Os desafios da recolocação profissional

Compartilhe este conteúdo:

A perda do emprego é algo que preocupa qualquer pessoa. Alguns ficam deprimidos e outros preocupados sobre o futuro. Mas é o grande momento para se repensar nos rumos da carreira. É preciso também lembrar do fato de que todo o conhecimento e experiência aprendidos anteriormente podem ser muito úteis em outras empresas.

Uma coisa que nunca pode ser jogada fora são os contatos. Muitas pessoas são tímidas e têm dificuldades de fazer networking. Mas ter bons relacionamentos profissionais podem ajudar a ser mais conhecido por outros e auxiliar na recolocação no mercado de trabalho. Sempre tem alguém que conhece um amigo comentando sobre uma vaga. Por isso, mantenha seus contatos atualizados e tenha, se possível, cartão de visita. Mantenha-se à vista de todos.

Estar com o currículo em dia é também essencial para recolocação. Mas não exagere nas informações. Caso comece a enfeitar muito e colocar experiências que não tem, pode ser ruim. A mentira tem perna curta. O entrevistador pode perceber no meio da conversa que aquelas informações no documento não são tão verídicas. Quando se perde a confiança, perde-se tudo. Por isso, não se deve esquecer de que, mesmo se não conseguir vaga naquela entrevista, podem surgir oportunidades futuras talvez na mesma empresa. Portanto, seja verdadeiro.

Fonte: encurtador.com.br/cdrxO

Cuide também da sua imagem, pois vale mais do que mil palavras. Essa expressão nunca foi tão usada como hoje com as redes sociais. As empresas observam o comportamento dos candidatos nas redes sociais e, dependendo do que vejam, pode influenciar muito na contratação ou não de um colaborador.

Por isso, tenha cuidado sobre o que você publica. Analise sempre que tipo de mensagem suas fotos ou comentários estão transmitindo sobre você. Rede social não é diário pessoal. Todos estão ali vendo, principalmente os recrutadores.

Durante uma entrevista, evite falar demais. Numa entrevista, quando o entrevistador pergunta muito, pode significar que o candidato está falando pouco. No entanto, é importante responder as perguntas de maneira objetiva, sem rodeios, sem falar muito da vida pessoal.  Quando começa a falar muito nesse tipo de assunto, a pessoa pode se desfocar e comentar coisas que não tem ligação com o que a empresa está buscando.

Fonte: encurtador.com.br/ktMP7

Há outro fator que pode atrapalhar a vida do candidato: o nervosismo. Uma dica é quando for para uma entrevista, tente contar devagar de 1 a 10 ou lembre o número do CPF, de outros documentos ou placas de carro. Esse tipo de exercício mental pode ajudar a se acalmar. A apreensão do momento pode fazer a pessoa falar muito e comentar coisas desnecessárias. Por isso, quanto mais à vontade e tranquila ficar, de maneira mais racional vai agir.

Por último, e mais importante, é a ética profissional. Caso já tenha uma experiência anterior, é importante não citar momentos desagradáveis ou negativos, pois vai acabar comprometendo a imagem da pessoa. Quando estiver comentando de algo assunto anterior, pense muito bem antes de falar. É preciso se focar em coisas positivas e nos aprendizados que teve. Apesar de ser difícil falar só do lado positivo, evite pensar em assuntos negativos. É a sua imagem e o primeiro contato que estão ali. A primeira impressão é a que fica.

Compartilhe este conteúdo:

Desafios da atuação ética do profissional de Psicologia Hospitalar

Compartilhe este conteúdo:

O psicólogo presente nas instituições de saúde muitas vezes se depara com situações que exigem habilidade para lidar com dilemas éticos que se estabelecem na relação dele com a pessoa atendida

A psicologia hospitalar se propõe a ser uma área de conhecimento que visa fornecer suporte ao sujeito em adoecimento, a fim de que este possa atravessar essa fase com maior resiliência. O psicólogo auxilia o paciente em seu processo de adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. Esse profissional deve prestar assistência ao paciente, bem como seus familiares e a equipe de serviço, sendo que este deve levar em consideração um leque amplo de atuações, tendo em vista a pluralidade das demandas. Nesse sentido, é um campo de entendimento e tratamento dos aspectos biológicos em torno do adoecimento, não somente doenças psicossomáticas, mas todo e qualquer tipo de enfermidade.

