Caos 2021 discute os efeitos psicossociais da Pandemia na Vida Escolar

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Seguindo com a programação, a noite do dia 04, do 6º Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS, com o tema: A Psicologia e Atuação Psicossocial em Situações de Emergência, o Centro Luterano de Palmas – CELP/ULBRA promoveu o minicurso com a Pedagoga, Neuropsicopedagoga e Mestre em Ciências da Educação, Monique Wermuth Figueiras, que por meio de uma sala virtual pelo Google Meet, trouxe como tema: “Efeitos psicossociais da Pandemia na Vida Escolar”, o minicurso teve início às 19h seguindo até às 22h, trazendo uma noite de conhecimento e informação.  

A pedagoga Munique Wermuth Figueiras deu início ao minicurso cumprimentando os participantes da sala, falou que se sentia muito honrada ao participar do Congresso. Iniciou transmitindo um vídeo do poeta Rubens Alves, que fala da grandeza da educação das habilidades, e da educação das sensibilidades encontradas na aprendizagem, na vida e no amor. Depois da linda mensagem poética apresentada, deu continuidade à sua explanação falando das sequelas, dos medos, das angustias e das fobias sociais que acarretaram a sociedade durante a pandemia da Covid-19 que bateu nas casas de ricos e pobres sem distinção. 

A palestrante falou da realidade social do nosso estado e das dificuldades encontradas por uma população carente de acesso digno a moradia, alimentação e a educação, e que com a pandemia se agravou consideravelmente. Falou também, da morte, da miséria, do fanatismo religioso, e dos falsos medicamentos preventivos, que a pandemia trouxe no mundo e no nosso país.  

Foi abordado pela Me. Munique Wermuth, as questões das crianças que não conseguem mais ficar na escola, do seu emocional diante da retomada as aulas, dos professores que precisaram aprender a usar as mídias e que agora sofrem com esse reinicio brusco pois a pandemia ainda não acabou e as pessoas estão morrendo e que essa retomada está sendo de sofrimento com distúrbios emocionais tanto em criança quanto nos adultos. 

Relatou a dificuldade de aprendizagem em todas as modalidade de ensino sendo: Ensino especial, Infantil, Fundamental, Médio, Superior, Técnico profissionalizante e Ensino de jovens e adultos ou seja, de todas as modalidades sem exceção ficaram prejudicadas e que esse prejuízo educacional e de aprendizagem vai perdurar por longos anos. Os processos de escolarização ficou gravemente comprometidos durante esse tempo pandêmico e de como as condições dos educadores e educandos durante o processo foram impactados em todos os âmbitos tanto afetivo, cognitivo e social. 

A formadora mostrou outro vídeo do Mário Sérgio Cortella onde diz que a pessoa ou afunda ou nada, ou nos mexemos ou paramos de vez e que precisamos mudar o nosso estado inicial, mesmo que mudar seja complicado precisamos buscar essa mudança, precisamos correr o risco do equilíbrio momentâneo, precisamos mover sem desabar e que o grande susto dessa pandemia foi perceber que estávamos desprovido de segurança de vida.    

 A formadora encerrou a sua fala, abrindo o microfone para os participantes que a parabenizaram pela excelente apresentação dos assuntos abordados. Ela agradeceu pela participação de todos pedindo para que continuassem na prevenção diante dessa pandemia, e por fim, usou um vídeo com uma bela mensagem de amor e carinho que abordou as reviravoltas que o destino dá e a busca em fazer sempre o melhor com força e determinação.  

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Caos 2021: A importância de grupos familiares para usuário de álcool e outras Drogas

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Chegamos ao segundo dia do 6º Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS. Dentre vários minicursos propostos para os inscritos no evento, nessa manhã do dia 04 de novembro, quem ministrou um dos minicursos foi a Assistente Social, graduada pela Universidade Federal do Tocantins – UFT, Maísa Carvalho Moreira.  

O minicurso abordou o tema “A importância de Grupos Familiares para Usuário de Álcool e outras Drogas”, com transmissão pelo Google Meet, e interação com a formadora pelo chat e pelo microfone.  

A Assistente Social Maísa Moreira Carvalho iniciou o minicurso agradecendo pelo convite e que é sempre importante compartilhar o conhecimento, falou também das suas experiências e sua jornada como Assistente Social, e que hoje trabalha com consultório na rua onde trata diretamente com usuários de drogas e moradores de rua.

