Uma reflexão sobre a linha tênue entre amar e se perder
Tem gente que começa a se perguntar o que é o amor…
Depois do fim.
Ou no meio de uma relação que já não acolhe.
Às vezes, o amor parece mais um hábito. Uma companhia que virou necessidade.
Será que amor é isso? Estar tão junto que já não sabe mais onde termina o outro e começa você?
A Psicologia fala sobre vínculos, sobre apego, sobre interdependência. Mas, na prática, é difícil saber quando o afeto virou corda. Quando a presença virou dependência.
Fala-se tanto sobre amor que suporta tudo. Que crê, que espera, que aguenta.
Mas… até onde o amor suporta sem adoecer?
Tem gente que insiste. Que se molda. Que se apaga um pouco a cada dia, só pra continuar fazendo parte.
Tem gente que chama isso de amor.
Outros, de medo da solidão.
Será que dá pra amar sem depender? Ou toda forma de amor carrega um pouco dessa fome de ser visto, de ser escolhido, de não ser deixado?
As relações ensinam muito. Sobre o outro, mas principalmente sobre a gente.
E às vezes o que parecia amor era só um eco de carência mal cuidada.
Outras vezes, era amor mesmo — mas mal cultivado, mal correspondido, mal resolvido.
No fim, a pergunta não é só “o que é o amor?”
Mas: “que tipo de amor me sustenta sem me sufocar?”
Porque amor que prende, que anula, que exige silêncios…
Não é abrigo. É cárcere com flores.
E talvez a verdade seja que ninguém tem uma resposta pronta.
Todo mundo está, de algum jeito, descobrindo o que é o amor —
tentando amar melhor, sem se perder no caminho.