Quando ocorre uma verdadeira revolução pelo princípio da Inclusão

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O documentário “Crip Camp: Revolução pela Inclusão” foi produzido nos Estados Unidos em 2020 e disponibilizado na plataforma Netflix neste mesmo ano. Este documentário traz uma série de memórias audiovisuais da década de 1970, sob a produção e direção de Nicole Newnham e James Lebrecht, um cadeirante que se utilizou de suas recordações de um acampamento de verão exclusivo para pessoas com deficiência, e mais tarde como este acampamento influenciou o movimento pela luta política em defesa dos direitos civis.

O acampamento Jened era o único naquele período destinado a esses jovens e adultos com necessidades especiais, se iniciando na década de 50 e em 1977, fechado em decorrência de questões financeiras. Lebrecht inicia o documentário falando da sua deficiência e das barreiras encontradas durante o seu crescimento, em termos de escola e sociedade, e o momento em que descobriu e participou pela primeira vez de Jened, deixando claro como “este campo mudou o mundo e ninguém sabe a sua história”, que é contada no decorrer do documentário.

De acordo com Barbosa e Moreira (2009), “quando se trata de pessoas com deficiência, os processos excludentes são ainda mais perversos.” Esse pressuposto fica bastante evidente no documentário, quando Lebrecht entrevista os campistas no acampamento, e estes retratam suas deficiências e os modos excludentes da sociedade naquela época que até então não existiam leis que garantissem a inclusão, como acesso a escolas, rampas nas ruas e acesso aos ônibus.

Durante o documentário e o relato dos participantes sobre o acampamento, eles colocavam que ali era um lugar onde não existia mundo externo, que era uma oportunidade para fazer coisas diferentes, que os adolescentes pudessem ser adolescentes sem os estereótipos e rótulos existentes. E que lá eles perceberam que o problema não era com as pessoas que possuem deficiência, mas sim as que não possuem.

Fonte: encurtador.com.br/glwW9

Na primeira parte do documentário são mostrados fotos e vídeos do campus bem como a história de vida de alguns campistas, e acima de tudo a vivência desses jovens sem a presença de seus pais ou responsáveis durante os dias de acampamento, o ciclo de amizades, descobertas e sexualidade, numa dinâmica onde poderiam fazer o que quisessem tornando o documentário muito além do que “pessoas que necessitavam de piedade”, mas de um grupo de jovens que possuem sentimentos, inseguranças e que são otimistas, como todos da sociedade naquela época em que predominava o contexto político e de guerra.

Outro ponto bastante retratado era referente à educação, no qual cita a vontade em cursar escolas como as outras crianças, no entanto algumas questões eram levadas em consideração , seja pelo uso de cadeira de rodas (que algumas instituições não aceitavam) e dessa forma eram ensinadas em casa pelas mães, e em outros casos, pelas vagas limitadas em escolas especiais, e estas eram localizadas no porão das instituições escolares. Um campista em um de seus relatos diz: “as crianças normais eram chamadas de ‘crianças de cima’ pois ficavam sempre acima de nós”. Trazendo um pouco para o nosso contexto aqui no Brasil, a educação inclusiva, segundo Mantoan (2000), (…) inicia-se no século 19, quando os serviços dedicados a esse segmento de nossa população, inspirados por experiências norte-americanas e européias, foram trazidos por alguns brasileiros que se dispunham a organizar e a implementar ações isoladas e particulares para atender a pessoas com deficiências físicas, mentais e sensoriais. (MANTOAN, 2000).

Fonte: encurtador.com.br/exRW5

Izabel Maria (2010), secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no livro “História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil”, coloca que o que despertou nas pessoas com deficiência estabelecerem grupos e promoverem uma forte mobilização de participação política no âmbito do processo de redemocratização do Brasil foi elas serem vistas por muitos anos com desconsideração e afronta quanto aos seus direitos.

Podemos ver isso bem claro nos Estados Unidos, explícito no documentário, onde não eram aceitos em escolas, tinham dificuldades em vários acessos, e quando iniciaram o Movimento das Pessoas com Deficiência, achavam que por meio de ameaças eles iriam desistir do que queriam, era só virar as costas que ninguém insistiria.

Algumas falas feitas no documentário deixam clara a colocação do parágrafo anterior, como a questão de quando crescem com deficiência eles não são considerados um homem ou uma mulher, e que é difícil começar qualquer tipo de relação pelo fato de ser visto como um deficiente e não como uma pessoa com deficiência, e segundo filmes que começaram a serem lançados na época e programas de televisão os deficientes eram colocados como pessoas que deveríamos sentir pena e medo.

A segunda parte do documentário mostrou um pouco sobre a história do movimento político das pessoas com deficiência física e como o acampamento Jened com toda a sua flexibilidade e integração influenciou na busca pelos direitos, já que alguns  campistas estavam à frente das manifestações.

Fonte: encurtador.com.br/ahJK8

Judy Heumann (1977), na manifestação no qual invadiram o gabinete quando a lei foi ignorada porque não queriam ter gastos com o projeto de reabilitação e antidiscriminação, coloca que pessoas com deficiência sentem todos os dias que o mundo não nos quer por perto. Sempre vivemos com essa realidade, pensando se vamos sobreviver se vamos revidar e lutar para estar aqui, essa é a verdade. Se quiser chamar de raiva, eu chamo de motivação, é preciso estar disposto, se não vai conseguir. (HEUMANN,1977).

No Brasil no fim da década de 70 também houve movimentos políticos em prol dos direitos das pessoas com deficiência, sendo o maior deles intitulado “Nada sobre nós, sem nós”.  Segundo Sassaki, (2011), o lema “Nada sobre nós, sem nós” comunica a idéia de que política alguma deveria ser decidida por nenhum representante sem a plena e direta participação dos membros do grupo atingido por essa política. Assim, na essência do lema está presente o conceito de participação plena das pessoas com deficiência.

O movimento político das pessoas com deficiência no Brasil aos poucos foi ganhando força e teve grande motivação após a ONU em 1981 proclamar aquele sendo o Ano Internacional das Pessoas Deficientes. Vale lembrar que o país ainda estava em tempos de ditadura militar no qual se prevalecia à censura e falta de liberdade no país, sendo assim havia um movimento não só das pessoas com deficiência, mas da maioria populacional do Brasil.

Segundo Junior (2010), os movimentos sociais, antes silenciados pelo autoritarismo, ressurgiram como forças políticas. Vários setores da sociedade gritaram com sede e com fome de participação: negros, mulheres, índios, trabalhadores, sem-teto, sem-terra e, também, as pessoas com deficiência. Esse processo se reflete na Constituição Federal promulgada em 1988. A Assembléia Nacional Constituinte (1987-1988), envolvida no espírito dos novos movimentos sociais, foi a mais democrática da história do Brasil, com canais abertos e legítimos de participação popular.

Fonte: encurtador.com.br/sSY79

A Constituição Federal de 1988 é denominada como Constituição Cidadã e é ela que rege todo o ordenamento Jurídico do Brasil, sendo assim trouxe também um princípio de proteção às pessoas com deficiência. A partir da nova Constituição vale destacar a Lei 7.853/89 na qual garante o direito ao trabalho, à educação e garantia dos mesmos direitos civis para pessoas com deficiência desde 1989, sendo assim tal lei vem com intuito de igualdade na qual tem como objetivo a não descriminalização dessas pessoas, tendo no parágrafo c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de pessoas portadoras de deficiência.

A mais recente Lei que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência é a lei 13.146 de Julho de 2015, destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. (Brasil 2015).

 Em meio a tudo isso, pode-se dizer que houve um grande avanço em relação à forma legislativa na qual eram tratadas as pessoas com deficiência, porém, como qualquer constituição e leis, estas demandam de aprimoramento constante.

Fonte: encurtador.com.br/cfCDP

Vale ressaltar aqui o que essas Leis e avanços têm se mostrado na prática, visto que há uma questão fortemente apontada e criticada em relação à eficácia da inclusão, pois, na prática, o que ainda se tem visto em grande escala é a integração social. Segundo Sassaki (2004), o paradigma da integração social consiste em adaptarmos às pessoas com deficiência aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade por parte de algumas dessas pessoas, criarmos  sistemas  especiais  separados  para  elas.  Neste sentido, temos  batalhado por políticas,  programas,  serviços  e  bens  que  garantissem  a  melhor adaptação  possível  das pessoas com deficiência para que elas pudessem fazer parte da sociedade. (SASSAKI, 2004).

Enquanto o ideal seria uma inclusão social, onde Sassaki (2004) conclui que “o paradigma da inclusão social consiste em tornarmos a sociedade um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e condições na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades.” Assim são denominados os inclusivistas que estão à frente das mudanças, seja dos bens, tecnologias ou estruturas sociais de bem comum.

Durante o documentário em vários diálogos é perceptível que só a integração não basta, embora tenha sido um modelo inicial, não é o modelo ideal, visto que o que as pessoas com deficiência buscam vai, além disso, de banheiros com assentos para deficientes e rampas de acesso, deve-se pensar também na equidade já que tal princípio é um grande norteador dos Direitos Humanos Universais.

