1 de dezembro: Dia Mundial da Luta Contra a Aids

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As ações do dia 1 de dezembro objetivam chamar à atenção sobre a necessidade da prevenção, bem como divulgar informações acerca da doença, que ainda é vista com preconceito, por uma parcela da sociedade. A data foi institucionalizada em 1987, pela Assembleia Mundial da Saúde, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem o laço vermelho como símbolo da luta contra a doença.

Esse ano de 2021, o tema da campanha é “Acabe com as desigualdades, acabe com a AIDS, acabe com as pandemias”.  O tema faz alusão também a crise sanitária ocasiona pela pandemia da Covid-19 que vitimizou mais de 5 milhões de pessoas nos quatros cantos do mundo. Segundo o programa das Nações Unidas de Combate à AIDS (UNAIDS), a desigualdade social é um fator que prejudica à luta contra a doença, por isso é preciso por fim, conforme agenda proposta pela ONU até o ano de 2030.

 

Fonte: freepick

 

Sobre o assunto, a  UNAIDS  explica que a transmissão do vírus se dá pela amamentação com o leite materno, relação sexual, por meio de fluídos corporais, como sangue e sêmen.  O programa ainda destaca que abraços, beijos, dividir alimentos e objetos não transmite AIDS, como muitas pessoas ainda acreditam. Informação de extrema relevância para evitar a discriminação que ainda é muito presente.

Conforme a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), quase 2 milhões foram infectadas pelo vírus HIV e 690 mil morreram de causas relacionadas ao vírus, em 2019. De acordo com a OPAS, não há cura para a infecção pelo HIV, por isso a importância do uso de medicamentos antirretrovirais para controlar a disseminação do vírus no organismo do portador, bem como evitar a transmissão para outras pessoas.

Segundo a Organização internacional de Saúde, de 2000 a 2019 as infecções pelo vírus caíram 39% e as mortes em 51%, resultado positivo fruto das campanhas de prevenção à doença, além do engajamento da sociedade civil, setor privado e público.  Ainda de acordo com a OPAS, durante a 69ª edição da Assembleia Geral da ONU foi aprovada o Plano de Ação para Prevenção e Controle do HIV 2016 a 2021, a qual inclui 5 eixos orientadores de combate à doença.

Informações focadas sobre a doença, bem como inovação para a aceleração estão entre os eixos que precisam ser desenvolvidos pelos países integrantes da Organização Mundial de Saúde, com o intuito de acabar com a doença, nas regiões das Américas até 2030. Sobre o assunto, a Sistema Único de Saúde (SUS) informa que atualmente 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil, sendo que o tratamento pode ser feito pelo sistema público de saúde.

Fonte: freepick

Referências

Organização das Nações Unidas (ONU). Disponível em < https://brasil.un.org/> Acesso: 19. De nov, de 2021

Organização Mundial de Saúde(OMS). Disponível em < https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/> Acesso: 19. De nov, de 2021

Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). Disponível em < https://www.paho.org/pt/topicos/hivaids> Acesso: 19. De nov, de 2021

Planalto, Ministério da Saúde. Disponível em < http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv>  Acesso: 19. De nov, de 2021

Programa das Nações Unidas de Combate à AIDS(UNAIDS). HIV e Aids  ? Disponível em < https://unaids.org.br/201.7/03/voce-sabe-o-que-e-hiv-e-o-que-e-aids/>  Acesso: 19. De nov, de 2021

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A Luta contra o estigma da Aids e o papel da Psicologia

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A psicologia auxilia na relação e elaboração de estratégias na rede de apoio com o paciente, relação paciente e equipe multiprofissional e ainda em questões pessoais que possam ocorrer durante o recebimento do diagnóstico.

A Assembleia Mundial de Saúde, juntamente com a colaboração da Organização Mundial das Nações Unidas, em 27 de outubro de 1988, definiram que dia 1 de dezembro seria a data para enfatizar a conscientização sobre os cuidados preventivos e o tratamento do HIV e AIDS. E no Brasil constituiu pela  Lei 13.504  a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (Dezembro Vermelho).

A campanha Dezembro Vermelho tem o objetivo de assistência, prevenção e promoção da garantia dos direitos dos paciente que vivem com HIV/Aids. São disponibilizados conteúdos informativos e orientações sobre o tema, através de divulgação nas redes sociais, mídias, palestras educativas etc.

Fonte: encurtador.com.br/qrLX3

HIV x AIDS

HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da aids, que atinge os linfócitos, células do sistema imunológico responsáveis pela defesa do corpo. No qual este não consegue se curar do vírus. Já a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a doença desenvolvida pelo vírus HIV.