Fonte: encurtador.com.br/dgrXZ

Pensar na atuação do psicólogo nas unidades hospitalares, ou seja, nas instituições públicas que são destinadas a priorizar a saúde, não é uma tarefa muito fácil. O tempo de inserção desse profissional nesse campo é relativamente pequeno, há um contingente reduzido de profissionais atuando na área, apesar de vir aumentando gradativamente, inexistem pesquisas mais sistemáticas, tanto nacionais quanto locais, sobre a atuação do psicólogo nesse campo específico de trabalho. Apesar disso, é possível observar uma série de problemas e insucessos em termos das práticas dos psicólogos, devido à falta de apoio como um todo e na valorização desse profissional, como um agente capaz de contribuir na promoção de saúde.

Dimenstein (2000) afirma, ainda, que muito dos problemas dos quais o psicólogo passou a deparar-se escapam do domínio da clínica, pois se referem às condições de vida da população. Tais dificuldades passaram a ser um entrave para as atividades de assistência pública à saúde tendo em vista a falta de preparo nessa área. Levando em conta a realidade de nosso país e de nossa profissão, devemos priorizar uma formação adequada para inserir o psicólogo e abrir novas frentes de mercado de trabalho de acordo com as necessidades da população. Um dos primeiros passos seria a inserção do psicólogo em equipes de saúde interdisciplinares. A interlocução entre os diversos saberes seria a maneira de oferecer um cuidado mais completo, eficaz e de acordo com as necessidades da população.

O psicólogo presente nas instituições de saúde muitas vezes se depara com situações que exigem habilidade para lidar com dilemas éticos que se estabelecem na relação dele com a pessoa atendida e os familiares da mesma, ou na relação com a equipe de trabalho. Este profissional se vê diante de questões como: até onde preservar o sigilo profissional? De que forma se deve agir diante de atitudes antiéticas de colegas de trabalho? Que informações podem constar no prontuário do paciente?

Fonte: encurtador.com.br/cwEV0

Sua atuação é dirigida para os problemas psicoafetivos oriundos da doença e/ou da hospitalização compreendendo a natureza do sujeito doente, seus desejos, esperanças, medos, aptidões, dificuldades e limitações, seja através da observação ou da linguagem verbal e não verbal. A prática hospitalar impõe-nos alguns cuidados que são fundamentais para um bom atendimento sendo importante que não confundamos a psicologia hospitalar com a psicologia clínica. Na psicologia hospitalar estaremos lidando com o tempo de internação do paciente, bem como com sua patologia orgânica e seus efeitos iatrogênicos, com questões de ordem pratica, como dificuldades do paciente e da família.

Para que nós, psicólogos, possamos adotar uma postura considerada ética é preciso pautar-se no Código de Ética Profissional do Psicólogo, agir dentro dos princípios éticos que valem a todos, que não priorizam crenças ou valores pessoais, agirem de acordo com os conceitos morais que permeiam a sociedade na qual está atuando. Devemos atender o paciente de forma a fazer-lhe bem e evitar qualquer prejuízo que possa ocorrer em virtude de sua intervenção.

A área da saúde necessita de um suporte na área de Saúde Mental, pois muitas vezes os profissionais que compõem a equipe não têm conhecimento do processo de um sofrimento que passa o paciente que procura ajuda, há uma dificuldade muito grande de empatia e trabalho continuado e focalizado no sujeito como um ser biopsicossocial que demandam atendimento nas mais diversas áreas, e a Saúde Mental é uma delas. O trabalho do psicólogo na área hospitalar deve acontecer de forma conjunta com a equipe: médicos, enfermeiros, agentes, técnicos e familiares dos usuários, para que possamos atender e acolher bem aquele que procura ajuda. O trabalho deve ser humanizado e se pautar sempre na ética e no compromisso com aqueles que confiam a nós profissionais da saúde a sua vida.

REFERÊNCIAS

ALAMY, Suzana. Ensaios de Psicologia Hospitalar – a ausculta da alma. Belo Horizonte: 2003. P. 18.

Barbosa S B, Alex. A Psicologia Hospitalar. Disponível em: <https://psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-psicologia-hospitalar > Acessado em: 22 fev 2019.

DIMENSTEIN, M. A Cultura profissional do psicólogo e o ideário individualista: implicações para a prática no campo da assistência pública à saúde. Estudos de Psicologia, (2000).

Compartilhe este conteúdo: