A certeza do incerto: uma transição para a vida universitária

Ninguém sabe a realidade de uma experiência até vivenciá-la, e não foi diferente comigo quando ouvia tantas versões diferentes de como era o ensino médio, e mais relatos ainda de como era a faculdade.

Posso dizer que sempre fui uma aluna tranquila, dedicada na medida do possível, porém quando o negócio era exatas (principalmente física) não precisava me chamar. Estudei a vida inteira na mesma escola, dos 3 aos 17 anos e sem dúvida alguma tenho uma grande dívida com essa instituição.

Aprendi lá que não só de conteúdos, pressão e aulas maçantes vive o ser humano. Que nós precisamos de valores, de convivência e de interação com outras pessoas. Que sem esses tipos de atributos não se forma uma personalidade, e principalmente, uma subjetividade. A escola me ensinou muito sobre tudo que sei e sou hoje, fiz amizades maravilhosas que levo comigo até hoje, mas também perdi muita gente que guardo em meu coração.

Fonte: encurtador.com.br/rCDJ5

A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio já foi um grande baque, ainda mais que tivemos que juntar as turmas (A e B), que até então eram meio rivais uma da outra. Mas com os meses de convivência e a obrigação de interagir uns com os outros mostrou que toda aquela desavença boba era só uma questão de falta de conhecimento e um pré-conceito criado por nós mesmos.

Com minha facilidade de ser amiga de todos e tentar sempre ajudar todo mundo não foi difícil me adaptar a uma turma com pessoas novas, e logo mais eu já estava entrosada com todos. A partir disso nossa união só aumentou e todos os professores e coordenadoras nos parabenizavam por essa atitude. Sem dúvida essa nossa harmonia só somou para ter um ensino médio de sucesso.

Até chegar o tão esperado “Terceirão”, onde finalmente teríamos que decidir o que fazer de nossas vidas, e assim como para a maioria dos jovens para mim não foi uma decisão fácil e rápida, acho que mudei de curso umas três vezes até finalmente decidir pela Psicologia. Agradeço pelos meus pais que foram maravilhosos e nunca me colocaram nenhum tipo de pressão em relação a minha escolha profissional, sempre me apoiaram em minhas decisões e isso, sem dúvida alguma me ajudou consideravelmente.

Fonte: encurtador.com.br/adBGO

Depois que escolhi meu curso, eu tinha que decidir para qual faculdade eu iria. Meus pais não queriam que eu fosse embora de Palmas, então pelo fato de ter o curso na Ulbra, e principalmente uma boa avaliação e reconhecimento escolhi ficar na cidade mesmo.

Os primeiros dias na faculdade foram meio sombrios, pois era tudo muito novo, principalmente as pessoas. Uma menina que estudou a vida inteira na mesma escola, e conviveu praticamente com as mesmas pessoas durante todos esses anos, tinha acabado de deixar tudo para trás e começar literalmente uma nova vida.

Porém com o passar das semanas as coisas foram se ajustando, e aquilo que no início era assustador tornou-se rotina. Hoje sou apaixonada por tudo na faculdade e principalmente pelo meu curso, acho que me encontrei e não poderia estar mais feliz.