Como a cirurgia bariátrica mudou minha vida?… Professor compartilha sua experiência

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En(Cena) entrevista o Prof. Me. Rodrigo Teixeira

Rodrigo Antonio Magalhães Teixeira, 42 anos, Historiador e Bacharel em Direito, Especialista em História do Brasil e em Educação de Jovens e Adultos integrada a Educação Profissional. Mestre em Educação Profissional. O professor compartilhou com as acadêmicas Ana Laura e Isabela a sua vivência de 4 anos atrás sobre a realização da cirurgia bariátrica, e o impacto dessa decisão nos aspectos biopsicossociais da sua vida.

Fonte: Arquivo Pessoal

En(cena)A obesidade vem crescendo de forma alarmante no Brasil e em todo o mundo. A cirurgia bariátrica é utilizada para o emagrecimento, o resgate da saúde e melhoria da qualidade de vida, no entanto, é um procedimento que apresenta riscos de complicações pós-operatórias nos aspectos biopsicossociais. Quando que você realizou a cirurgia? Foi um desejo seu ou uma indicação médica inicialmente?

Rodrigo – Primeiramente eu gostaria de agradecer por estar participando desta entrevista. Em relação ao primeiro questionamento, eu fiz a cirurgia há 4 anos exatos, e quanto a questão de ser um desejo ou uma indicação médica, foi realmente uma questão médica. Eu passei por 13 especialistas, e todos eles indicaram a cirurgia bariátrica. E essas indicações foram calcadas em dados científicos, eu estava praticamente com todas as taxas alteradas, estava pré-diabético, já tinha sofrido um infarto aos 33 anos, hoje eu estou com 42, então eu realmente possuía uma série de comorbidades.

En(cena)As pesquisas e vivências individuais destacam a importância da preparação pré operatória na cirurgia bariátrica, por equipe multidisciplinar, bem como delimitam esta equipe com os mais variados profissionais. Como foi a atuação da equipe e a sua relação com esses profissionais?

Rodrigo – A equipe foi impecável, todos, psicólogos que eu fui, gastroenterologista, tive que ir em hematologista para fazer a questão de riscos cirúrgicos, e todos eles foram extremamente cuidadosos, acolhedores, souberam muito bem conduzir a questão. E todos foram unânimes quanto à questão da necessidade de eu me submeter ao procedimento.

En(cena)Sabendo da importância do acompanhamento psicológico durante todo o processo de preparação e recuperação do paciente, como foi sua experiência com o profissional da Psicologia que estava inserido na equipe multidisciplinar?

Rodrigo – A psicóloga que me acompanhou se chamava Bárbara, ela teve todo um cuidado, aplicou diversos testes, teve um zelo muito grande em todo o processo. Inclusive explicou a questão dos riscos, principalmente psicologicamente falando, sobre a relação com a comida, a relação do que temos por prazer. Enfim, houve um cuidado muito grande, e eu sou muito grato porque foi indispensável na época.

Fonte: encurtador.com.br/iuQW4

En(cena)Levando em conta toda a pressão estética presente em nossa sociedade, juntamente com seus padrões, é possível dizer que você como homem também sofre as consequências disso? Se sim, quais?

Rodrigo – Sim, eu faço parte de um corpo, de uma sociedade onde a questão da estética tem um peso, mas pra mim o que realmente pesou foi a questão da saúde, que como eu citei na primeira questão, as taxas alteradas, a mobilidade já estava bem reduzida, com dificuldade inclusive para o emagrecimento, não conseguia fazer isso com aquilo que nós temos como regular. Se eu pudesse mensurar a questão das consequências, por exemplo as roupas, eu não escolhia minhas roupas, as roupas me escolhiam, então ao ter que adquirir uma determinada peça sempre me deixava em uma situação constrangedora.

En(cena)Avaliando o contexto cirúrgico pelo qual você passou, como pode ser descrita a influência desse processo na sua vida tanto antes quanto agora no pós, houve muitas mudanças? Quais foram elas?

Rodrigo – Se for parar para fazer um balanço, houve mudanças? Sim, muitas. Uma das mais perceptíveis foi a questão da autoestima, foi algo notório, hoje eu me sinto bem comigo mesmo, me sinto bem no meio no qual eu estou, mas também eu tive uma alteração no humor, eu era aparentemente uma pessoa mais alegre mais aberta e eu fiquei mais fechado, mais calado, então isso eu posso mensurar como uma mudança. No fim das contas as mudanças foram mais positivas do que negativas, mas como exemplo negativo, eu desenvolvi uma intolerância a sacarose e tenho síndrome de dumping (ocasionada pela passagem rápida do estômago para o intestino, de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares, em pacientes submetidos a cirurgias gástricas, como a bariátrica e metabólica, como resultado da alteração anatômica do estômago).