Durante o minicurso a formadora descreveu alguns conceitos importantes para abordar o tema, como por exemplo, o tipo e uso de drogas, tanto as lícitas quanto as ilícitas e do conceito da dependência química. Relatou a sua experiência do CAPS AD III- Centro de Atenção Psicossocial, que oferta um tratamento de portas abertas e voluntário trabalhando com o vínculo afetivo e nunca obrigando o usuário ao serviço prestado. Explanou que nem todos os casos são acolhidos pelo serviço do CAPS AD III, e que são direcionados para outros serviços da rede de apoio do Sistema Único de Saúde. 

Informou que dentro dos Grupos de Familiares é importante estimular e trazer para o grupo mais pessoas para participarem aumentando as chances de resultado positivo é melhor para o paciente. Disse que não é fácil para a família estar nessa situação em ver o sofrimento do usuário e que os familiares são essenciais no tratamento do usuário de droga e que sozinho não vai conseguir lhe dar com a sua doença. E que a internação compulsória pode atrapalhar o vínculo com a família 

 Os cursistas participaram e interagiram com interesse na explanação da formadora e a mesma respondeu com tranquilidade as perguntas e indagações locando à disposição como profissional de saúde atuante com esse público, dando a sua contribuição no esclarecimento de dúvidas em relação ao tratamento dos usuários em drogas e álcool. A ministrante falou que o objetivo do minicurso não é findar a discursão sobre o assunto, mas buscar na ciência a ajuda para solucionar ou amenizar o problema.   

O segundo dia de programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia só está começando e ainda dá tempo de se inscrever no CAOS, pelo site www.ulbra-to.br/caos/edicoes/2021/.

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CAOS 2021 – Jornalista fala sobre a saúde mental na Linha de Frente

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Com início na manhã desta quarta-feira, o CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia traz um repertório temático que aborda a “Psicologia e Atuação Psicossocial em Situações de Emergência”. Os inscritos no evento estavam ansiosos para o início desse grande evento que já está na sua 6ª edição.

Na tarde do dia 03, a partir das 14hs e com transmissão pelo Google Meet, foi liberada para que os inscritos no CAOS apreciassem as colocações no Psicologia em Debate a partir do Documentário – Saúde Mental na Linha de Frente, que contou com a explanação do jornalista e Mestre em Comunicação Contemporânea, Wilson Roberto Vieira Ferreira e com a mediação do estudante de Psicologia do CEULP/ULBRA de Palmas Jorgeton Vinicyus Vieira e Silva.

Fonte: Arquivo Pessoal

O jornalista Wilson Roberto, iniciou sua fala expondo na sua concepção o descaso do governo e do “Morde assopra” entre o jornalismo brasileiro e o governo federal no que tange as notícias repassadas para a população brasileira em tempos de pandemia, relatando que houve sinais trocados e ambíguos com as notícias referentes à pandemia do Covid-19 e as informações truncadas do governo perante essa tragédia sanitária.

No seu discurso o jornalista trata a pandemia como um fenômeno semiótico, onde a sociedade ficou desprovida de informação e que as informações ficaram ocultas para a sociedade. E que o medo e a ansiedade são ferramentas de manipulação para um regime totalitário, já que a pandemia não permitiu que se pudessem protestar contra a falta de informações. Ele considera que ouve um golpe militar hibrido e que ninguém percebeu onde está ocorrendo um aparelhamento do estado pelos militares e que é impossível nesse contexto esconde-la da sociedade.

Wilson fala que o segundo aspecto importante provocado pelo documentário foi a   questão do medo, da ansiedade e do isolamento social provocado pela pandemia, e que não enterrar os seus mortos e não conseguir criar o luto é uma questão importante em termos de psicanalises em suas diversas maneiras de assimilar a morte no nosso psiquismo.

Fonte: Imagem no Freepik

Após muitos assuntos abordados, a última fala do jornalista foi que as soluções colocadas no horizonte são muito privativas e isoladas e que são necessário ações coletivas. E que a pandemia nos empurrou para situações que já eram previstas, onde a esperança é sair dessa situação e entender isso coletivamente. Por fim, o convidado agradeceu pelo convite e convidou para participar das sus redes sócias.

Não se esqueçam que esse foi só um evento dentro da programação do CAOS e que para se inscrever basta entrar no site e seguir a programação.

