Abertura do Pré-Caos tem ampla adesão dos acadêmicos
31 de outubro de 2018 Sonielson Luciano de Sousa
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Evento é organizado pela turma de Psicologia da Sexualidade
Fruto das ações desenvolvidas na disciplina de Psicologia da Sexualidade Humana, o Pré-Caos – evento que antecede o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia de 2019 – teve a sua abertura as 14h30 desta quarta-feira, dia 31/10, pelas coordenadoras do curso, profa. Dra. Irenides Teixeira e a profa. Me. Cristina Filipakis, e com a participação dos professores Fabiano Fagundes, Lauriane Moreira e Sonielson Sousa.
O evento de abertura foi totalmente organizado pelos acadêmicos do curso matriculados na disciplina e contou com a participação de aproximadamente 350 pessoas entre alunos da Psicologia, acadêmicos de outros cursos e comunidade em geral.
A coordenadora Irenides Teixeira fez uso da palavra para agradecer o empenho dos acadêmicos e professores e destacou a qualidade do evento. Irenides lembrou – juntamente com a profa. Cristina – das transformações que a Psicologia do Ceulp/Ulbra vem experimentando desde 2015. ‘Isso só foi possível porque os acadêmicos entenderam e abraçaram a nossa proposta, que é a de transformar o estudante num sujeito autônomo, agente de transformação e, de fato, um profissional com atitude, qualificação e comprometimento ético. E estamos vendo os resultados desta mobilização’, destacou Irenides.
A coordenadora Cristina Filipakis enfatizou os aspectos técnicos da disciplina e do próximo Caos, que ocorrerá entre os dias 21 a 25 de maio de 2019, além de reforçar a importância do tema sexualidade para a Psicologia. De acordo com Cristina, apesar de parecer um tema corriqueiro, ‘a sexualidade ainda é um tabu para muita gente, e a epistemologia se altera frequentemente, exigindo atenção por parte do profissional de Psicologia, que deve agir pautado pelo princípio do cuidado e do profissionalismo’.
Programação– Além da abertura oficial, o pré-Caos contou com a exibição de uma produção temática no Cine Alteridade, três oficinas, sarau, coffe break e mesa redonda. Todas as atividades foram organizadas pelos acadêmicos e conduzidas por profissionais reconhecidos em âmbito estadual.
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Seja apenas outra alma humana: (re)construção com um grupo de adolescentes
Participar desta intervenção mudou completamente minha concepção de grupo, de adolescência, de família, de escola, mas principalmente do significado da palavra amizade e afeto.
Coordenar um grupo não é uma tarefa fácil. De adolescentes então? Será um dos meus maiores desafios! Foram exatamente esses os meus pensamentos quando soube qual seria o público ao desta intervenção. E realmente, não foi uma tarefa fácil, isso porque me deparei com 19 adolescentes, totalmente diferentes, mas com angústias praticamente iguais.
Fonte: https://bit.ly/2IEcGak
Vi a dor, o medo, a solidão, o desespero, desamparo, o ódio, a raiva, e tantos outros sentimentos que a maioria daqueles adolescentes compartilhavam. Mas também vi a vontade de viver, ser feliz, de amar, sonhar e o cuidado em cada um deles. E como me sinto grata por isso. Como me sinto realizada em saber que pessoas tão novas, mas que viveram tantos momentos de dor, se sentiram à vontade para compartilhar comigo momentos significativos de sua vida.
A cada encontro, a cada história, a cada lágrima e a cada abraço, eu via a certeza de que ações como essa podem mudar vidas, que o fazer a psicologia é muito gratificante, é construir novas possibilidades e isso, para mim, (re)constrói um novo significado do ser psicólogo, do ser gente.
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana. ”
(Carl Jung)
Fonte: https://bit.ly/2tJlFS0
Destaco também a importância do aprendizado em grupo, assim como as supervisões, discussões e escutas compartilhadas das experiências, em cada um dos grupos, pois foram muito enriquecedores, não somente pela troca de conhecimento, mas pela harmonia e afetos presentes nos encontros.
Concluo este semestre com o sentimento de realização e crescimento profissional e humano, confirmando minhas expectativas ao escolher esse campo e sabendo que as experiências vivenciadas nos últimos meses levarei para a minha vida e prática como futura psicóloga.
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CAOS: “Todo mundo tem a Bruxa e a Branca de Neve dentro de si”
Nesta segunda, 21 de agosto, a psicóloga Hellen Reis Mourão, esteve no Congresso Acadêmico dos Saberes em Psicologia ministrando o mini curso ‘Arquétipos da violência nos contos de fada’. Hellen é analista Junguiana e especialista em Mitologia e Contos de Fadas. Atua como psicoterapeuta, professora e palestrante de Psicologia Analítica e Contos de Fadas em São Paulo e Rio de Janeiro. Criadora do Blog Café com Jung e colaboradora do Portal (En)Cena – A Saúde Mental em Movimento. Recentemente, Hellen concedeu uma entrevista para o portal (En)Cena. Confira.
