Estresse, ansiedade, depressão e a pandemia

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Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio (UERJ) mostrou que os casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram e os de depressão tiveram um crescimento de 90% durante a pandemia. Com esses dados, vemos que os transtornos mentais estão aumentando e que, mesmo após a pandemia, os números devem continuar crescendo.

Na ansiedade causada por doença, o indivíduo está sempre preocupado de ter ou adquirir alguma doença. Alguns sintomas envolvem a “hiper vigilância”, podendo acompanhar falta de ar, palpitação, agitação entre outros. Na depressão, os sintomas são uma sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. O estresse agudo ocorre juntamente com reações emocionais, fisiológicas e mudanças de pensamento, em razão da vivência de um trauma. Os sintomas são as lembranças angustiantes e recorrentes do trauma, sofrimento, evitação de qualquer situação que relembre o trauma, crenças negativas sobre si e sobre o mundo entre outros.

Para amenizar ambos transtornos, há algumas técnicas de redução de ansiedade que podem ajudar, como, por exemplo, a meditação, exercícios de respiração, exercícios físicos e o próprio contato social para expor os sentimentos e falar sobre isso. Em casos mais graves, são necessários o atendimento e o acompanhamento psicológico.

Fonte: encurtador.com.br/epMZ7

Com a pandemia, o isolamento social e o aumento das incertezas são alguns fatores que consideramos de ‘risco’ para o surgimento de alguns problemas mentais. As pessoas que já possuíam algum transtorno de ansiedade ou depressão estão mais vulneráveis em relação às pessoas que não tinham essas questões de ordem mental, anteriormente. Também são vulneráveis aqueles que já tinham baixa autoestima, crença de incapacidade e que não viam mais sentido na vida, e que ainda estão sozinhas durante esse período, sem poder ver os amigos. Essas pessoas ficam sem saber o que vai ou pode acontecer com elas.

De acordo com algumas pesquisas, as mulheres podem ser, sim, mais vulneráveis aos transtornos ligados ao estresse. Isso acontece até por conta da questão hormonal, que influencia no humor. Mas também não devemos esquecer que tem a questão da cobrança. Até hoje a sociedade cobra muito o ‘papel’ da mulher, a imagem dela. E com a pandemia, ela fica sobrecarregada com o acúmulo de papeis.

Fonte: encurtador.com.br/dFIU5

Anteriormente, a cobrança vinha da parte sexual. Hoje, ela é cobrada para ser a mãe perfeita, tem que dar conta do trabalho de maneira impecável e ser boa esposa. Quando ela não atinge as expectativas sobre alguns desses papeis, ela acaba se sentindo frustrada, ansiosa e culpada.

Quando vivenciamos uma situação, como a pandemia, em que a nossa possibilidade de controle é inexistente, e que tem a morte como possibilidade real, isso pode ser um evento traumático. Com isso, a quantidade de pessoas com doenças mentais pode aumentar.  Essa pandemia, repleta de incertezas, pode ser um desencadeador de outros transtornos mentais. Por isso, é preciso procurar ajuda o quanto antes, para que o impacto não seja tão comprometedor no futuro.

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Empatia e positividade durante a pandemia

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Com a pandemia, as pessoas tiveram que se isolar e se afastar socialmente umas das outras. A internet é um recurso interessante para lidar com esse momento de maneira positiva. Essa situação fez tudo parar, comércio, eventos culturais, museus e shoppings. Apesar disso, a internet continua exatamente igual. Por isso, ela pode ser uma aliada para manter a mente ocupada.

É comum sentir insegurança nesse momento e pensar em coisas do tipo ‘Como será minha vida após isso tudo?’ ou ‘Vou manter meu emprego com essa crise?’ e ainda ‘Será que vou conseguir pagar minhas contas?’. Para que a pessoa não fique pensando somente em coisas negativas, é fundamental estar com a mente ocupada. Desse modo, quando ocupamos a mente, não damos margem para pensar em coisas ruins nem nos deixamos abater diante de notícias sobre o coronavírus.

Ter algo para fazer aumenta a sensação de bem-estar, além de nos manter motivados. Aproveite os recursos da internet nesse momento para ocupar seu tempo. Pode-se aprender com videoaulas de algum curso, de alguma dança, fazer exercício físico com aplicativos que monitoram a atividade, conectar-se por vídeo-chamadas com amigos, ver filmes entre outros.

“Mantenha-se Positivo” – Fonte: encurtador.com.br/coyX4

Quando vemos a internet desta forma, ela pode se tornar uma grande aliada. Portanto, ocupe seu tempo com atividades que tragam prazer e com pessoas que passem mensagens positivas. Aproveite para buscar novas atividades que possam exercitar a criatividade. Busque viver esse momento de maneira positiva.

Além disso, é muito importante que as pessoas mantenham a esperança durante a pandemia. Caso contrário, pode-se ter problemas psicológicos. A depressão, por exemplo, está ligada à negatividade e à impossibilidade de um bom desfecho em alguma situação. Ver notícias boas como de pessoas que se recuperaram e de vizinhos que pensam no coletivo podem trazer ânimo. Tudo isso traz um propósito de vida e ajuda a manter a saúde mental.