FICHA TÉCNICA

CRIP CAMP: REVOLUÇÃO PELA INCLUSÃO

Título Original: Crip Camp: A Disability Revolution
Direção: James LebrechtNicole Newnham
Elenco:  Larry Allison, Judith Heumann, James LeBrecht, Denise Sherer Jacobson e Stephen Hofmann.
Ano: 2020
País: EUA
Gênero: Documentário

REFERÊNCIAS

BARBOSA, A. J. G.; MOREIRA, P. de S. Deficiência mental e inclusão escolar: produção científica em Educação e Psicologia. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 15, n. 2, p. 337-352, maio/ago. 2009.

BRAGA, Mariana Moron Saes; SCHUMACHER, Aluisio Almeida. Direito e inclusão da pessoa com deficiência: uma análise orientada pela teoria do reconhecimento social de Axel Honneth. Soc. estado.,  Brasília ,  v. 28, n. 2, p. 375-392,  Aug.  2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922013000200010. Acesso em 20 de Abril de 2020.

BRASIL. Lei. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 de jul.2015. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/DOU/2015/07/07 Acesso em 20 de Abril de 2020.

JÚNIOR, Mário Cléber. História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. 2010.

MANTOAN, Maria. Teresa. Eglér. Análise do documento – Parâmetros Curriculares Nacionais – Incluindo os excluídos da escola. FE/UNICAMP: 2000.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Pessoas com deficiência e os desafios da inclusão. Revista Nacional de Reabilitação, ano VIII, n. 39, 2004. Disponível em: https://docplayer.com.br/16418200-Pessoas-com-deficiencia-e-os-desafios-da-inclusao.html Acesso em 20 de Abril de 2020.

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A sexualidade e os estereótipos estabelecidos na velhice

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O medo de envelhecer e de se relacionar é decorrente da quantidade de mitos que foram impostos ao longo dos séculos

O envelhecimento é um evento natural e, segundo Duarte (2008), “[…] é universal, por ser natural, não depende da vontade do indivíduo, todo ser nasce, se desenvolve, cresce, envelhece e morre. É irreversível, apesar de todo o avanço da medicina […]”, de modo que é carregado de mudanças biológicas, psicológicas e sociais, ainda que os estereótipos nessa fase permeiam um imaginário social, no qual o corpo novo, branco, sadio e com uma sexualidade voltada exclusivamente para o aparelho genital, assumem uma prepotência no que diz respeito a sexualidade na velhice. Logo,  a sexualidade é um termo abrangente e se mantém em um processo contínuo, apesar de cada indivíduo possuir um modo de coletar informações e assimilá-las de acordo com a sua história.

Ao longo da vida, o corpo passa por uma série de transformações, chegando na fase de senescência com paradigmas formados, de maneira que os conteúdos e pensamentos já adquiridos, em alguns casos, se encontram fechados e com difícil acesso em decorrência das dificuldades estabelecidas durante tal formação, acarretando a complexidade em falar sobre o assunto.

É difícil imaginar algum familiar praticando o ato sexual como, por exemplo, os avós; de certa forma se torna algo constrangedor, e este tipo de fator se atrela aos fantasmas existentes na sociedade, pois o desejo de se expressar, e o pertencimento corporal se tornam ponderações, e a vergonha, o medo de sentir desejo já nesta fase da velhice, reflete nos preconceitos socioculturais.

Fonte: encurtador.com.br/aeyBM

Bosi (2001) retrata muito bem esse fator, ele afirma que cada sociedade vive de forma diferente e que “a sociedade industrial é maléfica para a velhice […]”,  uma vez que a sociedade não aceita o idoso pela dificuldade corporal de produção. Para uma maior análise se faz relevante enfatizar como esse processo sociocultural foi determinado, e como tais representações culminam na gerontofobia. Na Idade Média, a sexualidade feminina segundo a Igreja era considerada um ato divergente para o meio social, pois a mulher teria que se manter virgem e pura até o casamento e após este, eram influenciadas a não sentir prazer, sendo sua utilidade somente a de procriação, criação dos filhos e manutenção do lar.

Dalarun (1993) afirma que “o prazer é antes e mais, o prazer do homem”, e nesse contexto de domínio patriarcal, cabendo aos homens ser o provedor e protetor do lar, direitos lhe eram garantidos, como a liberdade de garantir seu prazer com outras mulheres fora do casamento.

Embora estejamos na sociedade contemporânea, muitos dos valores impostos naquela época, se perpetuam até hoje, principalmente os que se referem à sexualidade de um casal, ainda mais se estes forem idosos. Tabus que se desenvolveram e se transformaram em estereótipos, insistem no padrão jovem sexual, e ao idoso atribui a vulnerabilidade corporal e mental.

