Como poderíamos imaginar uma formatura por uma plataforma online? Está sendo no mínimo “diferente do esperado” a vivência deste último ano da faculdade. Na minha visão, acredito que ganhamos algumas coisas com o chegar da pandemia e perdemos outras. Ninguém estava preparado para o que nos acometeu. Com aqueles primeiros 15 dias de lockdown, imaginávamos que rapidamente voltaríamos às nossas vidas normalmente, mas não foi isso que aconteceu.
Passados quase dois anos neste formato remoto, por enquanto só nos resta almejar para que logo possamos voltar de forma presencial aos corredores do prédio do Ceulp/Ulbra. Perdemos muitos vínculos sociais, e oportunidades a serem vividas presencialmente. Mas também acredito que ganhamos muitas outras. Achei que a faculdade foi muito rápida a responder de forma eficiente o manejo das aulas, avaliações e seminários no novo formato.
Até o Congresso de Psicologia anual (CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – https://ulbra-to.br/caos/edicoes/2020) foi possível ser feito no formato online, algo antes inimaginável. Inclusive vários dos ganhos que tivemos foi na área da variedade de profissionais e possibilidades (agora sem fronteiras) que tivemos em relação às aulas especiais com convidados, e palestrantes do congresso, enfim, de alguma forma, as coisas foram se ajustando e seguindo adiante, mesmo em meio a tantas dificuldades, tanto dos professores como dos alunos.
Eu optei por não parar, não trancar, me dei no mínimo o direito da dúvida se daria certo assim… se eu conseguiria assimilar o conteúdo, se haveria ou não muito prejuízo em termos de aprendizagem. Mas acredito que a condução de todo esse processo pelos professores tem sido excepcional. A garantia de aprendizagem não é estar ou não fisicamente dentro da sala de aula, mas o engajamento nas aulas, a presença cognitiva e psicológica ali naquele momento, mesmo online.
Para mim um dos maiores desafios é de estar fazendo estágio clínico e tendo que atender pessoas de forma remota. Antes isso para mim era algo que eu nunca toparia fazer. Agora que não temos opção, já é mais uma habilidade que carregarei para o resto da minha vida profissional.
Não me arrependo de ter dado continuidade, mesmo sendo o último ano e de muitíssimos desafios, aprendemos muito com toda essa experiência, e creio que quando tivermos novamente a oportunidade de voltar a “nova normalidade”, estaremos ainda mais evoluídos, mais fortalecidos, mais resilientes.