Como a prática de Mindfulness e Musicoterapia amenizam estresse e ansiedade em pré-vestibulandos?

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A ansiedade e o estresse são termos confundidos por alguns, afirmando que são sinônimos ou até mesmo invertem os seus conceitos, já que estão intrinsecamente interligados, fazendo parte da vida cotidiana dos sujeitos. No entanto, a primeira palavra mencionada é um estado de humor que o indivíduo possui, da qual, na maioria das vezes é enxergada negativamente por conta do sistema nervoso central permitir que o “comportamento biológico” do corpo se altere mediante situações, coisas, pensamentos ameaçadores (BARLOW, 2020, p. 125). Já o estresse (embora esse termo seja idiossincrático na atualidade), é a consequência de uma situação ansiogênica, isto é, a resposta fisiológica e emocional de uma pessoa mediante uma circunstância estressora (MORRIS, 2004, p. 373).

Levando em conta o contexto, vale ressaltar que a utilização de técnicas, como o Mindfulness (WILLIAMS, 2015), que trata-se de um método de atenção plena centrada no presente, perante a ausência de julgamentos ou rotulações de si e dos outros, juntamente com a Musicoterapia, no qual caracteriza-se como um campo do saber que se volta para “o que a música proporciona no setting”, ou seja, os seus efeitos e envolve também as subjetividades dos participantes com a música sendo direcionado entre o musicoterapeuta e o grupo ao longo da intervenção (UBAM, 2018), com o intuito de amenizar o estresse e a ansiedade em adolescentes pré-vestibulandos.

A importância da dinâmica de grupo com fins terapêuticos

O grupo e sua finalidade no processo terapêutico dependem da fluidez do mesmo, no que tange a participação ativa dos integrantes como também as diversas estratégias, recursos, técnicas e atividades que incentivam a comunicação e a ação dos membros do grupo, a fim de elaborar, facilitar e esclarecer o campo dinâmico do processo grupal.

Fonte: Imagem no Freepik

Conforme Osório (2003), o grupo é um conjunto de pessoas que possuem a capacidade de se reconhecer em sua singularidade e que estão exercendo uma ação interativa com objetos compartilhados. Dessa interação, que se desenvolve a partir da organização dos aspectos sociais, culturais e normativos, surgem fenômenos que são denominados fenômenos grupais. Existem grupos espontâneos, como grupo de amigos, e grupos organizados, com objetivos específicos.

A intervenção em grupo deve-se preocupar com a possibilidade de os participantes entrarem em contato com seu mundo interno para aprenderem a lidarem com suas angústias, lançar mão de recursos até então desconhecidos para eles e garantir segurança aos membros deixando claro os objetivos da dinâmica e suas regras. Segundo Minicucci (2002, p. 32), acredita Kurt Lewin que, até certo ponto, o indivíduo tem seus próprios objetivos pessoais. Precisa de suficiente espaço de movimento livre no interior do grupo para atingir tais objetivos e satisfazer às próprias necessidades. Os objetivos do grupo não precisam ser idênticos aos objetivos do indivíduo, mas as divergências entre indivíduo e grupo não podem ultrapassar determinados limites, além dos quais um rompimento entre ambos é inevitável.

Diante disso, o psicanalista Pichon-Rivière define o grupo como “um conjunto de pessoas, ligadas no tempo e no espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe explícita ou implicitamente a uma tarefa, interatuando para isto em uma rede de papéis, com o estabelecimento de vínculos entre si.” (AFONSO, 2006, p. 20).

 Conhecendo o Mindfulness

Fonte: Imagem de Shahariar Lenin por Pixabay

O autor Mark Williams (p.9, 2015) apresenta o prefácio de Jon Kabat-Zinn, em seu livro “Atenção Plena”, que o Mindfulness requer um empenho verídico ou participação verdadeira do indivíduo. O precursor dessa técnica de meditação científica, Jon Kabat-Zinn, enfatizou as concepções desta que Mark Williams e Danny Penman notaram:

“É um estilo de vida, e não apenas uma boa ideia, uma técnica inteligente ou uma moda passageira. É um conceito que data milhares de anos e costuma ser citado como “o coração da meditação budista”, embora sua essência seja universal” (WILLIAMS, p.9, 2015).

Outro ponto sobre este assunto é que a atenção plena faz a pessoa estar com a mente e corpo no agora, no presente. É claro, como fora mencionado, que estar mediante a esta situação só é possível quando o indivíduo estiver disposto para isso e engajar-se.

 A Musicoterapia no controle do estresse e da ansiedade

A musicoterapia é definida como um tipo de intervenção de tem a intenção de prevenir, desenvolver e restabelecer as potencialidades do indivíduo a partir dos encontros musicoterapêuticos. E pode ser tanto direta quanto indireta a intervenção (ANJOS et al., 2017, p.230).