Fonte: encurtador.com.br/vGJMR

En(cena)Como você percebe suas relações interpessoais antes e após a bariátrica?

Rodrigo – Bom, quanto às relações interpessoais, o meu núcleo familiar e as pessoas mais próximas relatam as mudanças na questão do humor, nas relações secundárias (amigos, colegas) não houve nenhuma alteração drástica. Não que eu tenha ficado mal-humorado, mas sim que eu fiquei mais sério na questão dos posicionamentos.

En(cena)O que você diria para as pessoas que pretendem passar por esse processo

Rodrigo – Essa questão é bem complexa, porque eu acredito que cada pessoa quando chega, como eu cheguei também a esta fase, essa decisão de se submeter a uma cirurgia bariátrica é porque certamente já passou por outros processos, então assim, a grosso modo o que eu posso dizer é que cada um deve ser juiz de si mesmo. Mas hoje se eu tivesse a oportunidade de tentar outra coisa, outra possibilidade para não fazer a bariátrica, eu tentaria. Porque é uma cirurgia invasiva, hoje eu tenho que tomar vitaminas todos os dias, exige de mim um cuidado com a questão da alimentação, a questão do dumping, então assim, não é cem por cento, melhorou muito, mas aquela ideia de que “meus problemas acabaram, eu não vou ter que fazer mais nada, vai ser uma mágica” isso não existe. Hoje eu estou num processo de lutar contra o reganho, pois sempre existe um reganho, e estou fazendo Funcional e cuidando da alimentação.

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Invisibilidade do trabalho nos cemitérios

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A forma de lidar com a morte no Ocidente modificou-se na modernidade, ocasionando cada vez mais o distanciamento deste tema das grandes pautas da sociedade. Segundo Iraha, Silva e Paula (2017), o espaçamento entre mortos e vivos ocorre devido a ascensão do capitalismo, quando os corpos passaram a ser caracterizados como instrumentos de produção tornando a morte um novo sinônimo para fracasso. Também houve o avanço da medicina, pois foi quando a morte passou a ser vista como uma fonte de contaminação, perigo e doença, e todos esses aspectos interferem no modo como os coveiros são vistos na sociedade.

Há um paralelo de conceitos que se cruzam no trabalho nos cemitérios: de um lado observamos o modo como o trabalho faz parte do processo sócio-histórico da sociedade, visto permitir com que o sujeito se afirme em relação a si e aos outros, pois promove a interação do indivíduo com o meio em que está inserido e também é uma fonte de realização, uma atividade transformadora e colaborativa, criado e moldado de acordo com a perspectiva da sociedade; por outro lado, encontra-se o cemitério, não apenas o local físico em si, assim como os símbolos que esse carrega de luto e perda, mesmo a morte sendo uma etapa da vida em que independe do social, crenças ou de qualquer outra coisa, nesse intermédio entre a vida e a chegada da morte há todos os trabalhadores do cemitério que lidam diariamente com esse cenário atípico.

encurtador.com.br/sCNW8

Ademais, o trabalho traz consigo não apenas uma busca por satisfações materiais e físicas, como também a satisfação pessoal, de ser um agente transformador, sendo a primeira atividade humana que o sujeito modifica o ambiente e a si mesmo para sobreviver. Contudo, a nova morfologia do trabalho trouxe consigo um impacto que se expressa pela precarização do trabalho, impostas pelo capital. Parafraseando Antunes (2009), essa situação contraditória do trabalho humaniza e degrada, liberta e aliena, colocando o trabalho humano como molde em nossas vidas, pois, perpassa não só o meio econômico, mas também os meios sociais, psicológicos e simbólicos que determinam tanto as relações sociais como o desenvolvimento da sociedade.

No cruzamento entre esses conceitos há os coveiros que ficam encarregados do trabalho estigmatizado como ‘’sujo’’, pois a morte não é vista com naturalidade pela sociedade em geral, conferindo à profissão um desprestígio por lidarem com esse fenômeno cotidianamente, além de terem um papel de extrema importância na organização e administração dos serviços fúnebres. Ocorre o contato direto com cadáveres/restos mortais, a realização de exumação, cavar as sepulturas, em virtude disso, esses trabalhadores estão alheios a exposição de sua saúde física; o coveiro precisa cuidados diferenciados em suas atividades, além de ficarem expostos a intempéries climáticas e a fatores estressantes que prejudicam sua saúde mental. Não há chuva ou sol que pare o trabalho deles, muitas vezes ficam expostos ao sol durante muitas horas, assim como não há hora para as atividades realizadas.