Fonte: encurtador.com.br/kzW07

Partindo desse pressuposto, Martins e Rodrigues (2004) enfatizam que “no caso dos idosos a valorização dos estereótipos, projeta sobre a velhice uma representação social gerontofóbica, contribuindo para uma imagem que eles têm de si próprio”, ou seja, o medo de envelhecer e de se relacionar é decorrente da quantidade de mitos que foram impostos ao longo dos séculos.

A sexualidade do homem nesta fase da senescência torna-se um pouco mais complexa que a da mulher em detrimento de questões culturais, como citado nos parágrafos anteriores. De acordo com Nascimento (2019), a ereção e a sustentação do pênis são características e autorreferência dos homens, no entanto ao perceberem a dificuldade em se desenvolver sexualmente e a debilidade em se manter erétil acaba gerando sentimentos de angústia e medo; vale ressaltar que para chegar a tal esfera não irá depender somente da idade, como também da genética e fisiologia do indivíduo. Ainda que na sexualidade masculina haja essa complexidade, as mulheres também passam por impasses que de certo modo tem um impacto significativo em suas vidas. Autoestima baixa, mudanças hormonais, são alguma delas, e assim como no homem são capazes de gerar angústia e sofrimento.

E para que haja um maior entendimento sobre temas que estão relacionados à velhice, se faz necessário que estes idosos tenham acesso a essas discussões, e assim consigam integrar a mente e o corpo auxiliando no sistema de automonitoramento e até mesmo de prevenção. É entender que a estimulação sexual pode ser alterada naturalmente, é ter um conhecimento sobre o próprio corpo no que se refere à sexualidade de forma ampla.

Tais compreensões se tornam formas de suavizar atos afetivos com o companheiro (a), de maneira que o desejo seja expresso em sua totalidade e a comunicação sobre a sexualidade não seja apenas um tabu dentro da relação. Ainda que haja um medo de se relacionar sexualmente com outra pessoa nesta etapa da vida, a ampliação dos avanços tecnológicos e a busca por medicações que diminuem a impotência e consequentemente aumentam a libido, vêm trazendo uma série de riscos e um aumento significativo de doenças. Como dizem Dornelas Neto et al. (2015) […] “a ocorrência de práticas sexuais inseguras contribui para que essa população se torne mais vulnerável às infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST)”.

Segundo os autores, o Brasil desenvolveu estratégias voltadas para este público, porém campanhas preventivas e estudos mais aprofundados não são repassados da maneira que deveriam. Dessa forma, o baixo nível de informações passadas a essas pessoas, ações preventivas do uso e da importância de preservativos, pode contribuir para um aumento ainda maior de casos tornando-se uma questão de saúde pública.

Assim como são feitos exames de rotina, a busca por um profissional que possua uma escuta científica permitirá relacionamentos sociais e sexuais saudáveis, independente de ser ou não acompanhada de um conjugue, visto que em alguns casos o indivíduo é viúvo, mas que ainda sim sente a necessidade de prolongar o desejo sexual com outros parceiros.

Fonte: encurtador.com.br/a0469

É importante destacar que nem todo ser tem o desejo sexual como a maior parte da população, estas pessoas se denominam como assexuadas. Uma das explicações se pauta em traumas e desequilíbrios de cunho hormonal. Rocha (2018) enfatiza que a […] “assexualidade não é uma escolha. Além disso, essas pessoas também podem se apaixonar normalmente, tendo como diferença das relações tradicionais apenas o fato de não sentir atração sexual.”, no entanto estas demonstram sentimentos através do afeto, do toque, do beijo etc., e elas se sentem bem assim.

A sexualidade se encontra presente ao longo da vida, e os idosos não devem se privar e atrelarem o fato as questões biológicas e sociais, tornando-se gerontofóbicos, com medo dessas relações. No entanto deve-se considerar a história de vida desses indivíduos e o modo que a sexualidade venha interferir, se de forma positiva ou negativa. Podendo acreditar na mudança e trabalhar os medos e os processos que o constituem com um profissional adequado, ou até mesmo dentro do grupo que estão inseridos, desmistificando o poder midiático socialmente exposto diariamente de que na velhice não há a prática sexual ,quebrando deste modo os tabus transgeracionais.

REFERÊNCIAS:

BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

DALARUN, Jacques. Olhares de clérigos. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (dir). História das mulheres no ocidente: a média. Porto: Afrontamento, 1993, 2v.

DORNELAS NETO, Jader et al. Doenças sexualmente transmissíveis em idosos: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 20, n. 12, p.3853-3864, dez. 2015. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320152012.17602014.

DUARTE, L. T. Envelhecimento: processo biopsicossocial. Trabalho de Conclusão para o Curso Virtual “Educación para el Envejecimento”. 2008. Disponível em: http://www.psiconet.com/tiempo/monografias/b rasil.htm. Acesso em 04/06/2019.