Na interpretação de Tyson (1981) (PUCHIALLO, M.; HOLANDA, A., 2014, p. 130), nos Estados Unidos a Musicoterapia, em meados do século 20, entrou em prática oficialmente durante a Primeira Guerra Mundial e também foi utilizada no período da Segunda Guerra em soldados para fins terapêuticos, focalizando-se na recuperação e reabilitação desses indivíduos tanto física e educacionalmente.

Fonte: Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay

E quanto à Musicoterapia, conforme Bruscia (2000; apud GARCIA et al., 2020, p.111), “as experiências utilizadas na musicoterapia são audição, recriação, improvisação e composição, podendo ser aplicadas conjunta ou separadamente”.   E por meio dela, dá para reforçar “os efeitos terapêuticos de um tratamento por meio da “produção dos sentimentos, pensamentos e atos dinamicamente transformados no contato com o outro” […].” (GARCIA et al., 2020, p. 111).

A eficácia da Musicoterapia na Argentina, mencionada por Costa (1989), em seu segundo plano surgiram resultados positivos em pacientes de “casas de depressão pós-poliomielite” (Apud PUCHIALLO e HOLANDA, 2014, p. 131). Aplicou-se a Musicoterapia de guerra a mesma utilizada nos soldados norte-americanos que fora enquadrada nesses indivíduos dessas casas (PUCHIALLO; HOLANDA, 2014).

 Adolescência e vestibular: um evento ansiogênico

Para a realização da intervenção optou-se por público-alvo, os adolescentes pré-vestibulandos. A adolescência se entende como um processo longo e complexo que envolve diversas variáveis, como as mudanças físicas advindas da puberdade, as modificações cognitivas, emocionais e socias, que se refletem em contextos sociais, econômicos e culturais (PAPALIA e FELDMAN, p.386, 2013).

Segundo Lamônica e Carvalho (2019), as diversas transformações vivenciadas pelos adolescentes, aliada a importância que os exames vestibulares tem recebido nas últimas décadas (o que o tornou um evento ansiogênico para a maior parte dos estudantes), podem contribuir para que estes sejam mais propensos à ocorrência de algumas psicopatologias, como o estresse, a ansiedade, (que serão o foco da intervenção em grupo), ademais de outros transtornos como as fobias e os comportamentos obsessivos compulsivos.

Fonte: Imagem de Gillian Callison por Pixabay

Polonia e Senna (2008), afirmam que a associação presente entre os fatores culturais, cognitivos e a escola, tem gerado debates acerca de como estes interagem como unidade e causam impacto sobre a promoção de uma aprendizagem efetiva para os indivíduos.

Evidenciando que a educação desempenha um papel significativo no desenvolvimento dos adolescentes (PAPALIA e FELDMAN, p.412, 2013), sendo influenciada diretamente através das culturas de cada país. Outros fatores que influenciam o desempenho escolar dos adolescentes, é o estilo de parentalidade dos pais, o ambiente em que ocorre a aprendizagem, o nível socioeconômico, a qualidade de ensino, a influência dos pares, a escola e autoconfiança manifestada pelos estudantes.

Referências 

AFONSO, M. L. M. (Org.). Oficinas em Dinâmica de Grupo: um método de intervenção psicossocial. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.

ANJOS, A.G. et al. Musicoterapia como estratégia de intervenção psicológica com crianças: uma revisão da literatura. Gerais, Rev. Interinst. Psicol., Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 228-238, dez. 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/gerais/v10n2/08.pdf. Acesso em: 14 set. 2022.

BARLOW, D.; DURAND, M. Psicopatologia: uma abordagem integrada. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning. 2020.

CASTILLO, A. et al. Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria. Porto Alegre, n. 22, 2000.

GARCIA, L. G.; et al (Orgs.). Saúde Mental: abordagens e estratégias para a promoção do cuidado. Porto Alegre: Editora Fi, 2020.

LAMÔNICA, L.C.; CARVALHO, A.L.N.; Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio. Universidade Federal Fluminense Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional Departamento de Psicologia; Campo dos Goytacazes, RJ, 2019.

MINICUCCI, A. Dinâmica de grupo: manual de técnicas. São Paulo: Atlas, 1982.

MORRIS, C. G.; MAISTO, A. Introdução à psicologia. 6. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

OSORIO, L. C. Psicologia Grupal: uma nova disciplina para o advento de uma era. Porto Alegre: Artmed, 2003.

PAPALIA, D.E.; FELDMAN, R.D. Desenvolvimento humano, 12. ed. – Porto Alegre: AMGH, 2013.

