Está cada vez mais comum vermos pessoas com uma restrição calórica, comendo em menos quantidades, tentando equilibrar a ingestão de alimentos, fazendo diversos tipos de dieta. Seja dieta das cores, das proteínas, da sopa, lua, dos pontos, é preciso antes de tudo, buscar um profissional para escolher o método mais indicado, com o intuito de atingir os seus objetivos.
Muitas vezes as pessoas acabam escolhendo certo tipo de ajuda para melhorar a saúde e qualidade de vida através de algum conhecido ou revistas e sites visitados, porém, é necessário cuidado ao fazer determinadas mudanças na alimentação. Muito além da moda, em certos casos as dietas se fazem necessárias para controlar ou regular algumas doenças. Atualmente é possível ver vários casos de pessoas com alergias e intolerâncias alimentares, sendo o mais comum na lista de alergênicos o leite, o trigo e a soja, além de algumas oleaginosas, como amendoim ou nozes.
Ultimamente tem sido intensificada a dieta do glúten, que nada mais é que a retirada no dia a dia da principal proteína presente no Trigo, Aveia, Centeio e Cevada, cereais utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como cosméticos. Quando se trata de uma enfermidade, qualquer cuidado se torna pouco. Relacionado ao glúten, há uma doença ainda pouco conhecida, em que seus sintomas podem se confundir com outros distúrbios, como é o caso da doença Celíaca: intolerância permanente ao glúten. Geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, podendo, entretanto, surgir em qualquer idade, inclusive na adulta.
Vilosidades intestinais com aparência normal (esq.) e com as características de um celíaco (Foto: BBC)
Quem tem alergia alimentar precisa de uma dieta radical, monitorando o que deve ser consumido para evitar graves riscos à saúde. Certas pessoas suportam alguma quantidade do alérgeno sem apresentar sintomas imediatos. A mesma coisa acontece com os intolerantes – alguns passam mal com qualquer quantidade do alimento e outros podem consumir um percentual sem apresentar reação.
Segundo algumas análises, o aumento do interesse nas dietas sem glúten tem pouco a ver com uma crescente consciência sobre o Celíaco, e sim porque acreditaram que isso as fará se sentir melhor. Para o Coordenador do Ambulatório de Doenças Intestinais da disciplina de Gastroenterologia Clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a doença celíaca é genética. “Há um componente genético bem definido, por isso ela pode acometer várias pessoas da mesma família. Se fizermos o diagnóstico em uma pessoa, todos os parentes de primeiro grau devem ser investigados, pois podem apresentar a doença mesmo sem apresentarem os sintomas”, conclui Ambrogini.
Por lei federal (Lei nº 10.674, de 16/05/2003), todos os alimentos industrializados devem conter informações em seus rótulos se há presença ou não de glúten para resguardar o direito à saúde dos portadores de doença Celíaca.