MARTINS, Rosa Maria Lopes, RODRIGUES, Maria de Lurdes Martins. Estereótipos sobre idosos: uma representação social gerontofóbica. Ed. Instituto Politécnico de Viseu, 2004.

NASCIMENTO, Antonio Carlos do. O Envelhecimento e a sexualidade masculina. 2019. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/o-envelhecimento-e-a-sexualidade-masculina/ Acessado em 10/06/2019.

ROCHA, Giovani. Você sabe o que é uma pessoa assexuada? 2018. Disponível em: <https://www.altoastral.com.br/voce-sabe-pessoa-assexuada/>. Acesso em: 10 jun. 2019.

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Tecnologia inclusiva na perspectiva de Skinner

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Fazer o uso da tecnologia no ambiente escolar está se tornando cada vez mais necessário, uma vez que a geração Z nasceu e está crescendo nesse meio

O Conselho Nacional de Educação (CNE), por meio da resolução n°2 do ano de 2002, delimitou o significado de educação inclusiva, na qual é um conjunto de recursos e serviços educacionais a fim de fornecer apoio, complementação, suplementos e substituição de serviços educacionais comuns, uma vez que este modelo não inclui alunos portadores de deficiências. Por meio dos subsídios da educação especial, é possível desenvolver as potencialidades dos educandos que se incluem como pessoas com deficiência e consequentemente há a garantia da educação formal a todos, sem exceção (CARVALHO, 2017, p.21).

A lei federal n° 10.845, de 5 de março de 2004 criou um programa voltado à pessoas com deficiência a fim de garantir a universalização do atendimento a essa classe de alunos e por meio disto fornecer a integração em classes comuns de ensino regular. Contudo, é notável alguns problemas comuns na tentativa de inclusão dos alunos tidos como especiais, incluído principalmente o despreparo dos professores no ensino regular ( CARVALHO, 2017, p.22).

Além disso, há dois grandes eixos na formação de docentes antes de se inserir na sala de aula. O primeiro diz respeito a classe generalista, e é aquele preparo básico, comum ao ensino regular. O segundo é relativo a classe de “especialistas” que apreendem e aplicam as necessidades educativas especiais na inclusão dos alunos portadores de deficiência (GLAT; NOGUEIRA, 2003, p.135).

Fonte: encurtador.com.br/qrvX0

A formação clássica do docente exclui a inclusão desse tipo de aluno, visto e rotulado como defeituoso, anormal e deficiente, uma vez que a sua deficiência o define e o delimita na percepção do professor. O aluno que era tido como normal e saudável era aquele que não apresentava nenhuma dificuldade nos processos de ensino aprendizagem, o que é totalmente utópico e disfuncional. Com a manifestação das dificuldades de aprendizagem, houve a exclusão dos alunos tidos como especiais e anormais (KASSAR, 2011, p.69).

O professor da classe “normal” aprende a lidar com alunos sem nenhum transtorno cognitivo ou deficiência física e dentro dos padrões de ensino aprendizagem, e é isso que é visto na graduação. Já os professores tido como “especialistas” atendem a classe considerada anormal e com distúrbios de aprendizagem e consequentemente com métodos de ensino aprendizagem diferenciados, pois demandam necessidades educacionais especiais (ROCHA, 2017, p.5).

Contudo, essa classe de professores tendem a considerar apenas o diagnóstico do aluno classificado como especial. E isso acaba sendo um fator limitante para esse aluno, uma vez que suas potencialidades são negligenciadas, pois a escola apresenta apenas as condições daquilo que ele não pode fazer. Fica em omissão as possibilidades de se trabalhar suas capacidades alternativas a fim de reintegrar esse aluno a uma classe regular (GLAT; NOGUEIRA, 2003, p. 138).

Fonte: encurtador.com.br/elsBE

De acordo com Fonseca Filho (2007) a acessibilidade à informação e ao conhecimento é a variável mais poderosa, ou seja, é ela quem vai definir a exclusão ou inclusão dos indivíduos. Ficar de fora do fluxo das informações faz com que quem trabalhe ‘’por fora’’ da tecnologia fique assinérgico, em se tratando dos processos. Aquisições de universalização de serviços que criem oportunidades de inclusão e promovam a alfabetização digital são bem-vindas. É necessário potencializar e massificar as ações que trabalham no âmbito da alfabetização digital, uma vez que não deva haver a possibilidade de termos uma quantidade maior de tecnologia a ser administrada em contrapartida a uma minoria que a domine.