POLONIA, A.C.; SENNA, S.R.C.M. A ciência do desenvolvimento humano e suas interfaces com a educação. In DESSEN, M.A.; JUNIOR, A.L.C. et. al. A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas futuras, Porto Alegre: Artmed, 2008.

PUCHIVAILO, M.; HOLANDA, A. A história da musicoterapia na psiquiatria e na saúde mental: dos usos terapêuticos da música à musicoterapia. Revista Brasileira de Musicoterapia. n. 16. p.122-142, 2014.

UNIÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA. Definição Brasileira de Musicoterapia. 2018. Disponível em: https://ubammusicoterapia.com.br/definicao-brasileira-de-musicoterapia/. Acesso em: 31 maio 2022.

WILLIAMS, M.; PENMAN, D. Atenção plena. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.

Autores:

Annanda Larissa Aires Coimbra

Joana D’Arc Gomes Pimentel

Laura Marcela Chaves Pereira

Naomi Alves Almeida

 

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Curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra agora em horário matutino ou noturno

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Com 18 anos, o curso de Psicologia do Ceulp é pioneiro no Tocantins

A partir de 2019.1 o curso de Psicologia também poderá ser feito no período noturno. Isso porque, de acordo com a Resolução Consepe nº 651 de 29 de agosto de 2018, foram alocadas vagas para que o curso possa ser feito no período noturno. Com a ação, no próximo vestibular, com inscrições abertas, (http://www.ulbra.br/vestibular/palmas) os acadêmicos ingressantes poderão optar pelo curso matutino ou noturno.

Para a coordenadora de Psicologia do Ceulp/Ulbra, profa. Dra. Irenides Teixeira, ‘com a abertura do curso a noite, a instituição reforça o seu compromisso de ampliar o acesso à educação tendo em vista diferentes tipos de públicos. Além disso, atende a um anseio de pessoas que já dispõem de uma formação superior e tem o sonho de cursar Psicologia, mas que por uma questão de tempo não lhes era possível’.

O curso de Psicologia do CEULP/ULBRA tem como concepção a formação generalista do psicólogo fundamentada na integração de diversos conhecimentos teórico-metodológicos do campo psicológico. O curso tem como diferencial um quadro de professores capacitados, com cem por cento do corpo docente formado por mestres e doutores, todos engajados em ações de Pesquisa e Extensão, além das atividades de Ensino. No mais, o curso prioriza a interlocução teoria e prática desde o primeiro período com as vivências dos Estágios Básicos. (Com informações do Ceulp/Ulbra)

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HACKATHON: Equipe “Teen Relax” foca em dessensibilização sistemática

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O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

A equipe Teen Relax, composta por acadêmicos de Psicologia e dos cursos da área de Computação, participou do 1º Hackathon Tech for Life, cujo tema é “Tecnologia e Saúde Mental”. O grupo tem como objetivo promover uma dessensibilização sistemática através de hierarquia de situações que causam ansiedade acerca do vestibular e/ou outras questões escolares; levar o aluno adolescente a imaginar cada situação e ao se sentir ansioso, praticar o relaxamento de Jacobson, devidamente ilustrado no aplicativo; Acesso autônomo do aluno adolescente; Adesão escolar para possíveis intervenções profissionais. O resultado da maratona será divulgado nesta sexta, dia 25/05, durante o encerramento o encerramento do CAOS e do ENCOINFO, a partir das 19h, no auditório central do Ceulp/Ulbra.

O menu da aplicação criada pela equipe conta com “Meu Calendário”, onde o aluno pode adicionar datas importantes e escolher quando deseja ser notificado para realizar a dessensibilização sistemática; também terá um espaço para o aluno saber mais sobre o que é ansiedade, seus sintomas físicos e psicológicos e seus possíveis tratamentos, e também sobre o que é a dessensibilização sistemática; no mais, terá o ícone “Começar”. Nesse ícone o aluno vai diretamente para a dessensibilização sistemática.

Primeiramente, ele passa por uma autoavaliação, na qual responderá uma escala acerca dos sintomas de ansiedade, de acordo como ele se sentiu nas últimas duas semanas. Isso irá gerar dados para as escolas cadastradas, aos quais somente elas terão acesso aos dados de seus respectivos alunos, auxiliando na tomada de decisões sobre possíveis intervenções profissionais. Depois, começa o treino de relaxamento de Jacobson, passando para a hierarquização das situações ansiogênicas e, finalmente, a etapa de imaginar cada situação enquanto pratica o relaxamento de Jacobson, realizando, assim, a dessensibilização sistemática.