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Predominantemente realizada por homens, grande parte desses atuam na área por falta de oportunidades de emprego e baixa qualificação profissional, acarretando na precarização do trabalho, em que seus direitos são violados, como os baixos salários e condições ambientais inadequadas, que comprometem o desenvolvimento social dos trabalhadores. Essa profissão é reconhecida pela Legislação Trabalhista Brasileira através do Código Brasileiro de Ocupações (CBO-2002), registrada no Grande grupo 5- Trabalhadores dos serviços, vendedores do comercio em lojas ou mercados, as famílias 5165 referem-se a trabalhadores de serviços funerários e 5166 se refere aos trabalhadores auxiliares dos serviços funerários. Nesta última localiza-se a ocupação de coveiros, registrada sob o número 5166-10, modificada em 2002 com a revisão do CBO.

O reconhecimento tardio da profissão ressalta a condição de vulnerabilidade e falta de reconhecimento desses trabalhadores, a CBO sinaliza que as principais atividades desenvolvidas por esses trabalhadores são: constroem, preparam, limpam, abrem e fecham sepulturas. Realizam sepultamento, exumam e cremam cadáveres, trasladam corpos e despojos. Além de também serem responsáveis pela “conservação dos cemitérios, máquinas e ferramentas de trabalho. Zelam pela segurança do cemitério” (MTE/CBO, 2002). Como citado anteriormente, o trabalho é uma condição da própria existência do trabalhador, nesse contexto que os sepultadores ocupam tal função, sendo empurrados para ela por causa da própria organização/estrutura social. Ressalta-se também que em virtude da baixa escolaridade dos coveiros, faz com que esses não saibam ou tenham ciência de seus direitos e acabam por se submeterem a condições precárias de trabalho.

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Como diria Rabelo (2014), um dos elementos associados à profissão do coveiro é o preconceito social, que os veem como estranhos ou não os veem (invisibilizando-os), ocorre uma desvalorização desses trabalhadores, olhados com repulsa por trabalharem com a morte, a terra, o autor afirma também que os vivos e os mortos estão ligados por um sistema de crenças, construídos a partir das características socioculturais, que nesse caso olha a morte com horror e repulsa. Além disso, o trabalho com mortos envolve também riscos à saúde, uma vez que, esses trabalhadores estão expostos diariamente ao contato com bactérias de decomposição de corpos e aos desgastes psicológicos fruto do contato frequente com a morte.

No artigo “O trabalho com a morte: saúde e acesso aos direitos sociais dos trabalhadores de cemitérios” realizado em Florianópolis no cemitério de Parintins em 2015, os coveiros relatam a desvalorização e a falta de estrutura que enfrentam no seu dia-a-dia. Por falta de opção, esses trabalhadores vivenciam uma rotina de trabalho exaustiva embaixo de sol e chuva, sem roupas de proteção necessárias o que acarreta na exposição constante a bactérias de decomposição dos corpos e aos riscos de doenças. O presente artigo mostra também que ocorre um grande desamparo de seus direitos sociais garantidos pela Constituição de 1988, uma vez que, há uma ausência de informação sobre seus direitos trabalhistas, seus vínculos empregatícios com a prefeitura e muitos afirmam que suas carteiras de trabalho nunca foram assinadas.

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Uma reportagem feita pelo jornal Edição do Brasil no final de 2019 mostra o preconceito e a invisibilidade que os coveiros sofrem perante a sociedade. Nos relatos trazidos na reportagem, é colocado que a profissão é vista como “ruim” mesmo tendo como uma de suas funções possibilitar para à família uma despedida digna do falecido. Outra reportagem realizada pela UOL em maio de 2020, é mostrado como se encontra a saúde mental dos coveiros em tempos de pandemia. O aumento das mortes causadas pelo covid-19 mais que triplicaram a quantidade de sepultamentos realizados por dia, um dos coveiros na reportagem descreve que, antigamente ele realizava em média 3 a 4 enterros por dia, hoje chega a acontecer 32 no dia e em dias atípicos chegam a ocorrer mais de 60 sepultamentos.

O ritmo de trabalho durante a pandemia não diminui, não há tempo para descanso, emoções ou pensamentos. Na matéria feita pela UOL, os funcionários contam sobre como a rotina de trabalho encontra-se pesada e com poucas horas de descanso, o cansaço físico associa-se com o cansaço mental, pois, encontram-se sempre nervosos e tristes. A angústia causada pelo trabalho, acaba por refletir no âmbito familiar e acrescentam ainda que na pandemia as noites de sono vem piorando e a insônia faz cada vez mais parte de sua rotina, e outra coisa que preocupa os coveiros é o medo frequente de ser contaminado pelo vírus no trabalho e acabar por contaminar suas famílias. Na reportagem mostra ainda que, a prefeitura de São Paulo informa que o Serviço Funerário oferece encontros semanais gratuitos, realizados por estudantes de psicologia, que visa oferecer acompanhamento psicológico aos trabalhadores do cemitério.