Tecnologia: Conceitos e avanços

Para uma melhor compreensão sobre esta ferramenta que vem inovando desde os tempos antigos, vale enfatizar sua etiologia, bem como seus significados. De acordo com Blanco e Silva (1993) a tecnologia é de origem grega, sendo téchne caracterizado como um ofício e até mesmo uma arte, e logia, como o estudo de algo. Já o dicionário online Michaelis, a tecnologia, refere-se á:

1-         Conjunto de processos, métodos, técnicas e ferramentas, relativos a arte, indústria, educação etc;

2-         Conhecimento técnico e científico, e suas aplicações a um campo particular;

Sendo assim, podemos definir a tecnologia como o uso de técnicas e conhecimentos, que tem como objetivo o aperfeiçoamento e promoção do trabalho,

seja ele com o uso da arte, ou com finalidade de resolução e/ou execução de uma determinada tarefa ou problema.

O mais conhecido marco no que diz respeito à evolução tecnológica trata-se da invenção e aperfeiçoamento da roda, esta prática facilitou o transporte de pedras, colheitas, mercadorias, além de cargas e peças de cerâmicas pesadas, juntamente com o uso das carroças, passando a levar uma maior quantidade de objetos em seu interior.

Fonte: encurtador.com.br/kqK13

No entanto vale ressaltar que a tecnologia não surgiu somente como uma ferramenta de aperfeiçoamento e facilitação do uso de instrumentos. A guerra é o maior exemplo disso, como a criação de máquinas de destruição cada vez maiores e mortíferas assim como os tanques de guerra, bem como ferramentas e armas, que redundaram não somente para os benefícios da humanidade.

No séc. XX,  foi notório o destaque da tecnologia da informação, assim as tecnologias digitais passaram a modificar as relações sociais, levando em consideração as questões de tempo e espaço, pois tal uso nos permite a ampliação e descoberta de novas informações de modo instantâneo, embora apresente cada vez mais preocupações, como o excesso de informações, o uso indevido e a redução da privacidade, necessitando ainda de estudos, aperfeiçoamentos e o saber utilizar de maneira correta.

Tecnologia nas escolas

A tecnologia tem uma grande presença na nossa sociedade atual, estão em todos os espaços, no trabalho, lojas, casas; como computadores, celulares, fones de ouvidos bluetooth, etc. Fazer o uso da mesma no ambiente escolar está se tornando cada vez mais necessário, uma vez que a geração Z nasceu e está crescendo nesse meio (FRANÇA, 2018)

Fonte: encurtador.com.br/gsBE4

Segundo Aguiar e Passos (2014, apud JÚNIOR 2005) a tecnologia não é definida   apenas pelos equipamentos como computadores ou máquinas, sempre esteve presente nas nossas vidas desde objetos considerados rudimentares aos computadores e celulares, a tecnologia faz parte de um processo criativo e abrangente, está inserida de forma simbiótica com seres humanos afetando nas relações, podendo tornar as vivências mais simples e auxiliando nas resoluções de problemas.

A função de mais importância da escola é fazer essa ponte entre os alunos e a cultura da sociedade em que está inserido, e tendo o conhecimento de que a tecnologia ganha cada vez mais espaço, a adesão da mesma se torna indispensável dentro da instituição, e quando se entra no âmbito da tecnologia inclusiva é intensamente necessária a introdução para a obtenção de resultados positivos no que se refere a aprendizagem do indivíduo.

A utilização das tecnologias educacionais encontrou-se reconhecido baseado em duas conjunturas; a primeira se encontra relacionada à aplicação dos meios pelos meios, e a segunda relacionada a “família” para responder aos impasses educacionais (VILLELA, GUERREIRO, 2013).

Fonte: encurtador.com.br/wEUV7

Outro aspecto relacionado a tecnologia foi difundida no brasil em meados dos anos de 1980, no momento em que a  tecnologia educacional era vista  principalmente  como a conexão entre aspectos tecnológicos e educação, a qual se materializa em uma totalidade de  proatividade, eficiência, composta por uma dinâmica, acessível e aberta de concepções e processos de ações educativas decorrentes dos investimentos no conhecimento científicos e estruturados para a solução ou encaminhamento de soluções para problemas educacionais (BERSCH, 2013).

Dentro do quadro educacional, são incontáveis os desentendimentos sobre as múltiplas proporções  das finalidades da tecnologia inclusiva, também conhecida como assistiva educacional, que nada mais é que  ferramentas que incentivam a capacidade  dos processos de ensino e de aprendizagem. Ainda possibilitam inovações que podem ser usadas nos momentos de planejamento.

Avaliações dos métodos e processos de escolarização, respeitando o processo subjetivo e singular de aprendizagem dos indivíduos, o que possibilita ainda a melhor dinamização das atividades grupais, promove o desenvolvimento de pesquisas, habilidade de planejamentos e resoluções e a interdisciplinaridade (BERSCH, 2013).