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Caos 2021: Efeitos psicossociais da Pandemia na Vida Escolar

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Com o tema: A Psicologia e Atuação Psicossocial em Situações de Emergência, o Centro Luterano de Palmas – CELP/ULBRA, promoverá entre os dias 03 à 06 de Novembro, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS. Sendo esse, um evento aguardado anualmente entre os acadêmicos de Psicologia e os interessados pelas temáticas.

No dia 04, das 19:h às 22h por meio de uma sala virtual pelo Google Meet, que terá como ministrante a Pedagoga, Neuropsicopedagoga e Mestre em Ciências da Educação, Monique Wermuth Figueiras, que irá explanar em um dos Minicursos ofertados o tema: “Efeitos psicossociais da Pandemia na Vida Escolar”.

Fonte: encurtador.com.br/ezP27

Com a advento da COVID- 19, veio também os portões fechados das escolas, o distanciamento das salas de aulas e também a convivência e os saberes passados nesse ambiente social e de aprendizagem.

 Será abordado no minicurso as consequências que a pandemia trouxe no âmbito escolar, o que causou na vida dos estudantes no processo de aprendizagem e na sua vida social, e o que podemos tirar de proveito com o retorno as salas de aulas presenciais.            

Abordar essa temática com mais profundidade se faz necessário, sendo temática de grande relevância para os estudos abordados no CAOS.

Para garantir a sua participação no CAOS 2021, basta cadastrar-se pelo site http://ulbra-to.br/caos/, sendo um congresso gratuito e que ocorrerá de forma online. Venha participar conosco!

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Seis dias de atendimento: do socorro à alta

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Esse relato descreve a experiência mais traumática pela qual minha família passou: o meu marido (Andréia Nunes), caiu de uma altura de seis metros, no dia 22 de outubro de 2018, por volta das 11h40min, na região norte da cidade de Palmas -TO.

Fernando estava terminando um trabalho de manutenção de um ar condicionado em cima do telhado de um edifício quando, de repente, o telhado abriu debaixo de seus pés e ele caiu por esse buraco que foi aberto, quebrando o gesso, até cair em pé, de uma altura de 6 metros de altitude. Ao cair, outras pessoas que estavam no local, acionaram o serviço do corpo de bombeiro. Após 15 minutos, o resgate chegou e Fernando foi levado para o Hospital Geral de Palmas – (HGP).

Eu o esperava para o almoço, o qual ele não apareceu e nem avisou.  Mal sabia eu que horas depois seria informada, pela nossa filha, de que ele não foi almoçar porque havia caído de uma altura de seis metros e estava todo “quebrado” no pronto socorro do HGP. Quando recebi essa notícia, já era por volta das 15h e me locomovi de imediato ao HGP, me recordo muito bem da maca amarela.

Como relatado anteriormente, ao chegar na ambulância, Fernando deu entrada no Pronto Socorro e, após procedimento de internação, começaram os exames, iniciando com uma tomografia. Bem, tomografia feita e as surpresas dolorosas começaram: fraturas com esmagamento de calcâneo, fraturas com achatamento de uma vertebra e fraturas nas demais vertebras. Assim, foi internado em quatro setores: neurocirurgia, ortopedia, cirurgia geral e clínica. Na maioria do tempo estava sob efeito de fortes remédios para aguentar a dor e acabava dormindo. O medo de que ele ficasse paralítico foi tomando conta do meu ser e o choro insistia em permanecer. Era um misto de aflição, angústia, de pavor mesmo, mas eu não deixava ele perceber.

Fonte: encurtador.com.br/BGV24

Permanecemos no Pronto Socorro por 24hs, e por várias delas ele ficou em cima da maca amarela da ambulância do Corpo de Bombeiro, e eu em uma cadeira de “macarrão” emprestada, temporariamente, por uma acompanhante. Depois, conseguimos uma cama e a maca foi devolvida para a ambulância. Mesmo com os corredores lotados de pacientes em suas macas, os procedimentos eram feitos pelos médicos e guerreiros profissionais da enfermagem.

Em seguida fomos para outra internação, dessa vez na neurologia, até saber se ele iria fazer a cirurgia na coluna ou se o tratamento seria tradicional com uso de coletes e medicamentos. Então, permanecemos por mais quatro dias, seguindo com todos os protocolos e exames: dos mais simples, como medir a temperatura e a pressão arterial, aos mais complexos e de ponta, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizadas.

