É cada vez mais comum encontrar pessoas que diagnosticaram alterações na tireoide, ou conhecem alguém que tem o hipo ou hipertireoidismo. De uma forma mais direta, o hipotireoidismo é um problema no qual a glândula da tireoide não produz hormônios suficientes para a necessidade do organismo, já o hiper é exatamente o contrário, ou seja, a glândula da tireoide produz hormônios em excesso.
Cerca de 15% da população sofre com problemas na tireoide, colocando essas doenças entre as que mais atingem os brasileiros, principalmente do sexo feminino, de acordo com o censo do IBGE. A Instituição também afirma que cinco milhões de mulheres desconhecem qualquer problema relacionado à própria tireoide, por falta de conhecimento dos sintomas.
O endocrinologista da Unifesp, Pedro Saddi, explica que o tratamento é simples, o problema é chegar ao diagnóstico. “Os maus que mais acometem a tireoide são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e a aparição de nódulos benignos nessa glândula. Todas essas alterações podem ser tratadas sem maiores problemas se diagnosticadas rapidamente. Contudo, como os sintomas são difíceis de detectar, uma grande parte das pessoas que sofre com problemas na tireoide não consegue identificar o problema”, enfatiza Saddi, destacando ainda que os sintomas do hipotireoidismo e do hipertireoidismo podem ser comparados com sintomas comuns de outras doenças, o endocrinologista, costuma após a primeira consulta, solicitar exames específicos para um diagnóstico mais preciso, já que a tireoide necessita de um teor maior ou menor relacionado à produção de hormônios.
Mesmo o tratamento sendo simples, muitas pessoas não fazem uso do medicamento indicado com a dosagem ideal, da forma correta, o que traz malefícios para o tratamento que deve ser rotineiro e quase sempre eterno. Com o tratamento interrompido ou feito de forma irregular, os sintomas podem se agravar chegando a levar em estados de depressão, fora problemas físicos que aparecem com o decorrer dos dias, como a queda de cabelo, ressecamento da pele, alterações no humor falta ou excesso de sono, dentre outros sintomas.
Sintomas do Hipotireoidismo
- Fadiga
- Sensibilidade ao frio
- Prisão de ventre
- Pele ressacada
- Ganho inexplicável de peso
- Inchaço no rosto
- Rouquidão
- Fraqueza muscular
- Colesterol alto
- Dores, sensibilidade e rigidez musculares
- Queda de cabelo
- Ritmo cardíaco mais lento
- Depressão
- Problemas de memória.
Sintomas do Hipertireoidismo
- Perda de peso repentina, mesmo alimentandose da mesma forma de sempre
- Taquicardia (mais de 100 batimentos cardíacos por minuto), arritmia e palpitações
- Aumento no apetite
- Ansiedade, irritabilidade e nervosismo
- Tremor nas mãos e nos dedos
- Suor excessivo (sudorese)
- Mudanças na menstruação
- Intolerância ao calor
- Mudanças no funcionamento do intestino, com evacuações frequentes
- Bócio (glândula tireoide visivelmente aumentada) ou nódulos na tireoide
- Fadiga e fraqueza muscular
- Dificuldade para dormir
- Afilamento da pele
- Cabelo quebradiço (perda de cabelo)
- Inquietação
O tratamento durante a gestação
Como algumas mulheres podem desenvolver hipotireoidismo durante ou após a gestação, porque, muitas vezes, elas produzem anticorpos voltados para a sua própria tireoide. É de total relevância que a gestante procure saber se tem ou não problemas na tireoide durante o pré-natal, com exames específicos, assim ela poderá saber a dose correta do medicamento durante a gestação.
Vale ressaltar que sem o tratamento correto, hipotireoidismo aumenta o risco de parto prematuro. O Hipotireoidismo também pode afetar o desenvolvimento do bebê, pois o cérebro em formação do bebê precisa receber os hormônios da tireoide para poder crescer adequadamente.
Fonte: Minha Vida