Nesse momento, a empatia é primordial. A covid-19 nos fez perceber que, ao pensar no outro, podemos colaborar para que todos cheguem a um bem comum. Devemos estar atentos para ajudar o outro, seja indo ao mercado ou farmácia para quem é do grupo de risco, quanto não estocar alimentos ou álcool gel e ver outros sem. Essa crise veio nos mostrar que sozinhos não conseguimos vencer. Precisamos sempre pensar no próximo.

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Problemas psicológicos x COVID-19

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Com a chegada do COVID-19 no Brasil, podemos notar que o comportamento das pessoas mudou. Surgiu não apenas a epidemia do vírus, mas também a do medo. Somos um povo muito caloroso e receptivo, gostamos de estar junto dos amigos, de participar de comemorações ou do famoso churrasco do fim de semana. No entanto, a doença forçou todo mundo a se isolar e sem poder mais mostrar nosso carinho nem estar presentes no dia a dia, como antes.

 O isolamento pode ser, sim, um gatilho que propicia o surgimento de alguns problemas psicológicos. Para que sejam evitados esses quadros, devemos tentar minimamente manter a rotina. Devemos também tentar conversar e manter contato, mesmo que através das tecnologias, com amigos e conhecidos.

 Não devemos deixar os idosos sozinhos, porque eles estão no grupo de risco e podem estar com um medo e ansiedade muito maior. Eles podem entender essa ausência de contato como uma espécie de abandono. Temos que estar a todo o momento explicando e informando a eles o porquê do nosso distanciamento, que nesse caso é para protegê-los. Tantos os mais jovens como os idosos devem buscar atividades que os mantenham ocupados e que lhes dão prazer. Procure hobbies, assista filmes, leia livros ou assista aulas na internet.

Fonte: encurtador.com.br/htHM0

 É muito importante que, nesse momento, as pessoas não entrem na epidemia do pânico para não começarem a sentir sintomas que são do COVID-19, como por exemplo, a falta de ar. Existe um pânico como um transtorno mental individual, que afeta o físico. Existe o medo constante da morte como ainda o “pânico cultural”, que é o medo de pensar no que vai ou pode acontecer no futuro.

 A falta de ar do pânico surge quando existe o medo de morrer e não se tem controle da situação. Não tem uma causa específica e vem associado a outros sintomas como boca seca, taquicardia, sudorese entre outros. Já a falta de ar do COVID-19 é diferente, pois manifesta sintomas dessa condição junto aos da gripe, congestão nasal, tosse e febre.

 Mas o que fazer para não entrar em pânico ou ter crises de ansiedade? Busque somente informações confiáveis sobre o coronavírus e delimite um tempo por dia para ver essas notícias. Caso perceba que está muitas horas em função das notícias, isso pode aumentar a ansiedade e fazer com que fique em estado de alerta, além de mal-estar mental e físico associados.

Fonte: encurtador.com.br/xHJR7

 Precisamos estar atentos às informações corretas, à prevenção e a como podemos fazer para não sermos contaminados. O ideal é que busquemos dados que nos tranquilizem e não que nos deixem mais amedrontados. O importante nesse momento é pensar em tudo que a gente tem controle e no coletivo! O que não temos controle, devemos aceitar e continuar fazendo a nossa parte.

 Uma alternativa é atendimento online com psicólogos. Caso você já se consulte com um profissional, pode manter aquele mesmo horário ou o profissional também pode atender pessoas que estejam sofrendo agora em virtudes dessas mudanças na rotina. Os atendimentos são feitos através de canais como Skype, ou até mesmo através de chamadas de vídeo no Whatsapp. Assim como você faz com amigos, você pode fazer uma consulta psicológica online no conforto de sua casa e recebendo um atendimento que, com certeza, vai te fazer muito bem.

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As redes sociais e a autoestima

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Homens e mulheres nunca estiveram em tanto “pé de igualdade”. Isso se deu, pois, entendemos melhor que a cultura se utilizava de um discurso social da desigualdade de gênero como algo natural, o que mantinha as diferenças entre homens e mulheres. As mulheres sempre estavam em lugares menos privilegiados e os homens como os detentores de poder, podiam ocupar qualquer lugar na sociedade.

Apesar de hoje as mulheres terem conseguido galgar um lugar respeitoso na sociedade, ainda são muito julgadas e enquadradas em múltiplos estereótipos. Por conta dessa pressão cultural para que sigam padrões impostos, acabam sofrendo muito mais com problemas de autoestima. Elas aprendem desde crianças que “devem estar sempre bonitas, magras e apresentáveis, caso contrário, não ninguém as irá querer” ou “mulher mandona nenhum homem gosta, você tem que ser meiga”. 