1º Hackathon Tech for Life – Em parceria com os cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, o curso de Psicologia participa do 1º Hackathon Tech for Life – que é uma maratona de programação – nos dias 19 e 20 de maio. A temática do 1º Hackathon é “Tecnologia e Saúde Mental” (o tema específico, no entanto, será anunciado na abertura do evento), com o propósito de trabalhar a inovação no desenvolvimento de protótipos, softwares aplicativos, dentre outros projetos de temática tecnológica que possam ser aplicados ou desenvolvidos com este objetivo. A ação é uma prévia do CAOS (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia) e do ENCOINFO (Congresso de Computação e Tecnologias da Informação).

Integrantes da equipe

Fernanda Karoline Bonfim, 26 anos, Psicologia 7º período, Voluntária do Encena e Proict.

Ian Macedo Maiwald Santos, 21 anos, Ciência da Computação 7º período, Voluntário Proict.

Joice Reitz, 21 anos, Psicologia 7° período, Estagiária no Encena.

Kennedy Santos Torres, 21 anos, Ciência da computação 6º período, Assembleia Legislativa.

 

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O estresse que ronda os vestibulandos

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Recentemente o Psicologia em Debate – apresentado pela psicóloga egressa do Ceulp, Fernanda Gomes de Oliveira – analisou a presença de estresse entre adolescentes concluintes do ensino médio. A pesquisa foi realizada numa instituição de ensino privado em Palmas-TO. Participaram dessa pesquisa 15 alunos (entre 16 e 18 anos).

A adolescência é compreendida como um dos momentos mais críticos do desenvolvimento humano. É um período envolto de crises, e uma dessas crises é a escolha de uma profissão. Tal escolha torna-se muito estressante, porque é uma das mais importantes que fazemos para a nossa vida. Além disso, o adolescente é envolto de expectativas, tanto próprias, como das pessoas que o cercam (família, amigos, professores…). No mais, o processo de seleção para entrar em um ensino superior atualmente é feito pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que é uma prova bastante complexa e possui uma grande concorrência.

O estresse é uma reação do organismo frente a estímulos externos ou internos; a partir do momento que o individuo se defronta com um evento estressor ele inicia estágios de estresse. O primeiro estágio é considerado de alarde ou alerta, quando o organismo passa por um evento estressor, então reage com algumas reações como pupila dilatada, tremor leve, coração disparado, e depois de algum tempo esses sintomas passam. Quando esses sintomas perduram ou se o evento estressor continua, entra-se no segundo estágio chamado de resistência, na qual o organismo passa a resistir a esse evento e utiliza todas as suas reservas adaptativas para conseguir se equilibrar novamente. Depois a autora Marilda Emmanuel Lipp, incluiu o terceiro estágio que corresponde a Quase-Exaustão, aqui o corpo começa a ter sintomas somáticos, biológicos, orgânicos, mas ainda consegue exercer as atividades diárias. Se esse evento estressor perdurar ou se o organismo continuar com tais sintomas, entra-se no quarto estágio chamado de exaustão, que é quando o individuo fica impossibilitado de conviver socialmente e realizar as atividades normalmente.

Fonte: encurtador.com.br/msKSU

Os tipos de sintomas recorrentes ao estresse são irritação, tristeza, desânimo, impaciência, etc; em relação à parte cognitiva a pessoa experimenta baixo aprendizado, falta de concentração, problemas de memória; já os sintomas fisiológicos se apresentam sob a forma de dores de cabeça, dores nas costas, gripes constantes; no campo interpessoal o sujeito têm dificuldades de se relacionar, fazer parte de grupos.

Nesta pesquisa Fernanda concluiu que cerca de oitenta e seis por cento dos entrevistados foram classificados com a presença do estresse, em contrapartida de aproximadamente treze por cento sem estresse. Os questionamentos mais intensos dos alunos sobre o grande nível de estresse através das fontes externas são para o método escolar, pelo vestibular, pela escolha profissional, pela exigência ou repressão por parte dos colegas, pelo excesso de atividades, por uma mudança significativa ou frequente, conflitos com os pais e a família, morte na família, doença e hospitalização. Já as fontes internas do estresse foram o desejo de agradar aos outros, a ansiedade, a insegurança, desacordo entre as expectativas e as exigências do sucesso e o verdadeiro potencial, a autoestima baixa, medo do fracasso.

Entende-se que não se pode relacionar somente o processo seletivo como causador do grande estresse. Foram percebidos que diversas outras fontes também contribuem, porém os processos seletivos estão nas narrativas relacionadas a diversos eventos estressores.
Por isso é de grande importância a discussão sobre a inserção do psicólogo no contexto educacional, realizando intervenções que envolvam tanto os alunos quanto os demais participantes deste processo (pais, professores, coordenação dos cursos, etc.).

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