Especificamente no ano de 1954, morava em uma cidade no interior do Tocantins uma senhora de meia idade conhecida como Dona Terezinha, entre 60 a 65 anos, que era bastante devota em sua fé e religião. Todos do seu bairro reconheciam que era muito fervorosa nas programações da igreja que frequentava. Ela ia constantemente a uma igreja evangélica, um dos ramos do protestantismo e que contemporaneamente se denominava “crente evangélica”. Depois de ter feito mais uma de seus vários pedidos repetindo o mesmo desejo, que era de conhecer o céu como ele realmente é, em uma visão, naquela manhã, ela passou por uma experiência sobrenatural semelhante concretizando seu desejo.
Dona Terezinha desde muito pequena foi muito devota e fervorosa aos preceitos cristãos, de tal modo que abdicou de muitos prazeres mundanos, profanos e vãos porque segundo ela, era tudo vaidade. Contudo, ao mesmo tempo, no auge da sua terceira idade, acreditava que se morresse e não tivesse de fato céu, inferno, ou alguma realidade após sua morte, viveria com um eterno arrependimento dentro de si.
Dessa forma, começou a pedir várias e várias vezes o mesmo pedido: enxergar o céu como ele, conhecê-lo por dentro para verificar de que sua vida e sacrifícios não foram em vão. Quando ela começa a pensar de que tudo aquilo que viveu e que se abdicou por causa da sua fé, e que se tudo for enganoso, ela sente uma tremenda angústia, uma dor no peito profunda e muita tristeza.
Mas logo converte seus pensamentos imaginando como seria o céu descrito exatamente como está na bíblia sagrada. Dona Terezinha, em mais um dia rotineiro de orações e preces dentro da igreja sozinha por volta da metade da manhã, após terminar, sentiu uma leve tontura e fraqueza em seu corpo. Depois de alguns segundos em pé, ela instantaneamente desmaia e tudo em sua volta se torna um breu. Em seguida, um feixe de luz branca radiante começa a vir em sua direção de forma intensa.
Ela tenta acordar, levantar, se despertar, mas não consegue. Seu corpo fica petrificado, estirado ao chão, e enfim começa a receber a visão de que tanto esperava e pedia. Um anjo robusto, jovem, e alto, com cabelos encaracolados e pretos, e com um par de asas enorme, surge diante dela e estende a mão. Em seguida, pergunta se ela realmente quer ver o céu como ele é. Ela disse que sim com a cabeça pois fica perplexa com tanta beleza, com o que está acontecendo em sua volta e com aquela realidade paralela.
O anjo pede para o acompanhar e ela segue rente atrás dele. Quanto mais eles se aproximam de uma saída estreita, mais a luz se intensifica, mas em nenhum momento chega a incomodar sua visão, e ela se surpreende com isso. Em seguida, eles adentram em um lugar vasto, verdejante, com pássaros, rios com águas cristalinas, animais de todas as espécies e tamanhos, árvores de todos os tipos. Uma rica fauna e flora em seu perfeito estado natural como nunca tinha visto antes.
Em seguida, fica perplexa e maravilhada com tanta beleza e formosura. Pergunta discretamente ao anjo se aquele lugar tem outras pessoas e ele aponta para um grupo que estava sentado no chão, rindo e cantarolando na mais perfeita harmonia. Depois, o anjo pede para ela o acompanhar e ambos começam a conhecer o céu. Passeia sobre ruas feitas de ouro e marfim, além de ter em vários lugares pedras preciosas que refletiam um brilho intenso e puro. Dona Terezinha ficava cada vez mais encantada e embasbacada por cada detalhe.
Após feita a apresentação, o anjo afirma naturalmente que ela pode se sentir à vontade para se unir ao grupo de pessoas que estavam próximo a um bosque, rindo e cantarolando. Ela inocentemente, sem entender, perguntou se não iria voltar a sua igreja e casa novamente. O anjo respondeu dizendo que para conhecer o céu, você precisa estar morto. E foi exatamente o que ela pediu há muito tempo. Agora não poderia mais voltar. Ela apenas se conforma, e segue em direção ao grupo. Seu coração ficou extremamente aliviado por saber que nada foi em vão. Fim.