O que é a Primeira Infância?

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Lei que institui o Mês da Infância é aprovada. Fase do desenvolvimento deu nome a Lei n° 14.617. Por que investir nessa fase é lucrativo para o futuro?

 Talita Marques Teixeira: talitampsi@rede.ulbra.br

 

A primeira infância é uma fase crítica no desenvolvimento humano, que compreende desde o nascimento até os seis anos de idade. Durante esse período, o cérebro das crianças passa por um crescimento e desenvolvimento acelerados, estabelecendo as bases para a aprendizagem, saúde emocional, habilidades sociais e cognitivas ao longo da vida. Portanto, investir na primeira infância é fundamental para garantir o pleno desenvolvimento das crianças e para promover uma sociedade mais justa e igualitária, pautada nos princípios dos direitos humanos.

Surge aqui a necessidade de garantia de direitos, visto que o não incentivo e déficit no investimento na primeira pode acarretar em baixos índices de desenvolvimentos futuros. A intervenção precoce, que consiste em oferecer suporte e estimulação adequados às crianças desde os primeiros anos de vida, desempenha um papel crucial nesse processo. A pesquisa científica tem demonstrado repetidamente que as experiências vividas pelas crianças na primeira infância têm um impacto profundo em seu desenvolvimento futuro. Isso inclui sua capacidade de aprender, tomar decisões, resolver problemas, manter relacionamentos saudáveis e contribuir de maneira positiva para a sociedade.

Diante disso, é sancionada a lei a Lei nº14.617, que fica instituído o mês de agosto como o Mês da Primeira Infância, para promoção de ações de conscientização sobre a importância da atenção integral às gestantes e às crianças de até 6 (seis) anos de idade e a suas famílias, em todo o território nacional. A lei vem como forma de garantir os direitos de 20,6 milhões de crianças de 0 a 6 anos que no último DataSUS de 2021 foram registradas nos informes de saúde, a iniciativa conta com poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. São medidas como oferta de atendimento integral e multiprofissional, promoção dos vínculos afetivos, da nutrição, imunização, direito de brincar e prevenção de acidentes e doenças.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/criancas

Congresso aprova projeto de lei que cria o Mês da Primeira Infância

Quando os investimentos públicos são direcionados para programas de intervenção precoce, uma série de benefícios se desdobra. Primeiramente, esses programas ajudam a identificar e tratar precocemente qualquer problema de desenvolvimento, como atrasos na fala, déficits cognitivos ou questões emocionais, que, quando não tratados a tempo, podem se agravar e causar dificuldades ao longo da vida. Isso não apenas reduz o sofrimento das crianças, mas também economiza recursos a longo prazo, uma vez que o custo de intervenções tardias é muito maior.

Além disso, ao investir na primeira infância, estamos fortalecendo os alicerces da igualdade de oportunidades. Crianças que recebem apoio adequado desde cedo têm maior probabilidade de atingir seu potencial máximo, independentemente de seu contexto socioeconômico ou étnico. Isso é essencial para promover os direitos humanos, que incluem o direito à igualdade de oportunidades para todas as crianças, independentemente de sua origem.

Os investimentos públicos na primeira infância também têm o potencial de reduzir as desigualdades sociais. Crianças que crescem em ambientes desfavorecidos muitas vezes enfrentam barreiras adicionais ao seu desenvolvimento. Portanto, programas que oferecem educação de qualidade, serviços de saúde acessíveis, creches de qualidade e apoio emocional podem ajudar a nivelar o campo de jogo, permitindo que todas as crianças tenham a chance de prosperar.

Além disso, investir na primeira infância é uma estratégia eficaz para a prevenção de violações dos direitos humanos, como o abandono, abuso e negligência infantil. Quando as famílias recebem apoio e recursos para cuidar de seus filhos desde cedo, as chances de problemas graves de proteção à criança são reduzidas significativamente.

Em resumo, os investimentos públicos na primeira infância, com foco na intervenção precoce e na promoção dos direitos humanos, são fundamentais para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Ao proporcionar às crianças as condições necessárias para o desenvolvimento pleno, estamos investindo em um futuro mais promissor para elas e para a sociedade como um todo. Isso não é apenas um imperativo ético, mas também uma estratégia inteligente que gera benefícios duradouros para todos.

Fonte:https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes 

Pacto Nacional pela Primeira Infância

De acordo ao PNPI (Plano Nacional pela Primeira Infância) junto da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, o investimento direcionado à primeira infância representou 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,92% do Orçamento Geral da União (OGU). A análise das despesas por área temática revelou que quase 94% do GSPI se concentraram em saúde, assistência social e educação, enquanto menos de 1% foi alocado em habitação, saneamento, proteção e defesa dos direitos humanos, esporte e cultura.

A disponibilidade de recursos também desempenhou um papel importante, já que áreas como saúde e educação têm repasses obrigatórios, enquanto a cultura pode sofrer contingenciamentos sem grandes consequências. A assistência social enfrentou desafios devido a não aprovação da dotação inicial e à insuficiência de créditos adicionais. Portanto, a análise destaca a necessidade de repensar a alocação de recursos e a implementação de políticas específicas para a primeira infância no Brasil.

Em conclusão, a primeira infância é uma fase crucial no desenvolvimento humano, com um impacto profundo no futuro das crianças e da sociedade como um todo. Investir nessa fase da vida é essencial para garantir o pleno desenvolvimento das crianças, promover a igualdade de oportunidades e prevenir violações dos direitos humanos. A recente instituição do Mês da Primeira Infância no Brasil é um passo importante nessa direção, buscando conscientizar sobre a importância da atenção integral às gestantes e crianças até seis anos de idade.

Os investimentos públicos na primeira infância devem ser direcionados com sabedoria, considerando a eficiência na execução e a priorização de áreas que impactam diretamente o desenvolvimento infantil, como saúde, assistência social e educação. Além disso, esses investimentos têm o potencial de reduzir desigualdades sociais e garantir que todas as crianças, independentemente de seu contexto, tenham a oportunidade de prosperar. Em suma, investir na primeira infância não é apenas uma questão ética, mas também uma estratégia inteligente para construir um futuro mais promissor para a sociedade como um todo, e a garantia de economia futura.

SITES CONSULTADOS:

https://revistacrescer.globo.com/fique-por-dentro/noticia/2023/07/agosto-passa-a-ser-o-mes-da-primeira-infancia-define-lei.ghtml

https://www.unicef.org/brazil/relatorios/medicao-do-gasto-social-com-primeira-infancia-em-2021 

https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/pacto-nacional-pela-primeira-infancia/

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Governo do Tocantins apoia campanhas municipais em comemoração ao “Mês da Primeira Infância”

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O objetivo é conscientizar sobre a importância de estimular a criança na primeira infância, como forma de ajudar na formação e desenvolvimento do potencial da criança.

Como forma de apoio à Campanha do Ministério da Cidadania “Mês da Primeira Infância”, comemorado em agosto, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), apoia e orienta municípios com adesão ao Programa Criança Feliz, que estão realizando suas campanhas locais.

O objetivo da Campanha é contribuir na mobilização e reflexão sobre o atendimento à Primeira Infância junto a Política de Assistência Social, oportunizando troca de experiências por meio do relato de aprendizados desenvolvidos pelo Programa Criança Feliz – Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social (Suas).

“Agosto Mês da Primeira Infância”

O evento é uma iniciativa do Ministério da Cidadania, através da Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância, visando promover a Primeira Infância no Brasil, durante todo o mês de agosto. “É uma ação integrada com as Coordenações Estaduais e Distrital do Programa Criança Feliz e parceiros. Os municípios construíram as ações e agendas locais com atividades alusivas à campanha, em parceria com a coordenação estadual”, explicou a coordenadora estadual do Programa Criança Feliz, Katilvânia Guedes.