A utilização das inovações tecnológicas, têm significativamente influenciado a educação especial, essencialmente na transformação do atendimento educacional especializado que de acordo com a contemporânea organização pedagógica inclusiva, apropria-se da obrigação de serviço de assistência para a educação regular, que no caso, contribui para a aprendizado dos alunos com deficiência que estão nas salas regulares de ensino (VILLELA, GUERREIRO, 2013).

Fonte: encurtador.com.br/cxFV9

A tecnologia inclusiva, também conhecida como assistiva, é uma expressão nova utilizada para referenciar todos os recursos que contribuem para o desenvolvimento de habilidades funcionais de sujeitos com deficiência (BERSCH, 2017). No Brasil há um Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) constituído pela portaria N° 142, de 16 de novembro de 2006.

A tecnologia assistiva é um âmbito do conhecimento, que possui um aspecto de interdisciplinaridade que promove a junção de produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, direcionadas às práticas e ações de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, promovendo a esta autossuficiência, independência, qualidade de vida e inserção social. Dessa forma, fundamenta-se em um instrumento de extrema importância para o ensino regular  assim como para os demais alunos com deficiência, possibilitando a garantia e o acesso aos  materiais e conteúdos curriculares (VILLELA, GUERREIRO, 2013)..

Contribuições de Skinner para a Educação

As pesquisas sobre comportamento e sua aplicação na educação dentro da abordagem behaviorista iniciou com Burrhus Frederic Skinner, mais conhecido como fundador do Behaviorismo radical, corrente de pensamento que se utilizava de sua prática em consultórios e nas escolas. O Behaviorismo estuda o comportamento (behavior, em inglês), partindo do princípio de que todo estímulo gera uma resposta e isso concebe o comportamento.

Fonte: encurtador.com.br/cJPUV

Em relação a educação,  Skinner afirma que educação é o estabelecimento de comportamento que seja vantajoso para o indivíduo e para os outros em um tempo futuro (1969 a, p. 402). Para ele a aprendizagem se dá através dos estímulos e reforçadores, do qual  as respostas a eles podem ser desejáveis e indesejáveis. O reforço para Skinner consiste em qualquer evento que aumenta a probabilidade da ocorrência de um determinado comportamento (LA ROSA, 2003). No entanto a autora enfatiza que,  aprender é algo muito mais amplo, pois é a forma de o sujeito aumentar seu conhecimento, nesse sentido, a aprendizagem faz com que o sujeito se modifique, de acordo com a sua experiência (LA ROSA, 2003).

Para Skinner o comportamento é influenciado pelos estímulos reforçadores ou punitivos, no que tange a utilização desse método na educação, a aprendizagem pode ser concebida conforme esses reforçadores e punidores forem se manifestando no ambiente.

Pensando na perspectiva de ressaltar ainda mais as contribuições de Skinner a Autora Melania Moroz, escreveu um artigo em 1993 intitulado “Educação e autonomia: relação presente na visão de B.E Skinner” que aborda três principais aspectos contribuições de seus estudos para com a educação: relação educando e educador; o comportamento estabelecido deve ser vantajoso para  quem receberá o conhecimento e também para os demais  indivíduos;  a educação não deve ocorrer apenas em tempo presente, os agentes educativos podem atuar de forma constante e trazer vantagens para o futuro.

Fonte: encurtador.com.br/yDR79

Dizer que educar envolve a atuação de alguém em relação a outrem – o primeiro dos itens assinalados – é colocar em foco, no pensamento de Skinner, o papel dos agentes educativos enquanto atuação planejada, tanto em termos da definição dos comportamentos a serem estabelecidos, quanto em termos das condições ambientais necessárias ao seu estabelecimento (MOROZ, 1993).

Contudo, o emprego dessa abordagem de modo descomedido trouxe mais conflitos, do que desenvolvimento, pois para o behaviorismo,

Instruir significa instalar, alternar e eliminar comportamentos. Planejar a instrução implica estabelecer sob quais condições os comportamentos são ou não adequados/corretos para produzir alterações ambientais capazes de manter uma intenção permanente (manutenção do que foi aprendido). (LUNA, 2002, p. 60).

Ao falar sobre o trabalho docente Skinner também critica  o método utilizado por alguns deles, chamado de “mande ler e verifique”, principalmente nas universidade. Pois tais metodologias não auxiliam o aluno no processo de aprender e no final ele tem que se virar sozinho para entender os conteúdos. Levando a um eventual fracasso, sem que com isso sejam levantadas reflexões acerca do que os professores poderiam fazer para facilitar e mesmo garantir a aprendizagem. Nas palavras de Skinner: “nós não ensinamos, nós meramente criamos uma situação em que o estudante ou aprende ou é condenado” (Bjork, 1997 apud  Flores, 2017).