Durante o minicurso, Hellen apresentou a vida e obras de Carl Gustav Jung e seus conflitos até a criação da Psicologia Analítica, bem como as estruturas básicas do psiquismo recorrente da abordagem. Dessa maneira, os participantes tiveram o arcabouço necessário para compreender os aspectos humanos que favorecem a violência. De acordo com a Psicóloga, consciente e inconsciente se regulam, de modo que o Ego é o centro da consciência, com alto grau de continuidade e resistência. Porém, deve haver ligação entre o ego e o inconsciente.
Para a Psicologia Analítica, há duas camadas no inconsciente: o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O inconsciente pessoal seria formado principalmente de conteúdos emocionais que foram adquiridos individualmente, complexos e a sombra; enquanto o inconsciente coletivo seria uma camada mais profunda, inerente a todos os humanos contendo padrões universais, como os arquétipos e instintos. Desse modo, os arquétipos foram apresentados como componentes impessoais e coletivos sob a forma de categorias herdadas. São objetos de experiências vividas pela humanidade em um processo repetitivo.
O inconsciente possui a Sombra, um arquétipo que configura tudo o que desconhecemos, como um lado sombrio com conteúdos rejeitados pelo Ego, podendo ser coletiva ou individual. A Sombra seria todo o inconsciente, e tudo que reprimimos ao inconsciente seria projetado no outro, resultando em ações violentas, por exemplo.
Os contos de fadas, por sua vez representariam a expressão mais pura e simples dos arquétipos e do inconsciente coletivo, provocariam também uma revitalização dos processos inconscientes, pois restabeleceriam a conexão com a consciência. Neles são retratados inúmeros aspectos de maldade e violência, porém a busca atual por perfeição nos afastaria dos aspectos sombrios de nossa consciência, impedindo a ressignificação dos medos. Segundo Hellen, quanto mais conscientes dos nossos aspectos sombrios, menos dominados estaremos, de modo que se deve “olhar –para a sombra- mas não se identificar com ela”.
Nos contos de fadas o mal impulsiona a individuação sendo um aliado no crescimento e desenvolvimento do herói. Logo, se esses contos de fadas permitem ver os próprios aspectos através dos arquétipos, devemos assimilá-los e nos educarmos com nossas emoções sombrias, aponta Hellen. De acordo com a psicóloga “Tudo o que a gente reprime, vem do inconsciente, ganha mais energia”, pois “todo mundo tem a Bruxa e a Branca de Neve dentro de si”.
Para a acadêmica de psicologia Bruna Medeiros, que participou do minicurso, houve uma ressignificação da violência em vários âmbitos: “Pra mim antes violência era bater ou apanhar. Agora entendo que a violência é um elemento presente na nossa sociedade de forma tão suscita que tanta coisa é sinal e não percebemos”, aponta.
O Congresso
Durante os dias 21 a 25 de agosto de 2017, semana em que se comemora o Dia do Profissional de Psicologia, o Congresso Acadêmico de Saberes da Psicologia (Caos) acontece no Ceulp/Ulbra contando com uma série de atividades que se debruçam sobre um dos temas mais emergentes da contemporaneidade, a violência. Temas como ‘Manejo clínico de vítimas de violência doméstica’, ‘Violência no Trânsito’, ‘Prevenção ao Suicídio e automutilação’, ‘Violência nas redes: em que momento nos tornamos tão insensíveis ao outro?’, ‘Alienação Parental no contexto sociojurídico’, ‘Violência e Sofrimento Psíquico no Trabalho’ e ‘Mídia, Corpo e Violência’ serão alguns assuntos abordados, dentro de uma programação que envolve aproximadamente 30 atividades.
Serviço:
O que: Palestra e mesas-redondas
Quando: 21 a 25 de agosto de 2017 Onde: Auditório Central do Ceulp/Ulbra
Realização: Curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra
Apoio: Conselho Regional de Psicologia – CRP-23, Prefeitura de Palmas, Jornal O Girassol, Psicotestes, GM Turismo, Coordenação de Extensão do Ceulp/Ulbra, Coordenação de Pesquisa do Ceulp/Ulbra.
Mais informações:
Coordenação de Psicologia: Irenides Teixeira (63) 999943446 Assessoria do Ceulp/Ulbra: 3219 8029/ 3219 8100 Programação e Inscrições:http://ulbra-to.br/caos/
O (En)Cena entrevista a Psicóloga Hellen Reis que irá abordar os “Arquétipos da violência nos contos de fada” em minicurso.