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Para enfrentar as dificuldades no trabalho Iraha, Silva e Paula (2017) coloca que esses trabalhadores desenvolvem estratégias como mecanismos de defesa, sendo uma delas, a busca por afastar-se emocionalmente, tratando a morte com atitudes impessoais, muitas vezes diminuindo os corpos a partes de órgãos a procura de não enxergar o corpo como um todo. Outro modo de proteger-se do sofrimento fruto do trabalho colocado por Iraha, Silva e Paula (2017), são as estratégias de defesas coletivas que acontecem por meio da colaboração dos trabalhadores visando trazer uma modificação e transformação da concepção da realidade do sofrimento e outros mecanismos de defesa presentes são a religião e o uso constante e abusivo de bebidas alcoólicas.

Silva (2018) mostra que o consumo do álcool pode estar relacionado a indisciplina e ao absenteísmo e também como um meio de aliviar o mal-estar causado pelo trabalho. Outro modo de defender-se da desvalorização da profissão apresentado por Monteiro et al (2017) é a preferência dos coveiros por serem denominados como trabalhadores braçais, pois, ser visto como trabalhador braçal é mais satisfatório do que ser visto como coveiro, uma vez que, o termo coveiro socialmente é desmoralizado e desprestigiado, e vale ressaltar também que os mecanismos de defesa são utilizados como modo de lidar com as possíveis causas dos danos à saúde dos trabalhados, mas, não os isentam de um possível adoecimento psíquico.

Referências:

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaios sobre a afirmação e negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.

CATIVO, Cassia Karimi Vieira; WEIL, Andreza Gomes. O trabalho com a morte: saúde e acesso aos direitos sociais dos trabalhadores de cemitérios. Santa Catarina, 2015.

http://edicaodobrasil.com.br/2019/11/07/coveiros-relatam-preconceito-e-esquecimento-da-sociedade-com-relacao-profissao/

https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/saude-mental-dos-coveiros-em-meio-a-pandemia/#cover

IRAHA, Isabel de Santana; SILVA, Stéfany Cruz; PAULA, Patrícia Pinto de. Sentidos do trabalho dos coveiros: um estudo exploratório. Minas Gerais, 2017.

MONTEIRO, D.F.B. et al. O trabalho sujo com a morte: o estigma e a identidade no ofício de coveiro. Minas Gerais, 2017.

RABELO, E. A. Morte e mundo-da-vida: análise fenomenológica de experiências de coveiros no cemitério do Bonfim. Minas Gerais, 2014.

SILVA, José Miguel Rosalvo da. Sepulta-a-dor: reflexões sobre os possíveis efeitos do trabalho como coveiro. Campina Grande, 2018.

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CAOS 2019 aborda um olhar sobre a Neoescravidão

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O tema abordado tratou sobre como a escravidão ainda é algo muito presente em nosso cotidiano, mas não é vista com os mesmos olhos.

No dia 23 de maio, aconteceu na sala 219 do CEULP/ULBRA a sessão técnica Trabalho escravo urbano: um olhar para a neoescravidão, trabalho elaborado por Sarah Fernandes Britto, bacharela em Direito e mestranda em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos. A sessão técnica foi mediada pela Profa. Me. Thaís Moura Monteiro e contou com a presença da Dra. Liliam Deisy Ghizoni, da UFT.

O tema abordado tratou sobre como a escravidão ainda é algo muito presente em nosso cotidiano, mas não é vista com os mesmos olhos pois nem sempre os indivíduos contemporâneos param para refletir a respeito das condições de trabalho que são impostas pelas empresas que os contrata (em sua maior parte terceirizadas). Essa realidade é bastante recorrente em empresas voltadas para a construção civil e no meio rural, com trabalhadores pouco instruídos e que necessitam desse possível salário ofertado.

Fonte: Arquivo Pessoal

No Tocantins, práticas como essas ainda são bastante comuns em algumas cidades do interior e até mesmo na capital. Alguns dados apresentados sobre o Tocantins mostram que o estado já ocupou o quarto lugar no ranking de incidência de trabalho escravo com um total de 2.242 trabalhadores libertados em condições de trabalho escravo e outros trabalhadores tocantinenses já foram resgatados em outros estados da federação.

Com isso é possível ver o quão importante é o trabalho de profissionais da psicologia que atuam juntamente com a justiça, fazendo com que o trabalho de empresas seja fiscalizado e exigindo uma condição digna de execução do serviço desses trabalhadores.

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