O que mais me chamou a atenção no HGP foram os vários profissionais envolvidos no seu atendimento – equipe multiprofissional: a assistente social que nos acolheu muito bem, a nutricionista que trocava o cardápio ou colocava algumas frutas que ele gostava, a alimentação é um grande diferencial para os pacientes e era realmente muito saborosa, as enfermeiras e técnicas em enfermagem foram de um cuidado, atenção e carinho com o meu marido que em alguns momentos me deixava emocionada. Finalizamos a temporada nesse setor com a alta e a indicação do tratamento prescrito pelo médico neurocirurgião.

Apesar da graça de Deus e sabendo que realmente foi um milagre, pois meu marido não veio à óbito e nem ficou paralítico, as notícias ainda continuavam preocupantes. O medo e a ansiedade tomaram conta do meu ser, pois sabia que, quando chegasse a hora da internação no setor ortopédico, as coisas iriam se complicar. Naquele momento tinha uma lista de 162 pacientes esperando para fazer cirurgias ortopédicas e o nome do Fernando nem estava na lista ainda, frequentemente eu ouvia: “os ossos vão calcificar, terão que quebrar novamente, pode demorar meses”. Andando pelos corredores para me acalmar depois que ele dormia, resolvi subir mais um andar até chegar na ortopedia para saber como estava o nível de internação no setor e, mais uma vez fiquei preocupada, pois havia macas nos corredores com pacientes por todos os lados.

Fonte: encurtador.com.br/ADJS8

Após mais uma alta de internação e início da internação na Ortopedia, resolvemos com ajuda de colaboradores não aguardar a cirurgia ortopédica no HGP e recebemos alta total. Uma ambulância foi acionada para levarmos para casa e após três dias em casa a cirurgia no calcanhar (onde foi colocado sete parafusos e uma placa) foi realizada em um hospital particular. De volta para casa, uma equipe da atenção primária do Centro de Saúde da Comunidade do meu território, passou a atendê-lo com trocas de curativos por um longo período. (PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017. Diretrizes: cuidado centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade do cuidado e coordenação do cuidado). Enfim, todo o processo de cura, entre cadeira de banho, coletes, cadeira de roda e muletas, durou aproximadamente um ano.

Esse relato de experiência é um dos muitos que vivi como consumidora dos serviços do SUS, desde o meu nascimento até os dias de hoje. Eu e minha família sempre usamos os serviços do SUS. Resolvi relatar essa experiência, pois foi a mais traumática e a que me fez ter a maior esperança que já vivi.  Me fez refletir sobre a magnitude do atendimento prestado por aquele hospital para com os seus usuários. Infelizmente, algumas pessoas, não sabe ou que nunca precisou dos serviços do HGP, tem uma ideia muito negativa dos serviços prestados ali. Pois, recebe informações somente através da mídia, que geralmente denigre sem saber realmente da articulação e oferta de atendimento para quem de fato precisa.

Todos os exames e procedimentos possíveis foram realizados, mesmo não esperando a cirurgia do calcanhar, em nada ficamos desamparados. Minha família e eu fomos atendidos de acordo com os princípios de universalidade, integralidade e equidade, estabelecidos na Lei Federal nº 8.080/90. Todos os profissionais envolvidos no tratamento do meu marido enquanto permaneceu internado no HGP foi de muita ética e compromisso. Tenho certeza que o trabalho em equipe e o seu engajamento dos profissionais envolvidos trouxe tranquilidade para nós dois e principalmente fazendo com que a estadia no HGP transcorresse de uma forma mais amena, apesar do trauma que envolveu essa situação.

Muitos criticam o atendimento do HGP, mas foi lá que descobri que ele é um hospital de portas abertas e, talvez por isso, não conseguimos a cirurgia em tempo hábil.  Tendo esse formato de atendimento, ele não atende somente a população de Palmas e dos municípios do Tocantins. Vários estados circunvizinhos procuram e usam as suas estruturas para socorrer a população que precisa do seu atendimento, impossibilitando cumprir a diretriz da Territorialização (Lei Federal nº 8.080/90).

De fato, é um grandioso hospital e, por esse motivo, parabenizo a todos aqueles que trabalham arduamente para tentar atender a todos e todas da melhor maneira possível e seguindo todos os preceitos e práticas preconizadas por esse grande Sistema Único de Saúde – SUS, que é referenciado e elogiado mundialmente.

Fonte: encurtador.com.br/frBY5
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