Durante os dias 21 a 25 de agosto de 2017, semana em que se comemora o Dia do Profissional de Psicologia, o Caos – Congresso Acadêmico de Saberes da Psicologia– será realizado no Ceulp/Ulbra e contará com uma série de atividades que irão se debruçar sobre um dos temas mais emergentes da contemporaneidade, a violência. Temas como ‘Manejo clínico de vítimas de violência doméstica’, ‘Violência no Trânsito’, ‘Prevenção ao Suicídio e automutilação’, ‘Violência nas redes: em que momento nos tornamos tão insensíveis ao outro?’, ‘Alienação Parental no contexto sociojurídico’, ‘Violência e Sofrimento Psíquico no Trabalho’, Arquétipos da violência nos contos de fada’ e ‘Mídia, Corpo e Violência’ serão alguns assuntos abordados, dentro de uma programação que envolve aproximadamente 30 atividades.
Uma das palestrantes confirmadas no evento é a psicóloga Hellen Reis Mourão. Ela é analista Junguiana e especialista em Mitologia e Contos de Fadas. Atua como psicoterapeuta, professora e palestrante de Psicologia Analítica e Contos de Fadas em São Paulo e Rio de Janeiro. Criadora do Blog Café com Jung e colaboradora do Portal (En)Cena – A Saúde Mental em Movimento. Abaixo, Hellen concedeu uma entrevista para o portal (En)Cena. Confira.
Hellen Reis Mourão. Foto: arquivo pessoal
(En)Cena – Quais os arquétipos que estão associados ao fenômeno da violência?
Hellen Reis – A violência é um aspecto inerente à natureza humana. Podemos associar a violência com algumas imagens arquetípicas presentes na Mitologia e nos contos de fadas. O Deus grego Ares, representa a violência, os impulsos agressivos irrefreados e a sede de sangue. Nos contos de fadas temos a violência presente como temática nas bruxas que tentam assassinar as princesas, ou devorar os heróis. Todos representam a agressividade e violência presentes em cada ser humano.
(En)Cena – Em sua opinião, este tema – violência -, apesar de ser algo recorrente no Brasil – um dos países mais violentos do mundo -, recebe o tratamento devido dentro da Psicologia?
Hellen Reis – A sociedade como um todo precisa olhar e dar um tratamento melhor para esse tema, pois a violência é um aspecto sombrio da sociedade, que foi reprimido. Todo aspecto sombrio que não tem o seu lugar na consciência age de forma descontrolada e primitiva.A Psicologia precisa começar a olhar para essa sombra coletiva, ou seja, os aspectos coletivos que foram suprimidos da consciência coletiva e que necessitam ser reintegrados.
(En)Cena – Quais as formas mais comuns de violência enfrentadas por seus clientes/pacientes, no setting terapêutico?
Hellen Reis: O bullying, a violência sexual contra a mulher e a violência contra o homossexual.
(En)Cena – Qual será a tônica de sua palestra?
Hellen Reis – A tônica será o olhar sobre a sombra coletiva do homem ocidental!
(En)Cena – O que a Psicologia tem que avançar, para que a temática ganhe destaque nas rodadas de produção de conhecimento?
Hellen Reis – Avançar no olhar do homem moderno que se afastou de seus instintos. Olhamos para o instinto sexual e agora precisamos olha para o impulso agressivo sem sermos dominados por ele e nem reprimi-lo. A violência é um dos aspectos da psique humana e está presente na vida desde épocas remotas. Perdemos os ritos de iniciação e rituais sagrados onde se encarava a violência de frente, com isso vamos precisar de novas formas de contatarmos nosso instinto agressivo e assim ? Canaliza-lo.
A subversão de conceitos aparentemente fechados é uma das marcas das mentes mais invejáveis de todos os tempos. E pensar de forma subversiva é também quebrar com a linearidade das considerações pré-concebidas. Assim, resignificar e despir as “verdades” são a tônica de toda a produção científica, de toda a produção de saberes. Caso contrário, não se estaria produzindo ciência, mas, antes, dogmas.
A palavra CAOS, neste contexto, ganha especial sentido, já que remete à possibilidade do princípio da impermanência e da criatividade. A Física diz que é do princípio do CAOS que surge parte dos fenômenos imprevisíveis, cuja beleza se materializa na vida que se desnuda a todo instante.
É neste sentido que, também, para a Psicologia, o CAOS possibilita pensar sobre uma maneira de enxergar o Ser para além de rótulos ou de concepções a priori. Este microcosmo humano que é objeto de escrutínio do profissional de Psicologia guarda uma gama de imprevisibilidade e de originalidade que representam a própria riqueza da existência. Afinal, pelo CAOS pode-se iniciar intensos processos de mudanças, autossuperações e singularidades. É pelo princípio do imprevisível e do radicalmente distinto que se vislumbra a beleza da diferença. Estas são, em súmula, as bandeiras da Psicologia, área da ciência calcada essencialmente no Humanismo, que busca elevar a condição humana em toda a sua excentricidade, sem amarras, sem julgamentos. Esse é o princípio do CAOS, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia do Ceulp/Ulbra.
Mais informações:
Coordenação de Psicologia: Irenides Teixeira (63) 99994.3446 Assessoria do Ceulp/Ulbra: 3219 8029/ 3219 8100