Sua transmissão é por meio de relações sexuais sem proteção, materiais não esterilizados e contaminados, por meio da gravidez pela transmissão vertical, transfusão de sangue, parto e amamentação.

Seu tratamento se dá através de medicamentos antirretrovirais, o HIV usa essas células do sistema imunológico para reproduzir outros vírus e as destroem, tornando o organismo incapaz de lutar contra outras infecções e doenças. Se o tratamento for realizado de modo correto, a aids não se desenvolve e o HIV permanece controlado.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil há aproximadamente 866 mil pessoas vivendo com HIV,  e em torno de 40 mil novos de HIV casos são registrados a cada ano, principalmente pela população jovem. Durante seu levantamento em 2017, 940 mil pessoas morreram de causas relacionadas ao HIV e 1,8 milhão foram infectadas pelo vírus, o equivalente a cinco mil novos casos todos os dias. A contaminação mundial chega a 36,9 milhões de pessoas, dentre essas, 1,8 milhão são crianças com menos de 15 anos de idade. Dois terços do total de pessoas infectadas pelo HIV vivem em países da África.

Fonte: encurtador.com.br/acfmV

HENFIL- Palmas

Localizado na região norte de Palmas, o Centro de Testagem e Aconselhamento – Núcleo de Assistência Henfil, é uma unidade municipal de saúde que além doenças infecciosos, como Doença de Chagas, Hepatites Virais, Toxoplasmose, Leishmaniose e Brucelose. Disponibiliza os testes laboratoriais de hepatite B, hepatite C, HIV, sífilis e o teste rápido de HIV. E Conta com uma equipe multiprofissional de Serviço Social, Nutrição Farmácia, Enfermagem, Clínica Médica, Infectologia, Urologia, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria, Psicologia.

No CTA ainda está disponível o SAE – Serviço de Assistência Especializada, onde as pessoas diagnosticadas com HIV e AIDS recebem tratamento e acompanhamento com a equipe multiprofissional para dar continuidade ao tratamento de forma efetiva. Além do acompanhamento dos profissionais em saúde, recebem de forma gratuita todos as medicações e exames direcionados ao tratamento da doença. E ainda, realizam um trabalhos às mulheres grávidas para que não ocorra a transmissão vertical, que é transmitida da mãe para o filho no ato do parto.

PSICOLOGIA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE

O papel da psicologia junto a campanha Dezembro Vermelho visa colaborar com a garantia dos direitos para os portadores do vírus. Discutir sobre HIV e AIDS no campo da psicologia é transcender o olhar para além do corpo, são aspectos emocionais, psicológicos, sociais, fisiológicos, culturais, religiosos que entrelaçam o caminho dessa questão. O reconhecimento da importância desta causa, é a garantia de espaço e respeito desta população à qualidade de vida e ressignificação de sua história, através da informação e apoio de familiares, amigos e equipe multiprofissional para o combate, principalmente do preconceito diante desta situação.

Fonte: encurtador.com.br/hipIT

Os avanços no acesso à informações e ao tratamento e controle do HIV/AIDS foram primordiais para a contribuição dos direitos das pessoas que vivem com o vírus, mas principalmente na qualidade de vida e bem-estar dessa população.

Porém, muitos estigmas ainda são encontrados durante este caminho, o medo da discriminação ainda paira sobre o pensamento de muitos pacientes, até mesmo para a adesão e dedicação ao tratamento oferecido de forma gratuita pelo SUS. O receio de contar seu diagnóstico aos familiares, amigos e até mesmo aos parceiros de como vão reagir e isso interferirá na relação e vínculo após a notícia recebida, faz com que muitos não compartilhe a ninguém.

Os comportamentos discriminatórios podem ser vinculados à crenças, atos, pensamentos limitantes, bem como a própria exclusão social que o portador pode sofrer. Outro fator que ainda predomina sobre o imaginário popular é a correlação de HIV/AIDS a relações homoafetivas, travestis, transexuais e aos profissionais do sexo.

A psicologia auxilia na relação e elaboração de estratégias na rede de apoio com o paciente, relação paciente e equipe multiprofissional e ainda em questões pessoais que possam ocorrer durante o recebimento do diagnóstico, aceitação da notícia e acompanhamento do tratamento realizado. A atuação do profissional em psicologia é contribuir para a redução e controle de danos diante de tal experiência, e no manejo da saúde mental do paciente.

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