Skinner (1973/1978a) ressalta que o mero contato com o ambiente não é a forma mais eficaz para que os estudantes aprendam tudo que pretendemos ensinar para futuras gerações. Apenas os condicionantes externos e internos não serão suficientes para ensinar vários aspectos de conhecimento para os indivíduos.

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Dessa forma, Flores (2017) faz uma enumeração de três considerações importantes para atuação do psicólogo escolar analista do comportamento, e finaliza apresentando uma proposta já consolidada na área, o Suporte Sistêmico a Comportamentos Positivos (SWPBS – School-Wide Positive Behavior Support). Ela apresenta, portanto, três considerações que serão descritas a seguir.

O foco deve estar na aprendizagem: a autora sugere que a escola, com a ajuda do psicólogo escolar livre-se de “contingências cerimoniais” que exigem do aluno comportamentos que apenas reforçam sua submissão e obediência a qualquer custo e que mantenha, na medida do possível, apenas “contingências tecnológicas” que vão de fato ser úteis para promover aprendizagem. Um exemplo é o levantamento feito por Ravthon (1999) que descreve uma série de intervenções baseadas em evidências para ensino de escrita.

O comportamento não deve ser concebido como intrínseco ou imutável: é comum que psicólogos sejam chamados na escola para realizarem avaliação e diagnósticos em crianças com dificuldades no processo de escolarização. Essa postura está pautada na concepção de que o problema está na criança e, portanto, ceder a ela é atuar para fortalecer a estigmatização.

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Na busca por encontrar outros culpados e superar essa estigmatização, psicólogos e professores encontram na família um bode expiatório que proverá a explicação menos individualizada. Em ambos os casos o problema permanece, as contingências vividas na escola tendem a se manter e o tratamento/intervenção ainda é realizado sobre a criança e pouco é feito para modificar as práticas culturais escolares que geram o fracasso e os desajustamentos. Crone e Horner (2003) propõem que o ensino da abordagem funcional do comportamento pode ajudar professores a encontrar novas formas de interpretar a relações e planejar intervenções melhor contextualizadas.

O olhar deve ser funcional: o estudo do comportamento tem tornado evidente a relação funcional que se estabelece entre as ações do indivíduo e suas condições antecedentes e consequentes. Analistas do comportamento utilizam a análise de contingências, ou análise funcional, para compreender melhor o comportamento e suas razões e assim poder intervir sobre sua ocorrência de forma mais acertada. A autora do texto apresenta bons exemplos de como essas relações funcionais são ignoradas na formulação das queixas escolares e através de um caso narrado exemplifica como é possível elucidar relações de reforço que passam despercebidas na rotina, mas que são muito importantes para compreender como as queixas se estabelecem.

Conclusões

Pensando na tecnologia inclusiva faz- se necessário evidenciar que o uso delas na educação ainda é discutido, porém dentro da educação inclusiva, se faz necessária, já que milhares de alunos utilizam das diversas formas de tecnologia para desenvolver seus conhecimentos, para mostrar suas competências e aptidões, para socializar e para estar de modo participante na sociedade (BERSCH, 2013).

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A realidade é que a utilização da tecnologia abre espaço para o fortalecimento do vínculo professor e estudantes, deixando a posição de inativos para participativos. Com o auxílio crucial e facilitador da tecnologia, a educação inclusiva pode ser aplicada de forma eficaz, uma vez que contribui para trabalhar as potencialidades e habilidades alternativas do aluno portador de deficiência.

A tecnologia não só acarreta essa assistência a educação especial e inclusiva, mas também trabalha e envolve o desenvolvimento da criatividade dos estudantes. Essa ferramenta pode proporcionar a eles uma certa autonomia sobre o conhecimento estudado e aplicado, e os mesmos podem até mesmo manipulá-los, de acordo com suas necessidades, como a criação de aplicativos eletrônicos para pessoas mudas.

Referindo-se à instituição educacional, Skinner diz que mais do que transmitir conhecimentos, ela ensina a pensar estabelecendo “… um repertório especial que tem como efeito a manipulação de variáveis que encorajam o aparecimento de soluções para problemas (1969a, p. 411). Contudo, a forma como o behavorismo foi utilizado na educação favoreceu o ambiente escolar como um lugar hostil, cheio de regras, controle e pouco diálogo. O que Skinner pretendia era que seus ensinamentos funcionassem como algo a mais, uma outra alternativa, para que os alunos aprendessem e fossem reforçados de maneiras positiva e não impositiva.

 

Referências

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BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Porto Alegre. RS. 2013. Disponível em: www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf. Acesso em: 16 maio. 2019.

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