O homem busca viver o desconhecido, como uma maneira de se aproximar das virtualidades. O filme “Viagem ao Centro da Terra” é um exemplo desta procura. Essa produção cinematográfica foi baseada na história do livro de Júlio Verne (1864), “Viagem ao Centro da Terra”. Apesar disso, o produtor deste filme, fez algumas modificações, como por exemplo, o nome e características dos personagens.
Júlio Verne é um escritor francês, teatrólogo e formado em Direito, que insistia em escrever em suas obras sobre tecnologias futuras. Por isto, o autor foi considerado como um profeta das invenções que ainda iriam serem criadas e um dos pioneiros em ficção-cientifica. Na obra originária do filme, Júlio Verne conta a aventura do professor Lidenbrock e o sobrinho Axel vivida, com o objetivo de encontrar o Centro da Terra.
Já no filme, Eric (produtor) conta a história do cientista Trevor Anderson (Bredan Fraser), que está a ponto de fechar o seu laboratório e que conseguirá reergue-lo após confiar em algo incerto e adentrar na aventura proposta no decorrer do filme. No momento de crise do cientista, o filho de um irmão que também era cientista, mas o mesmo estava sumido, foi passar as férias com Trevor, após seis anos sem contato entre eles. Quando o tio olhava as coisas do sobrinho Sean (Josh Hutcherson), encontrou um livro que dizia como chegar ao centro da Terra através de algumas fórmulas físicas.
Apesar desta história soar como uma ficção, algo irreal, cada um dos personagens investiram nela a partir de motivações diferentes. Trevor não tinha nada a perder investindo em algo incerto, visto que estava sem expectativa de algo concreto na sua vida. Pois estava perdendo o prestigio acadêmico e o seu laboratório, aquilo que em outros momentos havia investido força, desejo, trabalho, tempo e outros. Já o sobrinho Sean, enxergava nesta história a possibilidade de se aventurar, diga-se de passagem, algo muito bem quisto na adolescência. Por meio de objetivos diversos, Trevor e Sean viajaram para Islândia a fim de verificar a veracidade daqueles escritos. Desta forma, começaram a estabelecer uma relação de cumplicidade, e ora de competitividade.
Chegando à ilha procuraram a residência da pessoa que possivelmente havia participado dos relatos de Max (pai de Sean), no entanto encontraram apenas a filha deste sujeito, Hannah (Anita Briem). Esta mulher trabalhava como guia e não acreditava na veracidade da história que fizera seu pai ter sumido, porém abrigou os dois e aceitou guia-los no caminho que eles desejavam trilhar.
Então, no dia seguinte, os três personagens entraram em um vulcão em busca do resultado das investigações de Max. Nesta parte do filme os personagens entram em muitas aventuras. Desta maneira, o diretor que possuí vasta experiência nos efeitos visuais, utilizou-se deste conhecimento. Toda esta produção dava a sensação de algo tão fantástico, que chegava ser irreal.
O irreal representado nos efeitos visuais deixou o filme mais emocionante. Devido à emoção incitada nos telespectadores e certamente nos personagens, aumentava o desejo que os aventureiros encontrassem o centro da terra.
Os efeitos visuais encontrado no filme desperta algo de irreal, fantasioso na mente de quem o assiste. Essas características são reconhecidas também naquilo que se denomina como imaginação. Apesar dos atributos especificados indicarem algo inexistente, entende-se também que existe o potencial daquilo que se localiza na imaginação se tornar real no mundo em que coabitamos. Neste sentido, Sartre entende que a imaginação não é um aspecto presente na consciência, mas um tipo de consciência e um ato. Sendo assim, julga-se que uma característica de ação citada pelo autor potencializa a possibilidade do fruto da imaginação se tornar real.
Além disto, é importante frisar que é no processo de tornar a fantasia em realidade que se encontram novos sentidos. A partir destes aspectos mencionados, que os personagens conseguem chegar ao centro da terra, alavancar o laboratório e outras conquistas de cunho afetivo, as quais não cabem em palavras para descrevê-las.
Saiba mais sobre o Produtor:
O filme “Viagem ao Centro da Terra” é uma ficção produzida pelo Eric Breving. O diretor deste filme atuou também neste cargo, nas seguintes produções: “Zé Colmeia” e “Amor Sem Escalas”. Mas ele já havia trabalhado em outros filmes como supervisor de efeitos visuais. Nesta ocasião, estreou como diretor e a equipe técnica recebeu um Oscar pelos efeitos visuais.
Referências:
SARTRE, Jean Paul. Imaginação. São Paulo: Abril,1984.
PACIEVITCH, Thais. Júlio Verne. Acessado em: http://www.infoescola.com/escritores/julio-verne/
FICHA TÉCNICA DO FILME:
VIAGEM AO CENTRO DA TERRA
Título original: Journey to the Center of the Earth
Diretor: Eric Brevig
Roteiro: Michael Weiss, Jennifer Flackett, Mark Levin
Elenco: Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem, Giancarlo Caltabiano;
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Aventura