Uma escuta à vulnerabilidade

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outra alma
outro ser
outro pertencer
o que fazer além de estar
acolher

ser vulnerável sem ao menos conhecer
mostrar o que ninguém quis ver
sentir sem medo (de viver)
a verdade nua e crua que dói e que afasta
mas que também compadece
Aquece

ser vulnerável sem ao menos conhecer
se abrir e se deixar sentir
sem deixar de ser ou existir
o que habita em mim é o meu ser
não consigo esquecer ou ignorar
o que há dentro de mim
é preciso expressar

não me sinto ouvido
com todos a minha volta
me sinto perdido
cada ambiente que passo
tropeço no asfalto
quem diria que minha última esperança
seria com uma pessoa estranha
nunca me senti comprometido como agora
vejo uma luz no fim do túnel
e sem demora
dou pequenos passos no caminho
mas agora não mais sozinho

É aí que a “loucura” tem lugar
Não só ela
O tudo
o nada,
o bom, o ruim
Eu não corro tentando mostrar o meu melhor e nem ele procura, e acabamos andando lado
a lado até que um dia
(Eu espero)
Ainda caminhando

Eu perceba que suas pegadas foram apagadas
Pois a mudança já não me assusta mais
Então, obrigada
Não por me mostrar o caminho
Mas por me ajudar a construir
Existir
Persistir

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