O livro Psiquiatria Perinatal Diagnóstico e Tratamento é livro de extrema relevância a ser discutido, especialmente pelo avanço constante acerca da investigação dos transtornos mentais da lactação e gravidez. Torna-se válido enfatizar nesse contexto a depressão pós-parto, visto que se tem uma diferenciação conceitual entre depressão pós-parto (DPP), baby blues e psicose puerperal, considerando que são termos utilizados no contexto deste estudo.
O livro discute de uma maneira dinâmica e clara todos esses conceitos, fator que por sinal leva-nos a perceber a necessidade de discutirmos cada vez mais acerca da Psiquiatria Perinatal. A manifestação da depressão pós-parto (DPP) acontece geralmente a partir das primeiras quatros semanas após o nascimento do bebê, alcançando sua intensidade máxima durante os seis primeiros meses posteriores.
Interessante observar que pode ser de intensidade leve, transitória ou agravar-se até uma neurose ou desordem psicótica. Os primeiros dias após o nascimento do bebê são um misto de sentimentos para as mães, sendo os hormônios os principais responsáveis por essa mudança.
Os sintomas da depressão pós-parto (DPP) iniciam como os sintomas do baby blues, más pioram cada vez mais quando não há procura de ajuda. A puérpera sente-se incapaz de cuidar do bebê, medo de machucar, exausta, nervosa, com vontade de sumir ou morrer. A (DPP) requer acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. (MORAES et al., 2006).
O baby blues é o distúrbio de maior frequência, é caracterizado por uma melancolia ocasionada pelas alterações hormonais que acontecem com a mãe após o parto, quando a produção de leite se inicia e os hormônios que estavam relacionados à gestação sofrem mudanças, não dar para prevenir, porém é um quadro passageiro que é caracterizado por hiperemotividade, estado de fragilidade, falta de confiança e de incapacidade para cuidar do bebê. É considerado um quadro leve e transitório, tendo remissão espontânea.
Os sintomas são: irritação, ansiedade, medo, vontade de chorar sem motivo, entre outros. Isso acontece devido às mudanças hormonais e também insegurança frente ao novo momento de vida. (SCHWENGBER; PICCININI, 2003).
FICHA TÉCNICA
Título Original: Psiquiatria Perinatal – Diagnóstico e Tratamento
Autores: Alexandre Augusto Jatobá Vasconcelos, Chei-Tung Teng
Editora: Atheneu -RJ
ISBN: 853880166X 9788538801665
Formato: Capa comum
Páginas: 176
Ano: 2010
REFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual técnico pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Brasília (DF): MS; 2006.
MORAES, I. G. S. et. al. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 65-70, ago. 2006.
SCHWENGBER, D. D., & PICCININI, C. A. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estudos de Psicologia, Natal, v. 8, n. 3, p. 403-411, set. / Dez, 2003.