Observado o cenário acima, várias garotas, ao acessarem as redes sociais, como o Instagram, por exemplo, buscam se sentirem aceitas, amadas e reconhecidas. Muitas vezes, num resultado contrário, acabam ficando completamente arrasadas e frustradas ao “não receberem o mesmo número de curtidas que aquela amiga popular” ou sentem-se horríveis ao notarem a barriga de tanquinho de uma blogueira fitness que elas não têm. 

Fonte: encurtador.com.br/lsBC2

Com isso, as redes sociais se tornam uma armadilha para as mulheres e um campo minado para a sua autoestima. Essas plataformas digitais se transformam em um campo de disputa entre perfis e uma lembrança eterna de que “eu poderia estar/ser mais bonita, mais rica, mais competente”.

As pessoas que têm dificuldades de desenvolver um amor próprio e uma autoestima, em geral, são aquelas que já passaram por situações como, por exemplo, negligência ou castigos frequentes na infância; abuso constante, pais severos, autoritários ou superprotetores; ausência de confiança nos filhos; intimidações constantes; contextos violentos ou estressantes; falta de elogios; e ambiente preconceituoso. 

Quem passa por isso cresce num ambiente tóxico. Geralmente, são pessoas que passam a se comparar com outros constantemente, coloca-se em relacionamentos abusivos ou permite abusos no campo profissional, sempre se diminuindo. Tudo isto prejudica ainda mais o amor próprio, tornando-o praticamente inexistente. 

A baixa autoestima pode gerar inúmeros problemas psicológicos como, depressão, ansiedade, fobias, transtornos de personalidade, compulsões e transtornos alimentares, TOC (transtorno obsessivo compulsivo), vícios em geral (dependência química, vícios em jogos), entre outros. Basicamente, a autoestima baixa pode ser um dos fatores envolvidos para o surgimento de quase todos os principais problemas e transtornos psicológicos. 

Fonte: encurtador.com.br/cI347

O momento ideal de procurar ajuda psicológica é quando a pessoa começa a perceber diversos problemas em sua vida devido à baixa autoestima, atrapalhando até mesmo na sua rotina diária e de seus relacionamentos. Começa-se a notar situações como, por exemplo, o hábito de não assumir responsabilidade pelos seus erros; a ausência de respeito dos seus próprios limites; a necessidade de sempre agradar os outros e o perfeccionismo; a procrastinação, entre outros sinais. 

Hoje em dia, já existe até uma expressão para quando deixamos de seguir pessoas que não têm nada a ver conosco, perfis que sugerem o seguimento de um padrão ou que não nos trazem um bem estar, é o que se chama de “unfollow saudável”.

Deixar de ter esses perfis no seu “feed” pode ser bastante positivo para sua autoestima, formação de identidade e autoaceitação. Além disso, indica também uma observação crítica daquilo que consumimos “contra” o que queremos e valorizamos. Fazer uma faxina nas redes sociais pode indicar uma saúde mental em dia e uma autoestima “em ordem”.

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O novo coronavírus e a ansiedade por doença

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Com o surgimento de epidemias como a do novo coronavírus, proveniente da China, e alguns casos suspeitos do vírus no Brasil, os brasileiros ficam em alerta constante. Essa situação de alerta, porém, muitas vezes, pode vir acompanhada de um medo desproporcional de ficar doente, ou até mesmo, de um medo da morte. 

O medo é um sentimento natural do ser humano, o qual é extremamente importante, pois nos protege em várias situações de perigo iminente. Contudo, existe o que chamamos de medo “normal” e o que seria considerado um medo patológico. O medo normal considera as probabilidades estatísticas, não traz grandes prejuízos à vida dos indivíduos e serve como proteção a perigos reais. 

O medo patológico é um medo que passa a determinar nossas ações, ou seja, para tomarmos qualquer atitude, o medo é “consultado”. O que ocorre, então, é que, na maior parte das vezes, passamos a evitar diversas situações ou a buscar aconselhamento a todo momento. 

Fonte: encurtador.com.br/nGL46

Especificamente, em relação ao medo ou ansiedade por doença, o indivíduo está sempre preocupado de ter ou adquirir alguma doença. A partir disto, a pessoa fica com a sua atenção mental concentrada em reconhecer os possíveis sintomas de determinada doença, torna-se hipervigilante, fica mais ansiosa e, então, apresenta sensações autossugestionáveis em razão da ansiedade, na realidade.

Nesses casos de ansiedade por doença, o indicado é que esses indivíduos enfrentem os seus medos, seja buscando conhecimento sobre a doença e suas probabilidades reais, seja levando em conta dos exames realizados que não deram nenhum diagnóstico, seja cuidando da sua saúde ao fazer exercícios físicos e ter uma alimentação saudável.

Desta forma, o foco torna-se a saúde e não a doença. No caso do coronavírus novo, os indivíduos devem estar ligados nas estatísticas atuais que não trazem nenhum caso confirmado no Brasil e, assim, devem tomar as precauções que estão no seu controle como lavar as mãos, evitar contato próximo com pessoas resfriadas, entre outras. Preocupações funcionais, com foco na saúde e não na doença.

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