, pois se referem às condições de vida da população. Tais dificuldades passaram a ser um entrave para as atividades de assistência pública à saúde tendo em vista a falta de preparo nessa área. Levando em conta a realidade de nosso país e de nossa profissão, devemos priorizar uma formação adequada para inserir o psicólogo e abrir novas frentes de mercado de trabalho de acordo com as necessidades da população. Um dos primeiros passos seria a inserção do psicólogo em equipes de saúde interdisciplinares. A interlocução entre os diversos saberes seria a maneira de oferecer um cuidado mais completo, eficaz e de acordo com as necessidades da população.
O psicólogo presente nas instituições de saúde muitas vezes se depara com situações que exigem habilidade para lidar com dilemas éticos que se estabelecem na relação dele com a pessoa atendida e os familiares da mesma, ou na relação com a equipe de trabalho. Este profissional se vê diante de questões como: até onde preservar o sigilo profissional? De que forma se deve agir diante de atitudes antiéticas de colegas de trabalho? Que informações podem constar no prontuário do paciente?
Fonte: encurtador.com.br/cwEV0
Sua atuação é dirigida para os problemas psicoafetivos oriundos da doença e/ou da hospitalização compreendendo a natureza do sujeito doente, seus desejos, esperanças, medos, aptidões, dificuldades e limitações, seja através da observação ou da linguagem verbal e não verbal. A prática hospitalar impõe-nos alguns cuidados que são fundamentais para um bom atendimento sendo importante que não confundamos a psicologia hospitalar com a psicologia clínica. Na psicologia hospitalar estaremos lidando com o tempo de internação do paciente, bem como com sua patologia orgânica e seus efeitos iatrogênicos, com questões de ordem pratica, como dificuldades do paciente e da família.
Para que nós, psicólogos, possamos adotar uma postura considerada ética é preciso pautar-se no Código de Ética Profissional do Psicólogo, agir dentro dos princípios éticos que valem a todos, que não priorizam crenças ou valores pessoais, agirem de acordo com os conceitos morais que permeiam a sociedade na qual está atuando. Devemos atender o paciente de forma a fazer-lhe bem e evitar qualquer prejuízo que possa ocorrer em virtude de sua intervenção.
A área da saúde necessita de um suporte na área de Saúde Mental, pois muitas vezes os profissionais que compõem a equipe não têm conhecimento do processo de um sofrimento que passa o paciente que procura ajuda, há uma dificuldade muito grande de empatia e trabalho continuado e focalizado no sujeito como um ser biopsicossocial que demandam atendimento nas mais diversas áreas, e a Saúde Mental é uma delas. O trabalho do psicólogo na área hospitalar deve acontecer de forma conjunta com a equipe: médicos, enfermeiros, agentes, técnicos e familiares dos usuários, para que possamos atender e acolher bem aquele que procura ajuda. O trabalho deve ser humanizado e se pautar sempre na ética e no compromisso com aqueles que confiam a nós profissionais da saúde a sua vida.
REFERÊNCIAS
ALAMY, Suzana.Ensaios de Psicologia Hospitalar– a ausculta da alma. Belo Horizonte: 2003. P. 18.
Barbosa S B, Alex. A Psicologia Hospitalar. Disponível em: <https://psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-psicologia-hospitalar> Acessado em: 22 fev 2019.
DIMENSTEIN, M.A Cultura profissional do psicólogo e o ideário individualista: implicações para a prática no campo da assistência pública à saúde. Estudos de Psicologia, (2000).