A Psicologia sob a Perspectiva do Terceiro Setor na Proteção Infantil

O livro Manuais da psicologia – vol. 3 – psicologia organizacional aborda alguns aspectos acerca da atuação do psicólogo na ONG de proteção infantil, visto que certamente é um tema de grande relevância nos dias atuais, destacando-se a importância de conhecermos o público alvo da instituição e quais são as pessoas que utilizam os serviços dessa instituição. Sabe-se que as pessoas que utilizam os serviços são crianças no processo de interação e socialização com as demais, isso se deve ao fato do rompimento das práticas de convivência uns com os outros.

Importante salientar que seja no espaço social ou familiar sabe-se que a cada dia que passa, o distanciamento familiar vem tomando cada vez mais esse espaço, devido a vulnerabilidade social em que as famílias se encontram, pela falta de diálogo e por estar sendo cada vez mais deixado de lado a imposição de regras e limites por parte das famílias.

A ONG em linhas gerais conta com um cenário de crianças e são analisados seus contextos familiares, tendo acompanhamento social na realização de visitas e atividades interventivas, assistindo essas crianças de maneira integrativa e humanizada, algo que as faz sentir melhores consigo mesmas e aptas a encarar as adversidades da vida. Netto afirma em seus achados que: o limite parece claro: nenhuma ação profissional (e não só dos assistentes sociais) suprimirá a pobreza e a desigualdade na ordem do capital. Mas seus níveis e padrões podem variar, e esta variação é absolutamente significativa – e sobre ela pode incidir a ação profissional, incidência que porta as possibilidades da intervenção que justifica e legitima o Serviço Social. O conhecimento desses limites e dessas possibilidades fornece a base para ultrapassar o messianismo, que pretende atribuir à profissão poderes redentores, e o fatalismo, que a condena ao burocratismo formalista (2007, p. 166).

Fonte: encurtador.com.br/ixyQ8

As crianças que se apresentam como público alvo nesse cenário se encontram com déficits econômicos, sociais e culturais, exigindo alternativas que venham ajudar essas famílias a mudar em à forma que estão vivendo se distanciando cada vez mais umas das outras, fazer com que percebam as consequências que acarretarão com esse novo modelo de vida que está sendo adotado e que compreendam a necessidade de mudança, para que consigam reverter essa realidade e com isso possam melhorar a qualidade de vida familiar.

Na atuação do psicólogo é preciso compreender que é preciso que a relação entre a demanda e a cobertura do atendimento esteja voltada para se compreender as consequências que a falta desses vínculos pode ocasionar, visto que, é notória nos dias atuais uma grande e preocupante falta de socialização, onde as pessoas estão cada vez mais se distanciando umas das outras, mesmo as que moram na mesma casa.

FICHA TÉCNICA

Título: Psicologia Organizacional – Coleção Manuais da Psicologia para Concursos e Residências (Volume 3)
Autores: Camila Ferreira Oliveira / José Bonifácio do Amparo Sobrinho / Laila Leite Carneiro / Roberta Ferreira Takei

Páginas: 296
Edição:
Ano: 2018
Editora: Sanar

REFERÊNCIAS

IAMAMOTO, Marilda V. Psicologia em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

NETTO, José Paulo. Desigualdade, pobreza e Psicologia. Rio de Janeiro: UERJ. Revista em Pauta. 2007. n. 19, p. 134-170.