Projovem Adolescente – Desafio profissional

Projovem nas escolas – Foto: Manoel Lima, Ascom Seduc

 

Decidir sobre a vida profissional não é uma escolha tão fácil assim. O adolescente enfrenta desafios e confrontos pela busca da liberdade, de uma identidade e independência. Este período é importante também para aprender a conviver e a respeitar as normas sociais e de escolher o que quer profissionalmente.

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos para adolescentes (Projovem Adolescente) é uma das quatro modalidades do Programa Nacional de Inclusão de Jovens, que atende exclusivamente a faixa etária de 15 a 17 anos. É um serviço socieducativo, que integra as ações de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

O público-alvo deste programa constitui-se, em sua maioria, de jovens cujas famílias são beneficiárias do Programa Bolsa Família. Jovens com deficiência, em especial Beneficiários do Programa Cidadão (BPC), jovens fora da escola, estendendo também aos jovens em situação de risco pessoal e social.

O Projovem Adolescente tem por foco o fortalecimento da convivência familiar e comunitária, o retorno dos adolescentes à escola e sua permanência  no sistema de ensino, além de  proporcionar uma participação cidadã e prepará-los para desafios do mercado de trabalho, modificando assim a vida de milhares que ganham a perspectiva de um futuro  melhor.

“O objetivo é sensibilizar os jovens para os desafios da realidade social, cultural, ambiental e política de seu  meio social, bem como possibilitar o acesso aos direitos e a saúde, e um posicionamento no  mundo dos jovens no espaço público”, afirma a assistente social do CRAS de Itaguatins, Tocantins, Gêilza Vasconcelos.

 

Geilza Vasconcelos, Assistente Social – Foto: Arquivo Pessoal

 

Os jovens irão contar com aulas de informática que visam a orientação profissional, além de atividades esportivas e culturais que estimulem a convivência social, abordando conteúdos por meio de cultura, esporte, lazer, oficinas, palestras com temas sobre drogas, sexualidade e relação familiar.

As atividades são constituídas por encontros e oficinas desenvolvidos em horários compatíveis com a frequência a escola. São organizados em grupos  que se denominam coletivos, composto por  no mínimo 15  e no máximo 30 jovens. O coletivo é acompanhado por um orientador social e  supervisionado por um profissional de nível superior do CRAS. O período de funcionamento das atividades é de até 3h, e prevê uma carga horária semanal de 12,5 horas.

Gustavo Torres tem 19 anos, estuda o  segundo ano do Ensino Médio e fazia o Projovem Adolescente e atualmente está no Projovem Trabalhador no CRAS em Nazaré, região norte do Tocantins. Ele diz que gosta dos cursos e visa crescer na vida. “É um passatempo  muito bom, quero continuar fazendo os cursos. Aprendi  muita coisa, hoje sei fazer até pratos especiais,”  habilidade que aprendeu no curso de culinária, “pretendo quem sabe fazer meu próprio negócio,” conclui.

 

Gustavo Torres – Foto: Arquivo Pessoal

 

O programa  deve também possibilitar o desenvolvimento de habilidades gerais, tais como a capacidade comunicativa e a inclusão digital, de modo a orientar  o jovem, para a escolha profissional consciente, prevenindo a sua inserção precoce no mercado de trabalho.

Segundo Geilza, os jovens têm mudado depois da participação e convivência nas atividades. “O jovem quando chega ao programa são tímidos, não gostam de se comunicar e a maioria tem conflitos familiares e quando começam a participar das atividades  descobrem diversos  talentos, a comunicação é desenvolvida, a participação é continua e os problemas familiares aos poucos são resolvidos.”

Lucas Junior tem 17 anos, estuda o 9º ano e diz que o programa mudou o comportamento dele. “Eu sempre gostei de ficar em casa, nunca gostei de rua, muita coisa mudou na minha vida, principalmente na escola, eu era muito atentando”.

 

Lucas Junior – Foto: Arquivo Pessoal

 

Júnior acrescenta, “gosto muito das atividades do Projovem Adolescente, aprendi muito, hoje fiz mais amizades e sei o que quero fazer na vida.” O estudante sonha em fazer faculdade de Direito.

Geilza acha  que o programa oferece apoio aos jovens tanto na vida comunitária quanto na familiar. “Os jovens nessa faixa etária sofrem diversos conflitos comunitários e familiares, o programa vem trabalhar a conscientização dos jovens em relação a essas problemáticas”, finaliza.

Para participar Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos (Projovem Adolescente), basta ser beneficiário do programa Bolsa Família e com a faixa etária entre 15 a 17 anos,  é só procurar qualquer Centro de referencia de assistência Social – CRAS  e fazer a inscrição do jovem.

 

Procure o CRAS da sua região no site: https://sistema3.planalto.gov.br/spmu/atendimento/busca.php?uf=TO&cod=29

Mais informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social pelo telefone (63) 2111-3301, ou pelo site www.mds.gov.br/suas/guia_protecao/projovem.com.br