“ A ideia central é conscientizar sobre a importância de estimular a criança na primeira infância, como forma de ajudar na formação e desenvolvimento do potencial da criança”, esclarece a coordenadora estadual do Programa Criança Feliz, Katilvânia Guedes.

As atividades são direcionadas à comunidade em geral e a órgãos governamentais, e privados, envolvidos com as políticas da Primeira Infância, nos territórios.

O secretário da Setas, José Messias de Araújo, destacou o trabalho do Governo do Tocantins por meio da Setas, na orientação aos gestores municipais do Programa Criança Feliz, para a divulgação sobre cuidados com as crianças na primeira infância. “O Governo orienta sobre a campanha, ajudando no desenvolvimento das ações para melhoria do desempenho das atividades”. Devido à pandemia o apoio está sendo realizado por meio da internet.

“Em 2021, o Governo do Tocantins, por meio da Setas, realizou reuniões para orientações, por meio de internet, com objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas equipes municipais que atendem as famílias beneficiárias do Programa Criança Feliz”, informou a coordenadora do Criança Feliz no Tocantins, Katilvânia Guedes.

Sobre as visitas domiciliares a coordenadora informou que “apenas nos três primeiros meses de 2021, foram realizadas mais de 33 mil visitas domiciliares, acompanhando 5.175 beneficiários, com a missão de estimular o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo de crianças com idade de até seis anos”.

O Tocantins tem 59 municípios com adesão ativa ao Programa Criança Feliz. Além de coordenadores municipais, no Tocantins a equipe conta com 59 supervisores e 218 visitadores sociais.

Fonte: Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Programação

A supervisora do Programa Criança Feliz do município de Palmeiras do Tocantins, Joyce Fernandes de Souza informou que na primeira semana, as equipes realizaram uma roda de conversa com gestantes sobre a importância dos cuidados com a criança desde o ventre. Na segunda semana, foram desenvolvidas atividades relacionadas à alimentação saudável. Na terça-feira 17, aconteceu uma mobilização para conscientização e confecção de brinquedos.” Já para a última semana de agosto está programada uma tarde recreativa, tudo de forma controlada devido à pandemia”, informou.

Tocantinópolis

De acordo com a supervisora do Programa Criança Feliz de Tocantinópolis,  Jhenissa da Silva Souza, a programação das duas primeiras semanas foi para divulgação da campanha “Agosto Mês da Primeira Infância” e entrega de kits para bebês, para grávidas atendidas pelo Semas. “Na terceira semana, acontece um encontro com crianças que têm algum tipo de deficiência e que são atendidas pelo Programa “Criança Feliz”. E na última semana de agosto, a ação é para  confecção de materiais pedagógicos”, informou.

Ananás

Já em Ananás, município localizado no extremo norte do Tocantins, está sendo realizada a Campanha “ABC para a Primeira Infância”, com objetivo de ajudar os cidadãos na promoção dos cuidados com a primeira infância e o fortalecimento do vínculo familiar.

Goiatins

Em Goiatins, a cerca de 470 km de Palmas, a campanha pela primeira infância “Agosto Amarelo”, teve início na quinta-feira, 05, por meio da prefeitura de Goiatins, Cras municipal, contando com o apoio do Governo do Tocantins, Conselho Tutelar e Pastoral da Criança.

Programa Criança Feliz

O programa Criança Feliz, investe na primeira infância para romper o ciclo de desinformação no estado e, ao mesmo tempo, garantir uma geração de crianças saudáveis, com potencial para aprendizagem, socialização e produtividade. O Programa é um dos resultados concretos do Marco Legal da Primeira Infância, que completou cinco anos, em março de 2021.

Com foco no atendimento semipresencial e remoto no último ano, o Programa acompanha mães, pais e cuidadores, no estímulo ao desenvolvimento das crianças. O Programa se desenvolve por meio de visitas domiciliares que buscam envolver ações de saúde, educação, assistência social, cultura e direitos humanos.

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