Os desafios da velhice na contemporaneidade

Compartilhe este conteúdo:

“Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice”
Platão

Muito se é falado sobre a velhice, convive-se diariamente com ela, e sofrem as consequências de sua chegada todos os dias. Porém ninguém está preparado para quando ela realmente chega para ficar em nossas vidas. Nós sabemos que ela é inadiável e só podemos evitá-la se encontrarmos a morte antes, e mesmo assim parece que ainda somos pegos de surpresa.

 Segundo Simone de Beauvoir, escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política e feminista do século XX,

“A velhice não poderia ser compreendida senão em sua totalidade; ela não é somente um fato biológico, mas também um fato cultural” (BEAUVOIR, 1990, p. 20)

Fonte: encurtador.com.br/clxB8

Porém como aproveitar essa fase da vida? Como envelhecer, ser feliz e ter uma boa saúde mental?

A primeira tentativa quando chega a fase da velhice, é querer parecer mais jovem, começar a se cuidar mais, mudar a aparência, as roupas e o jeito de se comportar. Tudo isso é uma tentativa desesperada de viver o que não viveu enquanto era jovem. E essa procrastinação pode ter inúmeros motivos, questão financeira, paternidade/maternidade, carreira, estudos, etc. Mas tudo isso pode ser evitado se houver uma qualidade de escolha do que fazer com o tempo que temos.

E a principal dica para “ser feliz” é ter uma qualidade nas relações humanas, é ser uma pessoa determinada em dar e receber afeto, algo muito difícil para os idosos que geralmente tornam-se arrogantes, rígidos e ranzinzas. Quando finalmente o indivíduo percebe a importância dessas relações ele atinge o último grau das “fases do luto” que seria a aceitação, momento em que a pessoa admite que a velhice começou.

Fonte: encurtador.com.br/fxEU0

Então vai chegar o momento em que será perdida aquela autonomia, ou seja, a capacidade de tomar decisões que a pessoa tinha antes ela será perdida e agora outras pessoas que irão decidir as coisas para ela. Juntamente com a autonomia perde-se também a independência que seria a capacidade de colocar aquela decisão que tinha sido tomada enquanto autônomo em prática, logo, se não se tem autonomia, não se tem independência.

Termino com um trecho do livro “A velhice” de Simone de Beauvoir:

“É a velhice que se deve opor à vida. Desta, a velhice é paródia. A morte transforma a vida em destino; de certo modo, a morte salva a vida, conferindo-lhe a dimensão do absoluto”  

Referências

Como envelhecer. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=zcj5DVTciIw&feature=youtu.be > acessado em 25/09/2018.

BEAUVOIR, S. A velhice. Editora Nova Fronteira; Edição: 5ª, 1990.

 

 

Compartilhe este conteúdo:

A certeza do incerto: uma transição para a vida universitária

Compartilhe este conteúdo:

Ninguém sabe a realidade de uma experiência até vivenciá-la, e não foi diferente comigo quando ouvia tantas versões diferentes de como era o ensino médio, e mais relatos ainda de como era a faculdade.

Posso dizer que sempre fui uma aluna tranquila, dedicada na medida do possível, porém quando o negócio era exatas (principalmente física) não precisava me chamar. Estudei a vida inteira na mesma escola, dos 3 aos 17 anos e sem dúvida alguma tenho uma grande dívida com essa instituição.

Aprendi lá que não só de conteúdos, pressão e aulas maçantes vive o ser humano. Que nós precisamos de valores, de convivência e de interação com outras pessoas. Que sem esses tipos de atributos não se forma uma personalidade, e principalmente, uma subjetividade. A escola me ensinou muito sobre tudo que sei e sou hoje, fiz amizades maravilhosas que levo comigo até hoje, mas também perdi muita gente que guardo em meu coração.

Fonte: encurtador.com.br/rCDJ5

A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio já foi um grande baque, ainda mais que tivemos que juntar as turmas (A e B), que até então eram meio rivais uma da outra. Mas com os meses de convivência e a obrigação de interagir uns com os outros mostrou que toda aquela desavença boba era só uma questão de falta de conhecimento e um pré-conceito criado por nós mesmos.

Com minha facilidade de ser amiga de todos e tentar sempre ajudar todo mundo não foi difícil me adaptar a uma turma com pessoas novas, e logo mais eu já estava entrosada com todos. A partir disso nossa união só aumentou e todos os professores e coordenadoras nos parabenizavam por essa atitude. Sem dúvida essa nossa harmonia só somou para ter um ensino médio de sucesso.

Até chegar o tão esperado “Terceirão”, onde finalmente teríamos que decidir o que fazer de nossas vidas, e assim como para a maioria dos jovens para mim não foi uma decisão fácil e rápida, acho que mudei de curso umas três vezes até finalmente decidir pela Psicologia. Agradeço pelos meus pais que foram maravilhosos e nunca me colocaram nenhum tipo de pressão em relação a minha escolha profissional, sempre me apoiaram em minhas decisões e isso, sem dúvida alguma me ajudou consideravelmente.

Fonte: encurtador.com.br/adBGO

Depois que escolhi meu curso, eu tinha que decidir para qual faculdade eu iria. Meus pais não queriam que eu fosse embora de Palmas, então pelo fato de ter o curso na Ulbra, e principalmente uma boa avaliação e reconhecimento escolhi ficar na cidade mesmo.

Os primeiros dias na faculdade foram meio sombrios, pois era tudo muito novo, principalmente as pessoas. Uma menina que estudou a vida inteira na mesma escola, e conviveu praticamente com as mesmas pessoas durante todos esses anos, tinha acabado de deixar tudo para trás e começar literalmente uma nova vida.

Porém com o passar das semanas as coisas foram se ajustando, e aquilo que no início era assustador tornou-se rotina. Hoje sou apaixonada por tudo na faculdade e principalmente pelo meu curso, acho que me encontrei e não poderia estar mais feliz.

Compartilhe este conteúdo: